Memória de indivíduos com mais de 50 anos praticantes de exercícios físicos e não praticantes
Resumo
Hábitos cotidianos da vida moderna, mudança da pirâmide etária e o aumento expressivo de idosos tem chamado à atenção da comunidade cientifica no que se refere à promoção da saúde desta população. Percas cognitivas afetando principalmente a memória são comuns, o qual pode vir a interferir negativamente sobre o cotidiano desse indivíduo. Sabendo que o exercício físico pode atuar positivamente neste âmbito o seguinte estudo tem por objetivo: comparar a memória de indivíduos com a média de idade 57 ± 2,44 anos praticantes de exercícios físicos e não praticantes. A amostra foi composta por 63 indivíduos de ambos os sexos com idade superior a 50 anos, escolhidos aleatoriamente, praticantes de exercício físicos (n = 36) e sedentários (n = 27) da cidade de Pirenópolis-GO e Anápolis-GO. Utilizou-se um questionário relacionado ao desempenho cognitivo com implicações na memória dos indivíduos, desenvolvido por Amâncio da Costa Pinto (Pinto, 1990) composto por trinta e seis questões. Os resultados apontam que no âmbito das distrações verbais, orientação local, repetição de atos foram encontradas diferenças significativas (p<0,05) na maioria das questões entre os grupos. Em atos falhos do cotidiano, memoria facial e recuperação de objetos deixados mesmo não demonstrando diferenças significativas os valores do grupo ativo fisicamente foi superior. O estudo concluiu que, os praticantes de exercícios físicos com idade superior a 50 anos de idade apresentaram resultados melhores e estatisticamente significativos relacionados aos aspectos cognitivos relacionados à memória. A prática de exercícios físicos, portanto, mostra-se bastante eficiente para a melhora cognitiva assumindo um papel de tratamento não medicamentoso para esta população.
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