A bioimagem como método de avaliação da gordura subcutânea e visceral: do estado da arte a aplicações práticas
Resumo
Introdução: nas últimas três décadas, um aumento significativo da prevalência de obesidade vem sendo observado e verificado mundialmente. Objetivo: estudar a importância dos métodos de imagem para a avaliação da obesidade. Materiais e métodos: foi feito um levantamento bibliográfico, no qual foram consultados periódicos internacionais disponíveis no banco de dados da Web, Pubmed. Os descritores utilizados para a busca dos artigos foram: ((resonance AND tomography) AND subcutaneous adipose tissue; ((resonance AND tomography) AND abdominal fat. Foram selecionados artigos originais publicados entre 2010 e 2015, além da incorporaço de trabalhos clássicos publicados, anteriormente, referentes ao tema e selecionados manualmente. Revisão da literatura: identificou-se 8 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Na análise dos manuscritos, foi evidenciado que a maioria dos estudos selecionados avaliou o método RM, e que as técnicas de bioimagem TC, RM e USG são mais vantajosas para determinação da gordura abdominal, em comparação às demais verificadas, e às medidas antropométricas; uma vez que permitem identificar, separadamente, os volumes de tecido adiposo subcutâneo e visceral. Uma caracterização precisa dos volumes de tecido adiposo abdominal visceral e subcutâneo é importante para avaliar o risco do desenvolvimento de doenças metabólicas relacionadas à obesidade, pois, o tecido adiposo abdominal visceral está mais associado às disfunções metabólicas que o tecido adiposo subcutâneo. Conclusão: as técnicas de imagem para o diagnóstico da obesidade, geralmente, permitem a obtenção direta dos volumes do tecido adiposo em compartimentos específicos, porém, seus custos elevados são obstáculos para o uso regular enquanto métodos de triagem.
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