Relação de desequilíbrios musculares em jogadores de futebol: um estudo transversal
Resumo
Objetivo: Obter informações sobre desequilíbrio muscular em atletas de elite do futebol brasileiro das categorias Sub-17, Sub-20 e Profissional, explorando relações com posições de jogo. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 105 atletas, divididos em três categorias: Sub-17, Sub-20 e Profissional. As posições de jogo estabelecidas foram: Goleiro, Lateral, Zagueiro, Volante, Meia e Atacante. Todos foram submetidos ao teste isocinético de força, realizados para as musculaturas do quadríceps e isquiosurais à 60º/s, com cinco repetições máximas. Resultados: Após análise descritiva, 49% dos atletas possuem desequilÃbrio. 40% dos atletas Sub-17, 37,1% dos atletas Sub-20 e 38,2% dos atletas profissionais apresentaram desequilíbrio. Em relação ao desequilíbrio bilateral, 20% dos atletas Sub-17, 28,6% dos atletas Sub-20 e 32,4% dos Profissionais apresentaram desequilíbrio. 66,7% dos goleiros tinham desequilíbrio unilateral e 33,3% bilateral. Entretanto, 70,6% dos atacantes demonstraram algum tipo de desequilíbrio (uniateral ou bilateral). Conclusão: Quase metade dos atletas avaliados apresenta situação de desequilíbrio muscular, sendo que atletas Sub-17 e Sub-20 ainda não estão fisicamente adaptados para treinar no nível de jogadores profissionais, haja vista que eles apresentam maior nível de desequilíbrio muscular e, portanto, potencialmente maior risco de lesões. Além disso, a posição Atacante se destaca pelo mais elevado grau de desequilíbrio muscular entre as seis posições analisadas.
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