Crioalongamento visando ganho na extensibilidade de músculos isquiotibiais em mulheres

  • Andressa Serafim Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Brasil.
  • Heitor Pedro Berté Junior Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Brasil.
  • Jessica Rabel Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Brasil.
  • Priciane Tais Krampe Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Brasil.
  • Thaina Caroline Merlo Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Brasil.
  • Dérrick Patrick Artioli Fundação Lusíada - Unilus, Brasil.
  • Gladson Ricardo Flor Bertolini Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Brasil.
Palavras-chave: Músculo esquelético, Crioterapia, Exercícios de alongamento muscular

Resumo

Introdução: visando o ganho de extensibilidade destaca-se o alongamento muscular, que muitas vezes é combinado com o crioterapia, contudo com resultados contraditórios na literatura. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar ganhos na extensibilidade dos músculos isquiotibiais em mulheres sedentárias após o crioalongamento. Materiais e Métodos: participaram do estudo, 30 mulheres, separadas em três grupos: crioalongamento, alongamento ou controle. Para realização do crioalongamento  foi utilizado saco de gelo sobre a região dos músculos isquiotibiais ao longo de 15 minutos, posteriormente as voluntárias realizaram três séries de 30 segundos de alongamento estático dos músculos isquiotibiais; o grupo que realizou apenas o alongamento, após a avaliação inicial, aguardou 15 minutos e também foi submetido ao procedimento de alongamento estático; finalmente para o grupo controle foi realizada a avaliação inicial, aguardado o tempo referente aos procedimentos descritos e reavaliado. As avaliações foram: banco de Wells e uma prancha goniométrica, antes e logo após a realização dos procedimentos. Resultados: para o banco de Wells foi possível observar ganhos de amplitude em todos os grupos, mas, o maior tamanho de efeito foi apresentado no grupo crioalongamento. Para a prancha goniométrica, avaliada de forma passiva, o grupo que apresentou melhores resultados significativos foi o grupo alongamento; a avaliação na forma ativa apresentou ganhos para os dois grupos que realizaram alongamento, sendo que novamente os tamanhos de efeito foram maiores no grupo crioalongamento. Conclusão: o crioalongamento produziu maiores ganhos de extensibilidade em movimentos ativos, mas, não foi melhor do que o alongamento apenas quando avaliado o movimento passivo.

Referências

-Algafly, A.A.; George, K.P. The Effect of Cryotherapy on Nerve Conduction Velocity, Pain Threshold and Pain Tolerance. British Journal of Sports Medicine, Vol. 41. Núm. 6. p.365-9. 2007.

-Bass, C.R.; Planchak, C.J.; Salzar, R.S. The Temperature-Dependent Viscoelasticity of Porcine Lumbar Spine Ligaments. Spine. Vol. 32. Núm. 16. p.436-442. 2007.

-Behm, D.G.; Blazevich, A.J.; Kay, A.D. Acute Effects of Muscle Stretching on Physical Performance, Range of Motion, and Injury Incidence in Healthy Active Individuals: A Systematic Review. Applied Physiology, Nutrition and Metabolism. Vol. 41 Núm. 1. p.1-11. 2015.

-Behm, D..; Chaouachi, A. A Review of the Acute Effects of Static and Dynamic Stretching on Performance. European Journal of Applied Physiology. Vol. 111. Núm. 11. p.2633-2651. 2011.

-Bleakley, C..; Costello, J.T. Do Thermal Agents Affect Range of Movement and Mechanical Properties in Soft Tissues? A Systematic Review. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation jornal. Vol. 94. Núm. 1. p.149-163. 2013.

-Bouzigon, R.; Grappe, F.; Ravier, G. Whole- and Partial-Body Cryostimulation/Cryotherapy: Current Technologies and Practical Applications. Journal of Thermal Biology. Vol. 61. p. 67-81. 2016.

-Brasileiro, J.; Faria, A.; Queiroz, L. Influência do resfriamento e do aquecimento local na flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 11. Núm. 1. p.57-61. 2007.

-Brodowicz, G.R.; Welsh, R.; Wallis, J. Comparison of Stretching with Ice, Stretching with Heat, or Stretching Alone on Hamstring Flexibility. Journal of Athletic Training. Vol. 31. Núm. 4. p.324-327. 1996.

-Busarello, F. O.; Souza, F.T.; Paula, G.F. Ganho de Extensibilidade Dos Músculos Isquiotibiais Comparando o Alongamento Estático Associado Ou Não à Crioterapia. Fisioterapia em Movimento. Vol. 24. Núm. 2. p.247-254. 2011.

-Corbetta, A.R.; Corbetta, L.R.; Freiberger, K.R.; Maciel, V.C.; Navarro, A.C. os testes de flexibilidade do banco de wells realizados em jovens no processo de recrutamento obrigatório demonstraram que a atividade física não influencia na flexibilidade muscular. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 2. Núm. 10. p.409-414. 2008.

-Espindula, A.P.; Jammal, M.P.; Oliveira Guimarães, C.S. Avaliação Da Flexibilidade Pelo Método Do Flexômetro de Wells Em Crianças Com Paralisia Cerebral Submetidas a Tratamento Hidroterapêutico: Estudo de Casos. Acta Scientiarum - Health Sciences. Vol. 32. Núm. 2. p.163-167. 2010.

-Hotta K, Behnke BJ, Arjmandi B, et al. Daily Muscle Stretching Enhances Blood Flow, Endothelial Function, Capillarity, Vascular Volume and Connectivity in Aged Skeletal Muscle. Journal of Physiology. Vol. 596. Núm. 10. p.1903-1917. 2018.

-Huang, C.Y.; Wang, V.M.; Flatow, E.L. Temperature-Dependent Viscoelastic Properties of the Human Supraspinatus Tendon. Journal of Biomechanics. Vol. 42. Núm. 4. p.546-549. 2009.

-Larsen, C.C.; Troiano, J.M.; Ramirez, R.J. Effects of Crushed Ice and Wetted Ice on Hamstring Flexibility. Journal of Strength And Conditioning Research. Vol. 29. Núm. 2. p.483-388. 2015.

-Lorena, S.B.; Lima, M. C.C.; Ranzolin, A. Effects of Muscle Stretching Exercises in the Treatment of Fibromyalgia: A Systematic Review. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 55. Núm. 2. p.167-173. 2015.

-Loureiro, L.M.J.; Gameiro, M.G.H. Interpretação crítica dos resultados estatísticos: para lá da significância Estatística. Revista de Enfermagem Referência. Vol. 3. Núm. 3. p.151-162. 2011.

-Magalhães, F.E.X.; Mesquita Junior, A.R.; Meneses, H.T.S. Comparison of the Effects of Hamstring Stretching Using Proprioceptive Neuromuscular Facilitation with Prior Application of Cryotherapy or Ultrasound Therapy. Journal of Physical Therapy Science. Vol. 27. Núm. 5. p.1549-1553. 2015.

-Masugi, Y.; Obata, H.; Inoue, D. Neural Effects of Muscle Stretching on the Spinal Reflexes in Multiple Lower-Limb Muscles. PLoS ONE. Vol. 12. Núm. 6. p.e0180275. 2017.

-Nardi, M.; La, A.; Benis, R. Acute Effects of Whole-Body Cryotherapy on Sit-and-Reach Amplitude in Women and Men. Cryobiology. Vol. 71. Núm. 3. p.511-513. 2015.

-Riley, D.A.; Van Dyke, J.M. The Effects of Active and Passive Stretching on Muscle Length. Physical Medicine and Rehabilitation Clinics of North America. Vol. 23. Núm. 1). p.51-57. 2012.

-Sefiddashti, L.; Ghotbi, N.; Salavati, M. The Effects of Cryotherapy versus Cryostretching on Clinical and Functional Outcomes in Athletes with Acute Hamstring Strain. Journal of Bodywork and Movement Therapies. Vol. 22. Núm. 3. p.805-809. 2018.

-Signori, L.U.; Voloski, F.R.S.; Kerkhoff, A.C. Efeito de Agentes Térmicos Aplicados Previamente a Um Programa de Alongamentos Na Flexibilidade Dos Músculos Isquiotibiais Encurtados. Rev Bras Med Esporte. Vol. 14. Núm. 4. p.328-31. 2008.

-Wells, K.F.; Dillon, E.K. The Sit and Reach-a Test of Back and Leg Flexibility. Research Quarterly of the American Association for Health, Physical Education and Recreation. Vol. 23. Núm. 1. p.115-118. 1952.

Publicado
2023-01-15
Como Citar
Serafim, A., Berté Junior, H. P., Rabel , J., Krampe , P. T., Merlo , T. C., Artioli , D. P., & Bertolini, G. R. F. (2023). Crioalongamento visando ganho na extensibilidade de músculos isquiotibiais em mulheres. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 17(107), 14-20. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2673
Seção
Artigos Científicos - Original