Efeitos de um treinamento de força e combinado em idosos com hipertensão arterial
Resumo
Introdução: O envelhecimento traz desafios para a manutenção da qualidade de vida, junto com doenças crônicas associadas apresentam maiores riscos à saúde, a hipertensão arterial sistêmica se caracteriza por uma pressão alta nas artérias de forma constante, a mudança do estilo de vida é uma proposta de tratamento como forma de intervenção não medicamentosa, através da prática regular de atividade física. Objetivo: O presente estudo investigou os efeitos hipotensores do treinamento de força e treinamento combinado em idosos hipertensos. Materiais e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado realizado no Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A avaliação antropométrica foi através de peso, altura e dobras cutâneas para cálculo de percentual de gordura, teste de equilíbrio e para avaliação de força foi realizado o teste de sentar e levantar. Participaram 20 idosos diagnosticados com hipertensão, todos acima de 60 anos, recrutados no projeto SerAtivo da UFPE. Resultados: Foi apresentado resultados significativos com relação ao tempo na pressão arterial sistólica (p=0,011) e diastólica (p=0,000) assim como na circunferência da cintura (p= 0,005) e relação cintura e quadril (p=0,040), com tamanho de efeito largo na pressão diastólica e médio na circunferência do quadril, relação cintura e quadril e na pressão sistólica. Conclusão: Portanto fica evidente o efeito hipotensor do treinamento de força, além de reduções na circunferência da cintura e relação cintura e quadril, diminuindo possíveis riscos à saúde.
Referências
-ACSM. American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforço e sua Prescrição. 9ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara: Guanabara Koogan. 2014.
-Barroso, W.K.S.; e colaboradores. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial - 2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 116, Num. 3. 2021. p. 516-658.
-Bendelack, W.L.R.; e colaboradores. Treinamento Aeróbico e Resistido: Uma comparação da hipotensão pós-exercício em mulheres hipertensas de idade avançada. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 13. Num. 87. 2019. p. 1210-1219.
-Cichocki, M.; e colaboradores. Atividade FÍísica e Modulação do Risco Cardiovascular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 23, Num. 1. 2017. p. 21-25.
-Cohen Jacob. In Statistical Power Analysis for the Behaviour Sciences. Biometrics.Vol. 73. Num. 363. 1988. p. 19-74.
-Gomes, D.B.C.; e colaboradores. Avaliação da Qualidade de Vida de Idosos Hipertensos Atendidos em Clínica de Fisioterapia. Revista de Políticas Públicas. Vol 14. Num. 01. 2015. p. 33-37.
-Kim, H.Y. Statistical notes for clinical researchers: Sample size calculation 3. Comparison of several means using one-way ANOVA. Restorative Dentistry & Endodontics. Vol. 41. Num. 3. 2016. p. 231-234.
-Kneubuehler, P.A.; Mueller, D. Aplicação e análise dos efeitos de sessões de exercício físico aeróbico e de resistência aplicada na academia ao ar livre no controle da hipertensão arterial. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São paulo. Vol. 10. Num. 61. 2016. p. 663-669.
-Leal, V.C.; e colaboradores. Influencia do número de séries sobre a reposta da pressão arterial após uma sessão de treinamento de força em mulheres idosas hipertensas. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São paulo. Vol. 11. Num. 64. 2017. p. 12-19.
-Leite, S.P.; e colaboradores. Métodos de obtenção de dados antropométricos confiáveis. Cadernos de Graduação-Ciências Humanas e Sociais. Vol. 3. Num. 1. 2015. p. 87-100.
-Lúcio, M.F.M.; e colaboradores. Efeitos de diferentes programas de exercícios físicos na pressão arterial e indicadores antropométricos de idosas. Motricidade. Vol. 12. Num. S2. 2016. p. 147-154.
-Melgaço, N.P.R.; e colaboradores. Promoção de hábitos saudáveis de vida para hipertensos usando grupos operativos, na atenção primária em saúde. Brazilian Journal of Development. Vol. 7. Num. 3. 2021. p. 24538-24548.
-Melo, T.A.; e colaboradores. Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes: segurança e confiabilidade em pacientes idosos na alta da unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Vol. 31. Num. 1. 2019. p. 27-33.
-Mendes, D.M.C.; e colaboradores. Exercícios resistidos em idosos hipertensos. Revista Eletrônica funvic.Vol. 2. Num. 1. 2017. p. 1-8.
-Neto, V.; e colaboradores. Hipotensão e variabilidade da frequência cardíaca pós-exercício de força executado de forma máxima e submáxima. Motricidade. Vol. 13. Num. 1. 2017. p. 19-29.
-Nogueira, M.; e colaboradores. Efeitos de exercícios físicos sobre fatores de risco cardiovascular em idosos hipertensos. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. Vol. 31. Num. 2. 2018. p. 1-9.
-Nora, F.S.; Grobocopatel, D. Métodos de aferição da pressão arterial média. Brazilian Journal of Anesthesiology. Vol. 46. Num. 4, 1996. p. 295-301.
-Pianezzer, L.; Rodrigues, P. Comparação de índices morfológicos e cardiovasculares entre praticantes do treinamento de força, treinamento aeróbio e treinamento concorrente. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 13. Num. 86, 2019. p. 995-1003.
-Reis, J.P.C.; e colaboradores. Efeito do treinamento resistido com diferentes intensidades na pressão arterial em hipertensos. International Journal of Cardiovascular Sciences. Vol. 28. Num. 1. 2015. p. 25-34.
-Rocha, P.E.C.P.D.; e colaboradores. Effects of long-term resistance training on blood pressure: a systematic review. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Vol. 19. Num. 6. 2017. p. 730-742.
-Santos, R.Z.; e colaboradores. Treinamento aeróbio intenso promove redução da pressão arterial em hipertensos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 21. Num. 4. 2015. p. 292-296.
Copyright (c) 2023 José Cristiano Faustino dos Santos, Jadson José de Albuquerque Silva, Paulo Roberto Cavalcanti Carvalho
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
