Comparação das alterações das variáveis fisiológicas agudas através do método tradicional e pirâmide para hipertrofia

  • Jorge Royer Buchman Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio. Graduado em Educação Fí­sica pela Universidade Federal do Paraná
  • Eduardo Emilio Lang Mares da Costa Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio. Graduados em Educação Fí­sica pela Centro Universitário Campos de Andrade (UNIANDRADE)
  • Adilson Szott Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio. Graduados em Educação Fí­sica pela Centro Universitário Campos de Andrade (UNIANDRADE)
  • George Gilberto de Castilhos Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio. Graduado em Educação Fí­sica pela UNICENTRO
  • Antonio Coppi Navarro Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição do Exercí­cio
Palavras-chave: Treinamento de força, Métodos de treinamento, Variáveis fisiológicas, Hipertrofia

Resumo

O objetivo desse estudo foi comparar a diferença aguda entre o método tradicional e pirâmide através da análise da freqüência cardíaca, glicose sanguínea, lactato sanguíneo e percepção subjetiva de esforço. Hipertrofia muscular é o aumento da secção transversa do músculo, a freqüência cardíaca pode ser utilizada para medir a intensidade do exercício assim como o lactato sanguíneo se acumula no sangue em atividades em que o sistema glicolítico de energia é utilizado, a glicose sanguínea é um indicador metabólico importante e a percepção subjetiva de esforço é um meio de detectar a intensidade do exercício. Foram avaliados 5 indivíduos com cerca de um ano treinamento, foi realizado teste de uma repetição máxima para definir as cargas de trabalho. A freqüência cardíaca se elevou em relação ao repouso, porém teve pouca variação durante o exercício nos dois métodos, a glicose sanguínea se comportou de forma variada, na média a glicemia se elevou no método tradicional e caiu no método pirâmide, a concentração de lactato sanguíneo se elevou e a percepção de esforço também. Concluímos que não existe diferença entre os dois métodos para as variáveis avaliadas, a freqüência cardíaca não foi um bom indicador da intensidade do exercício e a percepção subjetiva de esforço pode ser utilizada com cautela.

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Publicado
2011-12-11
Como Citar
Buchman, J. R., Costa, E. E. L. M. da, Szott, A., Castilhos, G. G. de, & Navarro, A. C. (2011). Comparação das alterações das variáveis fisiológicas agudas através do método tradicional e pirâmide para hipertrofia. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 2(10). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/100
Seção
Artigos Científicos - Original