Utilização da termografia infravermelha como controle de carga interna em jogadores de futebol

  • José Guilherme Bottentuit Vieira Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Física, São Luís-MA, Brasil.
  • Alyson Felipe da Costa Sena Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, São Luís-MA, Brasil.
  • Luiz Ricardo Mendes de Sousa Silva Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, São Luís-MA, Brasil.
  • Mario Norberto Sevilio de Oliveira Junior Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Física, São Luís-MA, Brasil; Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, São Luís-MA, Brasil.
  • Christian Emmanuel Torres Cabido Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Física, São Luís-MA, Brasil; Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, São Luís-MA, Brasil.
  • Eduardo Mendonça Pimenta Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Esporte, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Belo Horizonte-MG, Brasil.
  • Christiano Eduardo Veneroso Universidade Federal do Maranhão, Bacharelado em Educação Física, São Luís-MA, Brasil; Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, São Luís-MA, Brasil.
Palavras-chave: Futebol, Controle de carga, Termografia infravermelha

Resumo

A termografia infravermelha vem sendo utilizada no intuito de verificar a capacidade deste em determinar a magnitude da carga interna de partidas oficiais a qual os atletas estão sendo submetidos. Objetivo: Analisar o comportamento do perfil termográfico dos músculos posteriores dos membros inferiores de atletas de futebol no período de recuperação, entre 24 e 48 horas, pós-partidas. Materiais e Métodos: De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, amostra foi composta de cinco atletas com média de idade em anos 26,0 ±3,0 que jogaram quatro partidas consecutivas de futebol da série A do campeonato maranhense de futebol. Foi realizada as imagens termográficas dos músculos posteriores do membro inferior nos períodos pós-partidas e analisadas com o software Apollo (Omni) e adotado um nível de significância p<0,05. Resultado e Discussão: Os valores referentes a variação de temperatura, apresentados durante os quatro jogos, não apresentaram diferença significativa. Embora se pode notar que a partir do terceiro jogo, a termografia apresentou aumento gradual do número de pixels da zona quente em comparação com o primeiro jogo. Dessa forma, um atleta, ao realizar a sua quarta partida oficial sucessiva em um período curto de descanso entre jogos, pode apresentar uma fadiga residual elevada sendo um dos fatores de risco para o acometimento de lesão. Conclusão: A termografia mostrou que partir do terceiro jogo ocorre um aumento gradual do número de pixels da zona quente em comparação com o primeiro jogo. Assim pode-se dizer que a termografia infravermelha tem potencial no controle de carga, trabalhando assim na predição de possíveis lesões.

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Publicado
2021-11-07
Como Citar
Vieira, J. G. B., Sena, A. F. da C., Silva, L. R. M. de S., Oliveira Junior, M. N. S. de, Cabido, C. E. T., Pimenta, E. M., & Veneroso, C. E. (2021). Utilização da termografia infravermelha como controle de carga interna em jogadores de futebol. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(96), 131-136. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2055
Seção
Artigos Científicos - Original