Desequilíbrios musculares no joelho: efeitos do nível de atividade física
Resumo
A inatividade física está associada à redução da capacidade funcional, podendo afetar o estado geral de saúde dos indivíduos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi comparar razões musculares na articulação do joelho em diferentes velocidades entre indivíduos com distintos níveis de atividade física classificados pelo IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física). Quarenta e dois participantes (homens: 20 (47,6%) e mulheres 22 (52,4%)) foram separados em três grupos pelo nível de atividade física a partir da classificação do IPAQ, em seguida todos avaliaram o torque muscular de extensores e flexores em um dinamômetro isocinético, com ação concêntrica-concêntrica, em três diferentes velocidades 120°/s, 180°/s e 240°/s. Distintas Anova foram aplicadas com post-hoc de Bonferroni, (p<0,05), para análises das variáveis. O nível de atividade física não influenciou no pico de torque extensor e nem flexor (p>0,05), bem como, as assimetrias não foram significativas entre os grupos em nenhuma das velocidades (p>0,05). Todavia, os valores observados, independentemente do nível de atividade física, estão abaixo dos preconizados para razão convencional, 0,6 para velocidade mais baixas (120 e 180o/s) e 0,8 para velocidade mais alta (240o/s). Embora o nível de atividade física não tenha influenciado em assimetrias musculares, pode se indicar que há necessidade de treinamentos específicos (i.e. treinamento de força) para contrapor a redução dos baixos valores observados na razão convencional.
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