Utilização de diferentes adipômetros e a experiência dos avaliadores não implicam em erros de estimativas da composição corporal
Resumo
Com o avanço das pesquisas na área da avaliação física, em especial estudos envolvendo avaliação da composição corporal, nota-se o crescente debate sobre a precisão de avaliadores e de instrumentos para a mensuração da espessura de dobras cutâneas, fatores que impactam diretamente na estimativa da gordura corporal e consequentemente na conduta profissional, pois permite identificar a condição inicial do avaliado, bem como, as alterações decorrentes da intervenção. Assim, o objetivo do estudo foi comparar as medidas obtidas por três diferentes adipómetros científicos e dois avaliadores com diferentes níveis de experiência. Participaram do estudo 22 sujeitos do gênero masculino (20 ±1,1 anos), massa corporal (79 ±22,5 kg) e estatura (1,79 ±0,07 m). As espessuras de sete dobras cutâneas (tricipital, peitoral, subescapular, axilar média, supra ilíaca, abdominal e coxa) foram mensuradas em triplicada usando compassos Harpenden® (inglês), Sanny® (brasileiro) e Cescorf® (brasileiro) com precisão de 0,1mm. Não foram encontradas diferenças significantes na comparação entre os compassos F(5,337)=0,378; p=0,875, bem como entre os avaliadores F(3,337)=0,376; p=0,748, nem considerando o efeito principal (dobrasxavaliadoresxcompassos) F (5,337) = 0,415; p=0,850. Concluímos que a utilização de diferentes adipômetros e a experiência dos avaliadores não implicam em erros de estimativas das dobras cutâneas
Referências
-Bagni, U.V.; Barros, D.C. Erro em antropometria aplicada à avaliação nutricional nos serviços de saúde: causas, consequências e métodos de mensuração. Nutrire. Vol. 40. Num. 2. 2015. p. 226-236.
-Cordeiro, E.M.; Miritiba, L.M.; Silva, A.E.; Oliveira, J.C.; Ennes, M.G.F.T. Comparação entre diferentes adipômetros na medida da espessura de dobras cutâneas em crianças e adolescentes do gênero masculino. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do ExercÃcio. São Paulo. Vol. 10. Num. 62. 2016. p. 767-772. DisponÃvel em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1030/850>
-Costa, R.F. Composição corporal teoria e prática da avaliação. Manole. p. 37. 2001.
-Cyrino, E.S.; Okano, A.H.; Glaner, M.F.; Romanzini, M.; Gobbo, L.A.M.; Altair, N.B.; Melo, J.C.; Tassi, G.N. Impacto da utilização de diferentes compassos de dobras cutâneas para a análise da composição corporal. Revista Brasileira Medicina do Esporte. Vol. 9. Num. 3. 2003.
-Oliveira Filho, A.; Oliveira, A.A.B.; Oliveira, E.; Kurata, D.M.; Pineda, M. Variabilidade intra-avaliador e inter-avaliadores de medidas antropométricas. Acta Scientiarum: Health Sciences. Vol. 29. Num. 1. 2007. p. 1-5.
-Fernandes Filho, J.; Caniuqueo Vargas, A.; Silva, C.C.D.R.; Hernández Mosqueira, C.; Roquetti Fernandes, P.; Silva, S.F.; Campillo, R.R.; Sievers, G.Q. Evaluación y comparación de 5 calibres de pliegues cutaneos. Nutricion Hospitalaria, Vol. 34. Num. 01. 2017. p. 111-115. DisponÃvel em: <http://dx.doi.org/10.20960/nh.985>
-Fosbøl, MØ.; Zerahn, B. Contemporary methods of body composition measurement. Clin Physiol Funct Imaging. Vol. 35. Num. 2. 2015. p. 81-97. DisponÃvel em: <https://doi.org/10.1111/cpf.12152>
-Heymsfield, S.B.; Wang, Z.; Baumgartner, R.N.; Ross, R. Human body composition: advances in models and methods. Annu Rev Nutr. Vol. 17. 1997. p. 527-58. DisponÃvel em: <https://doi.org/10.1146/annurev.nutr.17.1.527>
-Koo, T.K.; Li, M.Y. A Guideline of Selecting and Reporting Intraclass Correlation Coefficients for Reliability Research. Journal of chiropractic medicine. Vol. 15. Num. 2. 2016. p. 155-163. DisponÃvel em: <https://doi.org/10.1016/j.jcm.2016.02.012>
-Lohman, T.G.; Roche, A.F.; Martorell, R. Anthropometric Standardization refence manual. Abridged editon Human Kinetics books. Ilinois. 1991.
-Norton, K.; Olds, T. Antropometrica. Argentina. Biosystem. 2000.
-Norton, K.; Olds, T. Antropométrica. Porto Alegre. Artmed. 2005.
-Perini, T.A.; Oliveira, G.L.; Ornellas, J.S.; Oliveira, F.P. Cálculo do erro técnico de medição em antropometria, Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 11. Num. 1. 2005.
-Ross, J.G.; Pate, R.R.; Delpy, L.A.; Cold, R.S.; Svilar, M. New Health-Related Fitness Norms, Journal of Physical Education, Recreation & Dance. Vol. 58. Num. 9. 1987. p. 66-70. DisponÃvel em: < https://doi.org/10.1080/07303084.1987.10604377>
-Sauerborn, R.; Morley, D.C.; Bullough, C.H.W. Un método estatÃstico simple para obtener confiabilidad en las mediciones antopométricas. Salud Pública Méx. Vol. 33. Num. 2. 1991. p. 106-11. DisponÃvel em: <http://saludpublica.mx/index.php/spm/article/view/5377/5619>
-Sichieri, R.; Fonseca, V.M.; Lopes, C.S. Como medir a confiabilidade de dobras cutâneas. Rev. bras. epidemiol. Vol. 2. Num. 1-2. 1999. p. 82-89.
-Silva, D.A.S.; Pelegrini, A.; Pires-Neto, C.S.; Vieira, M.F.S.; Petroski, E.L. O antropometrista na busca de dados mais confiáveis. Revista Brasileira Cineantropometria do Desempenho Humano. Vol. 13. Num. 1. 2011. p 82-85.
-Silva, P.L.; Ruellas, R.M.A.; Ruellas, A.C.O. Análise da Fidelidade do Plano Horizontal de Frankfurt em Relação à Linha Sela-Násio. J Bras Ortodon Ortop Facial. Vol. 8. Num. 47. 2003. p. 421-425.
-Thomas, D.T.; Erdman, K.A.; Burke, L.M. 2016. American College of Sports Medicine Joint Position Statement. Nutrition and Athletic Performance. Med Sci Sports Exerc Vol. 48. 2016. p. 543-68.
-Vegelin, A.L.; Brukx, L.J.; Waelkens, J.J.; Van Den Broeck, J. Influence of knowledge, training and experience of observers on the reliability of anthropometric measurements in children. Ann Hum Biol. Vol. 30. Num. 1. 2003. p. 65-79. DisponÃvel em: <https://doi.org/10.1080/03014460210162019>
-Weir, J.P. Quantifying test-retest reliability using the intraclass correlation coefficient and the SEM. J. Strength Cond. Res. Vol. 19. Num. 1. 2005. p. 231-240.
Copyright (c) 2021 RBPFEX - Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).