Força de preensão palmar através da dinamometria em indiví­duos hemiparéticos pós acidente vascular encefálico

  • Edjaciane da Silva Sá Fisioterapeuta, Hospital Presidente Vargas, São Luí­s, Maranhão
  • Antonio Carlos Silva-Filho Graduando em Educação Fí­sica, Universidade Federal do Maranhão
  • Sulamí­zia C Jesus Fisioterapeuta, Faculdade Santa Terezinha - CEST
  • Fernando CVM Lima Professor, Curso de Fisioterapia, Faculdade Santa Terezinha - CEST
Palavras-chave: Acidente vascular encefálico, Preensão manual, Força Muscular

Resumo

Objetivo: determinar a força de preensão palmar através da dinamometria em indiví­duos hemiparéticos pós AVE. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 18 indiví­duos, sendo 7 mulheres e 11 homens. A coleta de dados foi realizada por uma avaliação fisioterapêutica, a força de preensão palmar através do dinamômetro Power Din Standard® da Cefise®, e a massa corporal com uma balança eletrônica Camry®. A análise estatí­stica foi apresentada com média e desvio padrão, através do teste de Grubbs, Kolomogorov-Smirnov, e teste T de student, considerando estatisticamente significante o intervalo de confiança de 95% e o p ≤ 0,05. Os dados foram analisados pelo software GraphPad® Prism 5. Resultados: Foi encontrada diferença significativa entre os valores de produção de força dos sujeitos quando comparado o membro parético e não parético (p < 0,0001). Houve diferença significativa quanto à produção de força entre os membros não paréticos de homens e mulheres (p < 0,05); não houve diferença significativa quando comparado o membro parético masculino (p = 0,4633); Houve diferença significativa quando comparado o membro masculino parético e não parético (p < 0,0001); e quando comparado o membro feminino parético e não parético (p < 0,05). Conclusão: os indiví­duos hemiparéticos possuem força reduzida no lado afetado, quando comparado com o lado não parético; Além disso, entre membros paréticos em ambos os sexos, não foi encontrada diferença significativa.

Referências

-Adams, H. P.; e colaboradores. Guidelines for the Early Management of Adults With Ischemic Stroke A Guideline From the American Heart Association/American Stroke Association Stroke Council, Clinical Cardiology Council, Cardiovascular Radiology and Intervention Council, and the Atherosclerotic Peripheral Vascular Disease and Quality of Care Outcomes in Research Interdisciplinary Working Groups: The American Academy of Neurology affirms the value of this guideline as an educational tool for neurologists. Circulation. Vol. 115. Núm. 20. p. e478-e534. 2007.

-Andrews, A. W.; Bohannon, R. W. Distribution of muscle strength impairments following stroke. Clinical Rehabilitation. Vol. 14. Núm. 1. p. 79-87. 2000.

-Aquino, C.; e colaboradores. A utilização da dinamometria isocinética nas ciências do esporte e reabilitação. Rev. bras. ciênc. mov, Vol. 15. Núm. 1. p. 93-100. 2007.

-Boissy, P.; e colaboradores. Maximal grip force in chronic stroke subjects and its relationship to global upper extremity function. Clinical rehabilitation. Vol. 13. Núm. 4. p. 354-362, 1999.

-Haaland, K. Y.; Delaney, H. D. Motor deficits after left or right hemisphere damage due to stroke or tumor. Neuropsychologia. Vol. 19. Núm. 1. p. 17-27. 1981.

-Lucena, E. M. D. F.; e colaboradores. A funcionalidade de usuários acometidos por AVE em conformidade com a acessibilidade à reabilitação. Acta fisiátrica. Vol. 18. Núm. 3, 2011.

-Miller, A. E. J.; e colaboradores Gender differences in strength and muscle fiber characteristics. European journal of applied physiology and occupational physiology. Vol. 66. Núm. 3. p. 254-262. 1993.

-Norman, K.; e colaboradores. The Subjective Global Assessment reliably identifies malnutrition-related muscle dysfunction. Clinical nutrition. Vol. 24. Núm. 1. p. 143-150. 2005.

-O'Sullivan, S. B.; Schmitz, T. J. Acidente Vascular Encefálico. In: (Ed.). Fisioterapia -Avaliação e Tratamento. 2003.

-Paz, L. P. D. S.; Marães, V. R. F. D. S.; Borges, G. Relação entre a força de preensão palmar e a espasticidade em pacientes hemiparéticos após acidente vascular cerebral. Acta fisiátrica. Vol. 18. Núm. 2. 2011.

-Polese, J. C. Parâmetros Biomecânicos e Percepção de Hemiparéticos Crônicos com o uso de Dispositivos Auxiliares na Marcha. 2011. Dissertação de Mestrado. UFMG. 2010. 135p

-Saliba, V. A.; e colaboradores. Propriedades psicométricas da Motor Activity Log: uma revisão sistemática da literatura. Fisioter Mov. Vol. 21. Núm. 3. p. 59-67. 2008.

-Sasaki, H.; e colaboradores. Grip strength predicts cause-specific mortality in middle-aged and elderly persons. The American journal of medicine. Vol. 120. Núm. 4. p. 337-342. 2007.

-Schlüssel, M. M.; Anjos, L. A. D.; Kac, G. A dinamometria manual e seu uso na avaliação nutricional:[revisão]. Rev. nutr. Vol. 21. Núm. 2. p. 233-235. 2008.

-Teixeira-Salmela, L. F.; e colaboradores. Musculação e condicionamento aeróbico na performance funcional de hemiplégicos crônicos. Acta fisiátrica. Vol. 10. Núm. 2. p. 54-60. 2003.

Publicado
2017-03-04
Como Citar
Sá, E. da S., Silva-Filho, A. C., Jesus, S. C., & Lima, F. C. (2017). Força de preensão palmar através da dinamometria em indiví­duos hemiparéticos pós acidente vascular encefálico. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(65), 180-186. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1074
Seção
Artigos Científicos - Original