Não há diferença no gasto calórico e nas variáveis cardiovasculares entre exercício físico de corrida realizado de forma contínua e intervalada
Resumo
Introdução: Para redução do peso corporal a literatura preconiza exercício físico aeróbio com duração de 30 minutos de intensidade moderada e contínuo. Objetivo: Comparar o comportamento da frequência cardíaca, pressão arterial, escala de Borg e gasto calórico em exercício moderado aeróbio contínuo e intervalado. Método: Dez homens realizaram duas sessões de exercícios aeróbios de 30 minutos de duração, uma contínua (EAC) na intensidade do LA e uma intervalada (EAI) entre 80% a 120% do LA. Foram obtidos dados da FC, PA, Borg e gasto calórico durante o esforço (10s, 20s e 30s) e a recuperação (R10s, R20s e R30s). Resultados: À FC em repouso, durante o esforço (10s, 20s e 30s) e recuperação (R10s, R20s e R30s) para EAC foram, respectivamente: 79 ± 10,7; 157 ± 22,6; 159 ± 18,5; 161 ± 24,0; 96 ± 11,1; 91 ± 14,9 e 87 ± 14,9bpm para EAI foram: 81 ± 13,6; 153 ± 18,6; 163 ± 18,2; 168 ± 20,5; 93 ± 12,0; 91 ± 12,3 e 87 ± 14,0bpm. Para PAS (repouso e R10s, R20s e R30s) para EAC foram: 117,5 ± 4,7; 121,3 ± 18,8; 115,0 ± 9,3; 112,5 ± 7,1 e 110,0 ± 7,6mmHg e para EAI 117,5 ± 8,9; 126,3 ± 20,0; 118,8 ± 11,3; 112,5 ± 10,4 e 111,3 ± 11,3mmHg. Escala de Borg (10s, 20s e 30s) para EAC foram: 11,4 ± 0,7; 12,3 ± 1,2 e 13,0 ± 1,1 e para EAI foram: 11,1 ± 0,8; 12,2 ± 1,6 e 12,8 ± 2,6. Para o gasto calórico (em 30s e 60s) para EAC foram: 692,6 ± 50,9 e 976,6 ± 128,0Kcal e para EAI foram: 613,6 ± 148,1 e 895,6 ± 262,8Kcal. Conclusão: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dados avaliados nas sessões. O EAI não foi capaz de promover maior estresse que o EAC, talvez devido a intensidade, acreditamos que intervalos maiores do % do LA possam promover melhores respostas fisiológicas.
Referências
-ACSM, A. C. O. S. M.-. Manual do ACSM para avaliação da aptidão física relacionada à saúde. Guanabara Koogan. 2006.
-Anjos, L. A. Índice de massa corporal (massa corporal. estatura-2) como indicador do estado nutricional de adultos: revisão da literatura. Rev Saúde Publica. Vol. 26. Num. 6. p. 431-436. 1992.
-Beilke, D. D.; e colaboradores. Comparação do gasto energético entre os modelos de aula de hidroginástica contínuo e intervalado. Salão de Iniciação Científica (20.: 2008 out. 20-24: Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS. 2008.
-Bluher, M.; e colaboradores. Circulating adiponectin and expression of adiponectin receptors in human skeletal muscle: associations with metabolic parameters and insulin resistance and regulation by physical training. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Vol. 91. Num. 6. p. 2310-2316. 2006.
-Buckley, J. Exercise self-efficacy intervention in overweight and obese women. Journal of health psychology. Vol. 21. Num. 6. p. 1074-1084. 2016.
-Burgomaster, K. A.; e colaboradores. Similar metabolic adaptations during exercise after low volume sprint interval and traditional endurance training in humans. The Journal of physiology. Vol. 586. Num. 1. p. 151-160. 2008.
-Da Silva, R. C. R.; Malina, R. M. Nível de atividade física em adolescentes do Município de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil Level of physical activity in adolescents from Niterói, Rio de Janeiro, Brazil. Cad. Saúde Pública. Vol. 16. Num. 4. p. 1091-1097. 2000.
-Daimon, M.; e colaboradores. Decreased serum levels of adiponectin are a risk factor for the progression to type 2 diabetes in the Japanese population. Diabetes Care. Vol. 26. Num. 7. p. 2015-2020. 2003.
-Fonseca-Junior, S. J.; e colaboradores. Physical exercise and morbid obesity: a systematic review. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva. Vol. 26. p. 67-73. 2013.
-Gibala, M. J.; e colaboradores. Short‐term sprint interval versus traditional endurance training: similar initial adaptations in human skeletal muscle and exercise performance. TheJournal of physiology. Vol. 575. Num. 3. p. 901-911. 2006.
-Gonelli, P. R. G.; e colaboradores. Efeito agudo do lactato sérico de sessões de treino contínuo e intervalado, em jogadores de futebol universitários.[s.d.].
-Guimarães, D. E. D.; e colaboradores. Adipocitocinas: uma nova visão do tecido adiposo. Rev. Nutr. p. 549-559. 2007.
-Gus, M.; e colaboradores. Associação entre diferentes indicadores de obesidade e prevalência de hipertensão arterial. Arq Bras Cardiol. Vol. 70. Num. 2. p. 111-114. 1998.
-Hotta, K.; e colaboradores. Plasma concentrations of a novel, adipose-specific protein, adiponectin, in type 2 diabetic patients. Arteriosclerosis, thrombosis, and vascular biology. Vol. 20. Num. 6. p. 1595-1599. 2000.
-Magalhães, V. C.; Mendonça, G. Prevalência e fatores associados a sobrepeso e obesidade em adolescentes de 15 a 19 anos das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, 1996 a 1997. Cad Saude Publica. Vol. 19. Num. s1. 2003.
-Monteiro, L. V.; Pereira, S. C. G.; Abad, C. C. Efeitos do treinamento aeróbico contínuo e intervalado no perfil lipídico sanguíneo de mulheres com excesso de gordura corporal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 4. Num. 21.p. 270-276. 2010. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/249/250>
-OPAS, O. P.-A. D. S.-.; OMS, O. M. D. S.-. Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial de alimentação saudável, atividade física e saúde. Organização Panamericana da Saúde/OMS. Brasília. 2003.
-Pitanga, F. J. G.; Lessa, I. Prevalência e fatores associados ao sedentarismo no lazer em adultos Prevalence and variables associated with leisure-time sedentary lifestyle in adults. Cad. Saúde Pública. Vol. 21. Num. 3. p. 870-877. 2005.
-Popkin, B. M. The shift in stages of the nutrition transition in the developing world differs from past experiences! Public health nutrition. Vol. 5. Num. 1A. p. 205-214. 2002.
-Rosa, E. C.; e colaboradores. Obesidade visceral, hipertensão arterial e risco cárdio-renal: uma revisão. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Vol. 49. Num. 2. p. 196-204. 2005.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).