Análise da Composição corporal: evolução histórica do modelo anatômico de análise tecidual
Resumo
Existem dois grandes modelos de fracionamento do corpo humano: químico e anatômico. Os métodos oriundos do modelo químico são populares devido à pesagem hidrostática ser a primeira técnica conhecida de análise corporal. No entanto, elas exibem inúmeros erros conceituais. Assim, novos métodos foram desenvolvidos no modelo anatômico. Este estudo busca apresentar e discutir fatos históricos e pressupostos teóricos que sustentam o modelo anatômico de análise tecidual. Em 1921, Matiegka (1921) desenvolveu um método que fracionava a massa corporal em quatro componentes: massa adiposa, óssea, muscular e visceral. Em 1984, Drinkwater (1984) validou as equações utilizando 13 cadáveres, propondo alterações nas fórmulas originais. Em 1990, Martin e colaboradores (1990) atualizaram a equação que estimava a massa muscular em cadáveres. Adicionalmente, Lee et al. analisaram por imagens os componentes teciduais em amostras in vivo, propondo nova equação para predizer a massa muscular. Estes estudos culminaram no método de fracionamento em cinco componentes, considerado a técnica mais econômica e completa da atualidade. Com base nestas informações, o modelo anatômico vem sendo revisado e atualizado ao longo dos anos, mostrando forte embasamento que transcende os pressupostos e limitações inerentes no modelo químico. Assim, seu uso parece mais coerente para análise da composição corporal.
Referências
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