A percepção subjetiva de esforço e a frequência cardíaca podem ser suficientes no controle da intensidade do esforço em jogos de vídeo games ativos
Resumo
Objetivo: Examinar a objetividade e concordância entre a percepção subjetiva de esforço (PSE-Borg 6-20) e a frequência cardíaca em diferentes jogos de VGA's. Materiais e Métodos: Participaram do estudo oito estudantes adultos jovens (21 ± 1,6 anos) que realizaram uma sessão VGA's randomizada com medidas da FC e PSE no 5º e 10º minuto. O teste t student para amostras dependentes foi utilizado para comparar as respostas da PSE (imediata e acumulada) e os valores de frequência cardíaca em cada jogo (5º e 10º minutos). Para análise de concordância foi utilizada a plotagem de Bland-Altman. Realizou-se uma análise de correlação entre cada ponto da PSE e seu respectivo correspondente da FC. O cálculo do tamanho do efeito proposto por Hedges (g) foi utilizado para verificar a magnitude das correlações. Resultados: Foram observadas diferenças significantes para a medida imediata (5º minuto) apenas na Dança. A escala de Borg foi objetiva no boxe e vôlei (5º e 10º minutos) e no 5º minuto para o tênis de mesa e 10º minuto na dança. A magnitude dos efeitos variou de d: 0,13 a d: 0,60. Conclusão: A PSE e FC podem ser utilizadas no controle da intensidade em jogos de vídeo games ativos por apresentarem objetividade e concordância. Porém, nos jogos de tênis de mesa e dança, devem ser utilizados com maior parcimônia face ao viés observado nos diferentes tempos.
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