Aspectos fisiológicos, afetivos e perceptuais de protocolos adaptados para um programa de HIIT com mulheres
Resumo
Dados relatam que 45,9% da população brasileira é sedentária, sendo a maior parte mulheres e atribuem a falta de tempo como principal causa da não prática de exercícios. O objetivo desta pesquisa foi buscar entender como aplicar o HIIT no cotidiano de pessoas ativas como forma de melhora da saúde e condicionamento físico de forma prazerosa e possível de ser realizada. 13 mulheres tendo como média de idade 27,77 ± 5,13 anos, IMC de 23,30 ± 3,41 kg/m² realizaram dois blocos de dez séries, sendo o primeiro exercício burpee e o segundo pulo de corda em quatro protocolos diferentes variando o tempo de exercício e de descanso e a PSE e sensação de prazer foram coletadas após o de cada série. A maior média de frequência cardíaca e PSE e a menor sensação de prazer foram nos protocolos TABATA e 2:1, já os protocolos 1:1 e 1:2 tiveram resultados inversos. Concluímos que a sensação de prazer durante sessões de HIIT é inversamente proporcional a intensidade do exercício, quanto maior a intensidade do estímulo, mais desprazeroso será para o indivíduo. Para controlar a intensidade que o HIIT exige, pode-se e deve-se fazer o uso de frequencímetro e ou a escala de PSE e sempre utilizando variações de protocolos, exercícios e intensidades para manter a aderência do indivíduo no treinamento.
Referências
-ABESO, Diretrizes brasileiras de obesidade 2009/2010 / ABESO -Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Itapevi-SP.AC Farmacêutica. 3ª 2009.
-Almeida, M. B. Frequência Cardíaca e Exercício: Uma interpretação baseada em evidências. Revista Brasileira Cineantropometria e Desempenho Humano, Vol. 9. Num 2. 2007. p. 196-202.
-Balady, G.J.; e colaboradores. Recursos do ACSM para o personal trainer. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2006.
-Blair, S.N.; Monte, M.J.; Nichman, M.Z. The evolution of physical activity recommendations: how much is enough? Am J Clin Nutr. Vol. 79. Num. 5. 2004. p. 913-920.
-Borg, G.A.V.; Noble, B.J. Perceived exertion. In: Wilmore JH. Exercise and Sport Sciences Reviews. Vol. 2. 1974. p. 131-153.
-Charles, J.W.; Rejeski, J. Not What, But How One Feels: The Measurement of Affect During Exercise. Journal of Sport and Exercise Psychology. Vol. 11. 1989. p. 304-317.
-Costa, M.G.; Dantas, E.H.M.; Marques, M.B.; Novaes, J.S. Percepção subjetivo do esforço. Classificação do esforço percebido: proposta de utilização da escala de faces. Fitness & Performance Journal. Vol. 3. Num. 6. 2004. p. 305-313.
-Diniz, F.R. Efeitos de exercícios de pular cordas sobre a impulsão vertical em adolescentes. TCCem Educação Física. Alto Paraíso de Goiás. Universidade Aberta do Brasil. 2012.
-Follador, L; e colaboradores. Physiological, Perceptual and Affective Responses to Six High Intensity Interval Training Protocols in Young Male University Students. Official Journal of the ACSM. Vol. 48. Num. 5. 2016.
-Frazão, D.T.; e colaboradores. Feeling of Pleasure to High-Intensity Interval Exercise Is Dependent of the Number of Work Bouts and Physical Activity Status. PlosOne. Vol. 11. Num. 4. 2016.
-Kilpatrick, M.W.; Jung, M.E.; High-intensity interval training: a review of physiological and psychological responses. ACSM'S Health & Fitness Journal. Vol. 18. Num. 5. 2016. p. 11-16.
-Martinez, N.; Marcus, W.K.; Kristen, S.; Mary, E.J.; Jonathan, P.L. Affective and Enjoyment Responses to High-Intensity Interval Training in Overweight-to-Obese and Insufficiently Active Adults. Journal of Sport & Exercise Psychology. Vol.37. Num. 2. 2015. p. 138-149.
-Ministério do Esporte. A Prática de esporte no Brasil. Esporte. 2016. Disponível em:<http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>.
-Monteiro WD. Personal training: Manual para avaliação e prescrição de condicionamento físico. Rio de Janeiro: Sprint. 4ª edição. 2004.
-Podstawski, R.; Kasietczuk, B.; Boraczyński, T.; Boraczyński, M.; Choszcz, D. Relationship Between BMI and Endurance-Strength Abilities Assessed by the 3 Minute Burpee Test, International Journal of Sports Science. Vol. 3. Num. 1. 2013. p. 28-35.
-Pollock, M.L.; Wilmore, J.H. Exercícios na Saúde e na Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. MEDSI. 1993.
-Siqueira, O.D.; Crescente, L.A.; Cetolin, T.; Foza, V.; Cardoso, M. A utilização da Pse como indicadora de intensidade de um teste progressivo de corrida intermitente em jogadores de futebol. Pesquisa em Educação Física. Vol. 10. Num. 5. 2011.
-Skinner, S.J.; Oja, P. Laboratory and ficld tests for assessing healthrelated fitness. In: Bouchard, C.; Shephard, R.; Stephens, T. (eds). Physical Activity, Fitness and Health. International Proceedings and Consensus Statement. Champaign. Human Kinetics. 1994. p. 160-179.
-Thum, J.S.; Parsons, G.; Whittle, T.; Astorino, T.A. High-Intensity Interval Training Elicits Higher Enjoyment than Moderate Intensity Continuous Exercise. PlosOne. Vol. 12. Num 1. 2017.
-Vecchio, F.B.; Ribeiro, Y.S.; Picanço, L.M.; Galliano, L.M. Exercício intermitente: Estado da arte e aplicações práticas. Pelotas: OMP Editora. 2014.
-Volkov,N.I. Teoria e prática do treinamento intervalado no esporte. Campinas. Multiesportes. 2002.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).