Efeito de 12 semanas de sit all-out sobre a potência aeróbia e o desempenho neuromuscular de corredores

  • Victória Emmanuelli Dal-Molin Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
  • Bruna Dreissing Emmel Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
  • Camila Brandão Redigolo Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
  • Klaryslaine Bresolin Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
  • Karina Alves da Silva Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
  • Lilian Keila Barazetti Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
  • Ricardo Brandt Grupo de pesquisa em Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon-PR, Brasil.
Palavras-chave: Treinamento, Aptidão cardiorrespiratória, Força explosiva, Corredores

Resumo

O método SIT “all-out” tem sido utilizado em uma série de investigações visando contribuir no desempenho dos atletas de endurance. O objetivo foi comparar o efeito do SIT “all-out” sobre o VO2máx e a força explosiva em corredores recreacionais. Participaram 49 corredores de ambos os sexos, organizados em 3 grupos de acordo com o tempo de prática de corrida, sendo: G1: iniciante à prática; G2: até um ano de prática e G3: >1 ano de prática. Foram avaliadas as variáveis aptidão aeróbia (Shuttle Run Test) e força explosiva de membros inferiores por meio dos protocolos de saltos verticais (CMJ e SJ), pré e pós 12 semanas de treinamento. Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk. O teste de Levene foi usado para testar a homogeneidade das variâncias. Posteriormente o método das equações de estimativas generalizadas seguido do post-hoc de Bonferroni foi utilizado para comparações entre os grupos e medida (inicial e pós-intervenção), bem como suas interações. Adotou-se o modelo descritivo. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Houve incremento significativo nos índices de VO2 máx de todos os grupos. Sendo que para o G1 e G3 observou-se um aumento superior nessa variável, em comparação ao G2. Em relação aos parâmetros de força explosiva, houve melhora significativa do CMJ apenas para o G2. No SJ não foram evidenciadas diferenças significativas entre os grupos. Os resultados demonstram que o SIT “all-out” foi eficaz na adaptação cardiorrespiratória de indivíduos iniciantes e maior tempo de prática da corrida de rua.

Referências

-Bassett, D.R.J.R.; Howley, E.T. Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance performance. Med. Sci. Sports Exer. Vol. 32. Núm. 1. 2000. p. 70-84.

-Bayati, M.; Farzad, B.; Gharakhanlou, R, Agha-Alinejad, H.A. Practical Model of Low-Volume High-Intensity Interval Training Induces Performance and Metabolic Adaptations That Resemble ‘All-Out’ Sprint Interval Training. J Sports Sci Med. Vol 10. Núm. 3. 2011. p. 571-576.

-Billat, L.V. Interval training for performance: a scientific and empirical practice. Special recommendations for middle-and long-distance running. Part I: aerobic interval training. Sports Med. Vol. 31. Núm.1. 2001. p. 13-31.

-Bosco, C. Proposte metodologiche di valutazione delle capacitá fisiche nei giovani ai fini di individuare le caratteristiche specifiche delle varie proprietá fisiologiche coinvolte nelle diverse specialitá dell’atletica leggera. Atletica studio. Vol. 6. Núm. 24. 1993. p. 361-371.

-Bosco, C. A força muscular. São Paulo. Phorte, 2007.

-Bucheit, M.; Laursen, P.B. High-intensity interval training, solutions to the programming puzzle. Part II: anaerobic energy, neuromuscular load and practical applications. Sports Med. Vol. 43. Núm. 10. 2013. p. 927-954.

-Dellagrana, R.A.; Guglielmo, L.G.A.; Santos, B.V.; Hernandez, S.G.; Silva, S.G. Vol. 29. Núm. 6. 2015. p. 1584-1591.

-Duarte, M.F.S.; Duarte, C.R. Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros. Rev Bras Ciênc Mov. Vol. 9. Núm. 3. 2001. p. 7-14.

-Etxegarai, U.; Portillo, E.; Irazusta, J.; Arriandiaga, A.; Cabanes, I. Estimation of lactate threshold with machine learning techniques in recreational runners. Appl. Soft Comput. Vol. 63. Núm.1. 2018. p. 181-196.

-García-Pinillos, F.; Párraga-Montilla, J.A.; Soto-Hermoso, V.M.; Latorre-Román, P.A. Changes in balance ability, power output, and stretch-shortening cycle utilisation after two high-intensity intermittent training protocols in endurance runners. J Sport and Health Sci. Vol. 5. Núm. 4. 2016. p. 430-436.

-García-Pinillos, F.; Soto-Hermoso, V.M.; Latorre-Román, P.A. How does high-intensity intermittent training affect recreational endurance runners? Acute and chronic adaptations: A systematic review. J Sport Health Sci. Vol. 6. Núm.1. 2017. p. 54-67.

-Hazell, T.J.; MacPherson, R.E.K.; Gravelle, B.M.R.; Lemon, P.W.R. 10 or 30-s sprint interval training bouts enhance both aerobic and anaerobic performance. Eur J Appl Physiol. Vol. 110. Núm.1. 2010. p. 153-160.

-Helgerud, J.; Hoydal, K.; Wang, E.; Karlsen, T.; Berg, P.; Bjerkaas, M. Aerobic high intensity intervals improve VO2máx more than moderate training. Med Sci Sports Exerc. Vol. 39. Núm. 4. 2007. p. 665-671.

-Joyner, M.J.; Coyle, E.F. Endurance Exercise Performance: The Physiology of champions. J Physiol. Vol. 586. Num.1. 2008. p. 35-44.

-Kollias, I.; Hatzitaki, V.; Papaiakovou, G.; Giatsis, G. Using principal components analysis to identify individual differences in vertical jump performance. Res Q Exerc Sport. Vol. 72. Núm. 1. 2001. p. 63-67.

-Koral, J.; Oranchuk, D.J.; Herrera, R.; Millet, G.Y. Six Sessions of Sprint Interval Training Improves Running Performance in Trained Athletes. J Strength Condit Res. Vol. 32. Núm. 3. 2018. p. 617-623.

-Kubo, K.; Yata, H.; Kanehisa, H.; Fukunaga, T. Effects of isometric squat training on the tenton stiffness and jump performance. Eur J Appl Physiology. Vol. 96. Núm. 3. 2006. p. 305-314.

-Laursen, P.B. Training for intense exercise performance: high-intensity or high-volume training? Scand J Med Sci Sports. Vol. 20. Núm. 2. 2010. p. 1-10.

-Laursen, P.B.; Jenkins, D.G. The scientific basis for high-intensity interval training optimising training programmes and maximising performance in highly trained endurance athletes. Sports Med. Vol. 32. Núm. 1. 2002. p. 53-73.

-Michalik, K.; Glinka, S.; Danek, N.; Zatoń, M. Interval training with active recovery and the physical capacity of recreational male runners. Polish Journal of Sport and Tourism. Vol. 25. Núm. 4. 2018. p. 15-20.

-Moura, T.A.; Oliveira, L.S.; Ricardo, R.F.; Costa, M.A.; Okazaki, V.H.A. Séries múltiplas de squat jump aumentam o salto vertical de saltadores de elite no atletismo? Rev Bras Ciênc Mov. Vol. 26. Num. 1. 2018. p. 39-46.

-Olek, R.A.; Kujach, S.; Ziemann, E.; Ziolkowski, W.; Waz, P.; Laskowski, R. Adaptive Changes After 2 Weeks of 10-s Sprint Interval Training With Various Recovery Times. Front Physiol [periódico na internet]. Vol. 9. Núm. 1. 2018. p. 1-8.

-Salgado, J.V.V.; Chacon-Mikahil, M.P.T. Corrida de Rua: Análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões. Vol. 4. Num. 1. 2006. p. 90-99.

-Santos, C.C.B. Corrida de rua: variação da pressão arterial na periodização do treinamento de atletas amadores. Scire Salutis. Vol. 6. Núm. 1. 2016. p. 35-51.

-Souza, K.M.; Vieira, G.; Baldi, M.F.; Guglielmo, L.G.B.; Lucas, R.D.; Denadai, B.S. Variáveis Fisiológicas e Neuromusculares Associadas com a Performance Aeróbia em Corredores de Endurance: Efeitos da Distância da Prova. Rev Bras Med Esporte. Vol. 17. Num. 1. 2011. p. 40-44.

-Truccolo, A.D.; Maduro, P.A.; Feijó, E.A. Fatores motivacionais de adesão a grupos de corrida. Motriz. Vol. 14. Num. 2. 2008. p. 108-114.

-Tschakert, G.; Hofmann, P. High-intensity intermittent exercise: methodological and physiological aspects. Int J Sports Physiol Perform. Vol. 8. Núm. 6. 2013. p. 600-610.

-Wen, D.; Utesch, T.; Wu, J.; Robertson, S.; Liu, J.; Hu, G.; e colaboradores. Effects of different protocols of high intensity interval training for VO2máx improvements in adults: A meta-analysis of randomised controlled trials. J of Sci Med in Sport. Vol. 22. Núm. 8. 2019. p. 941-947.

-Wilson, J.M.; Flanagan, E.P. The role of elastic energy in activities with high force and power requirements: a brief review. J Strength Condit Res. Vol. 22. Núm. 5. 2008. p. 1705-1715.

-Whyte, L.J.; Gill, J.M.R.; Cathcart, A.J. Effect of 2 weeks of sprint interval training on health-related outcomes in sedentary overweight/obese men. Metabolism Clin and Exp. Vol. 59. Núm. 1. 2010. p. 1421-1428.

-Zatón, M.; Michalik, K. Effects of interval training-based glycolytic capacity on physical fitness in recreational long-distance runners. Hum Movement Sci, Vol. 16. Núm. 2. 2015. p. 71-77.

Publicado
2023-12-28
Como Citar
Dal-Molin, V. E., Emmel, B. D., Redigolo, C. B., Bresolin, K., Silva, K. A. da, Barazetti, L. K., & Brandt, R. (2023). Efeito de 12 semanas de sit all-out sobre a potência aeróbia e o desempenho neuromuscular de corredores. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 17(112), 540-547. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2829
Seção
Artigos Científicos - Original