Consumo máximo de oxigênio de jogadores de futebol profissional de uma equipe potiguar: comparação entre diferentes posições

  • Eduardo Caldas Costa Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Cardiomex (Clí­nica de Cardiologia e Medicina do Exercí­cio). Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Exercí­cio Fí­sico Aplicado à Reabilitação Cardí­aca e Grupos Especiais da Universidade Gama Filho - UGF
  • Felipe Eduardo Fernandes Guerra Cardiomex (Clí­nica de Cardiologia e Medicina do Exercí­cio)
  • Maria Irany Knackfuss Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Newton Nunes Instituto do Coração - HC-FMUSP - InCor-SP. Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Exercí­cio Fí­sico Aplicado à Reabilitação Cardí­aca e Grupos Especiais da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Futebol, Consumo máximo de oxigênio, Ergoespiromatria

Resumo

Cada vez mais no futebol utiliza-se o auxílio da tecnologia para se melhorar o desempenho dos atletas. Entre as variáveis físicas envolvidas nesse esporte destaca-se o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), por ser um índice relevante na predição de condição aeróbica, além de servir como parâmetro para prescrição de treinamento. O objetivo desse estudo foi comparar os valores de VO2máx entre jogadores profissionais de diferentes posições de uma equipe Potiguar. Foram revisados 36 exames ergoespirométricos de atletas do ABC futebol clube, com idade de 26,54 ± 4,51 anos, massa corporal 75,95 ± 7,15kg, estatura 1,79 ± 0,06m e IMC de 23,67 ± 1,48kg/m2 entre os anos de 2005 e 2007. Os atletas foram divididos em cinco grupos: goleiros (GO); zagueiros (ZG); laterais (LT); meio-campistas (MC) e atacantes (AT). Como resultado de VO2máx entre os grupos verificou-se os seguintes valores: GO = 50,1 ± 3,04* ml/(kg.min); ZG = 56,85 ± 4,29 ml/(kg.min); LT = 59,21± 2,3* ml/(kg.min); MC = 57,18 ± 4,68* ml/(kg.min) e; AT = 55,7 ± 5,29 ml/(kg.min). De acordo com os resultados obtidos é possível concluir que houve diferença significante apenas entre o grupo GO com relação aos grupos LA e MC. Portanto, na população estudada, os goleiros apresentaram menor média de VO2máx, e os laterais e meio-campistas as melhores aptidões cardiorrespiratórias.

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Publicado
2011-12-10
Como Citar
Costa, E. C., Guerra, F. E. F., Knackfuss, M. I., & Nunes, N. (2011). Consumo máximo de oxigênio de jogadores de futebol profissional de uma equipe potiguar: comparação entre diferentes posições. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 1(5). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/43
Seção
Artigos Científicos - Original

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