Atividade fí­sica e sua correlação com IMC e parâmetros bioquí­micos em diabéticos

  • Rômulo José Mota Júnior Faculdade Governador Ozanam Coelho, Ubá-MG, Brasil.
  • Gustavo Ramos Dalla Bernardina Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Hamilton Henrique Teixeira Reis Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Robson Bonoto Teixeira Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Renata Apareccida Rodrigues de Oliveira Faculdade Governador Ozanam Coelho, Ubá-MG, Brasil.
  • Carlos Gabriel de Lade Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • João Carlos Bouzas Marins Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
Palavras-chave: Atividade Motora, Índice de Massa Corporal, Dislipidemias, Diabetes Mellitus

Resumo

As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de mortalidade mundial, sendo o diabetes mellitus (DM) responsável por um número considerável destes óbitos. Diante deste papel objetivou-se avaliar o ní­vel de atividade fí­sica (NAF), sua correlação com o í­ndice de massa corporal (IMC) e parâmetros bioquí­micos em diabéticos. O NAF foi avaliado pela utilização do pedômetro. Massa corporal e estatura foram mensuradas para cálculo do IMC. Os parâmetros bioquí­micos glicemia de jejum, glicohemoglobina, colesterol total, lipoproteí­na de alta densidade (HDL-C) e triglicerí­deos (TG) foram obtidos pela análise sanguí­nea, após 12 horas de jejum. A lipoproteí­na de baixa densidade (LDL-C) foi obtida pela equação de Friedwald. Foi realizada analise descritiva para caracterização da amostra, Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados, correlação se Spearman para verificar a correlação entre NAF e IMC e NAF e parâmetros bioquí­micos, além do Teste-t para comparação entre amostras independentes. Adotou-se um ní­vel de significância de p<0,05, sendo utilizando o software SPSS Statistcs20. Participaram do estudo todos os indiví­duos (N=12) assistidos pelo programa de atividade fí­sica do Hiperdia de Viçosa-MG. A média de passos diários da amostra foi de 9952 passos. O grupo classificado com ativo (N=6) apresentou média de 13450 passos/dia enquanto o grupo classificado como não-ativo (N=6) 6453 passos/dia. Não houve correlação entre as variáveis analisados. Com os resultados desta investigação é possí­vel concluir que metade dos indiví­duos com DM assistidos pelo programa são ativos fisicamente, contudo esse NAF não foi suficiente para impactar no IMC bem como nos parâmetros bioquí­micos.

Referências

-American Diabetes Association-ADA. Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes care. Vol. 37. Num. Suppl.1. 2014. p. S81-90.

-Araiza, P. e colaboradores Efficacy of a pedometer-based physical activity program on parameters of diabetes control in type 2 diabetes mellitus. Metabolism: Clinical and Experimental. Vol. 55. Num. 10. 2006. p. 1382-1387.

-Brasil. Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde -2013: percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas -Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro: Brasil 2014. Disponível em:<http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94074.pdf>. Acessado em 01/02/2016.

-Dyson, P. A.; Beatty, S.; Matthews, D. R. An assessment of lifestyle video education for people newly diagnosed with type 2 diabetes. Journal of Human Nutrition and Dietetics. Vol. 23. Num. 4. 2010. p. 353-359.

-Friedewald, W. T.; Levy, R. I.; Fredrickson, D. S. Estimation of the concentration of low-density lipoprotein cholesterol in plasma, without use of the preparative ultracentrifuge. Clinical Chemistry. Vol. 18. Num. 6. 1972. p. 499-502.

-Gomide, N. A. C.; e colaboradores Prevalência de glicemia sugestiva de Diabetes Mellitus e intolerância a glicemia de jejum em uma cidade do interior do Brasil. Arquivos de Ciência da Saúde Unipar. Vol. 17. Num. 31. 2013. p. 147-152.

-Herzig, K.-H.; e colaboradores. Light physical activity determined by a motion sensor decreases insulin resistance, improves lipid homeostasis and reduces visceral fat in high-risk subjects : PreDiabEx study RCT. International Journal of Obesity. Vol. 38. 2014. p. 1089-1096.

-Hordern, M. D.; e colaboradores. Acute response of blood glucose to short-term exercise training in patients with type 2 diabetes. Journal of science and medicine in sport / Sports Medicine Australia. Vol. 14. Num. 3. 2011. p. 238-42.

-IDF. International Diabetes Federation, IDF Diabetes Atlas, sixth edition. Bruxelas: IDF, 2013. Disponível em: http://www.idf.org/sites/default/files/EN_6E_Atlas_Full_0.pdf. Acessado em 10/03/2016.

-ISAK. International Society for the Advancement of Kinanthropometry. International standards for anthropometric assessment. Adelaid. National Library of Australia. 2001.

-Johnson, S. T.; e colaboradores. Improved cardiovascular health following a progressive walking and dietary intervention for type 2 diabetes. Diabetes. Obesity and Metabolism. Vol. 11. Num. 9. 2009. p. 836-843.

-Manjoo, P.; e colaboradores. Sex differences in step count-blood pressure association: A preliminary study in type 2 diabetes. Plos One. Vol. 5. Num. 11. 2010. p. 1-6.

-Manjoo, P.; Joseph, L.; Dasgupta, K. Abdominal adiposity and daily step counts as determinants of glycemic control in a cohort of patients with type 2 diabetes mellitus. Nutrition and Diabetes. Vol. 2. Num. e25. 2012. p. 1-6.

-Matsushita, Y. e colaboradores Relationship between the ability to recognize energy intake and expenditure, and blood sugar control in type 2 diabetes mellitus patients. Diabetes research and clinical practice. Vol. 67. Num. 3. 2005. p. 220-226.

-Mizuno, J.; Monteiro, H. Associação entre nível de atividade física e perfil bioquímico de nipo-brasileiros. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Vol. 16. Num. 3. 2012. p. 199-205.

-Pires, M. M. Análise da relação de qualidade da dieta com nível de atividade física e destes com perfil lipídico e estado inflamatório em indivíduos de risco cardiometabólico. Dissertação Mestrado em Nutrição em Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo. 2011.

-Romero, A.; e colaboradores. Associação entre atividade física e marcadores bioquímicos de risco para doença cardiovascular em adolescentes de escolas públicas de Piracicaba. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Vol. 18. Num. 5. 2013. p. 614.

-SBC, Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 101. Num. 4. 2013. p. 01-22.

-SBD, Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade brasileira de diabetes. São Paulo: SBD, 2015. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/novas-diretrizes-da-sociedade-brasileira-de-diabetes>. Acessado em 04/02/2016.

-SBD, Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade brasileira de diabetes. São Paulo: SBD, 2014. Disponível em: <http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/342--diretrizessbd.pdf>. Acessado em 12/04/2016.

-Strycker, L. A.; e colaboradores. Reliability of pedometer data in samples of youth and older women. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. Vol. 4. Num. 4. 2007. p. 1-8.

-Tudor-Locke, C.; e colaboradores. How many steps/day are enough? for adults. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. Vol. 8. Num. 79. 2011. p. 1-17.

-Tudor-Locke, C.; e colaboradores Revisiting “how many steps are enough?” Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 40. Num. 7. Suppl.1. 2008.

-Tudor-Locke, C.; e colaboradores. The relationship between pedometer-determined ambulatory activity and body composition variables. International journal of obesity and related metabolic disorders : journal of the International Association for the Study of Obesity. Vol. 25. Num. 11. 2001. p. 1571-1578.

-Tudor-Locke, C.; Washington, T. L.; Hart, T. L. Expected values for steps/day in special populations. Preventive medicine. Vol. 49. Num. 1. 2009. p. 3-11.

-Van Dyck, D.; e colaboradores. The relationship between changes in steps/day and health outcomes after a pedometer-based physical activity intervention with telephone support in type 2 diabetes patients. Health education research. Vol. 28. Num. 3. 2013. p. 539-545.

-World Health Organization. Diet , nutrition and the prevention of Chronic diseases: report of a Joint WHO/FAO Expert Consultation. Genebra: WHO, 2003. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/42665/1/WHO_TRS_916.pdf?ua=1>. Acessado em 23/02/2016.

-World Health Organization.Global status report on noncommunicable diseases 2014. World Health Organization. Genebra: WHO, 2014. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/148114/1/9789241564854_eng.pdf>. Acessado em 14/02/2016.

-Yates, T.; e colaboradores. Effectiveness of a pragmatic education program designed to promote walking activity in individuals with impaired glucose tolerance: A randomized controlled trial. Diabetes Care. Vol. 32. Num. 8. 2009. p. 1404-1410.

Publicado
2018-06-03
Como Citar
Mota Júnior, R. J., Bernardina, G. R. D., Teixeira Reis, H. H., Teixeira, R. B., Rodrigues de Oliveira, R. A., de Lade, C. G., & Marins, J. C. B. (2018). Atividade fí­sica e sua correlação com IMC e parâmetros bioquí­micos em diabéticos. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(73), 148-157. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1356
Seção
Artigos Científicos - Original

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##