Exercício físico: como a pandemia por SARS-COV-2 alterou os hábitos de estudantes de medicina

  • Bruna Strube Lima Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, Núcleo de Pesquisa em Ciências Médicas: investigações em saúde - NPCMed, Rio do Sul, Santa Catarina, Brasil.
  • Franciani Rodrigues da Rocha Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, Núcleo de Pesquisa em Ciências Médicas: investigações em saúde - NPCMed, Rio do Sul, Santa Catarina, Brasil.
  • Denis Guilherme Guedert Fundação Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Santa Catarina, Brasil; Centro Universitário de Brusque, Brusque, Santa Catarina, Brasil; Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Ciências Morfofuncionais, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Renata Souza e Silva Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Ciências Morfofuncionais, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Paola de Lima Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, Núcleo de Pesquisa em Ciências Médicas: investigações em saúde - NPCMed, Rio do Sul, Santa Catarina, Brasil; Programa de Pós-graduação em Ciências Morfofuncionais, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
Palavras-chave: Infecções por coronavírus, Exercício físico, Medicina

Resumo

O objetivo deste artigo foi avaliar a alteração nos hábitos de práticas de atividade física dos estudantes de medicina do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI) ocorrida entre os períodos pré-pandemia por SARS-CoV-2 e pós-pandemia. Para a pesquisa foram selecionadas as turmas compreendidas entre o terceiro e oitavo semestre, perfazendo um total de 154 estudantes.  O grau de atividade física foi avaliado através do International Physical Activity Questionnaire, aplicado em duas vias, cada uma relacionada a um período distinto relacionado à pandemia. Comparando-se o período pré e pós-pandemia, observou-se que houve um aumento no número de estudantes que consideravam a sua saúde boa e uma diminuição naqueles que a consideravam muito boa. Existiu uma diminuição no tempo médio de uso de carro/ônibus, como também no tempo despendido com caminhadas. Em se tratando da velocidade de exercícios como caminhadas, também houve redução de ritmo. Quanto ao tempo investido com atividades vigorosas, houve queda.  Ao avaliar-se o tempo que os acadêmicos passavam sentados durante a semana e durante o fim de semana, conferiu-se que houve incremento em ambos. Concluiu-se que houve piora na percepção pessoal do estado de saúde, diminuição no tempo de deslocamento com carro/ônibus, bem como no tempo investido em caminhadas e em atividades vigorosas. Existiu redução no ritmo de caminhada e acréscimo na quantidade de horas que os acadêmicos passavam sentados.     

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Publicado
2023-01-15
Como Citar
Lima, B. S., Rocha, F. R. da, Guedert, D. G., Souza e Silva, R., & Lima, P. de. (2023). Exercício físico: como a pandemia por SARS-COV-2 alterou os hábitos de estudantes de medicina. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 16(103), 254-261. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2568
Seção
Artigos Científicos - Original