Efeito de uma pré-temporada de treinamento sobre a capacidade aeróbia de jogadores de Rugby XV
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar o pico de velocidade (PV) e a distância percorrida (DP) alcançados por jogadores semiprofissionais de rugby XV no protocolo de avaliação Yo-Yo Intermittent Recovery Test (YYIRT) ao longo de 17 semanas de treinamento. Foram comparados os valores de PV e DP de 15 jogadores masculinos com idades entre 20 e 32 anos, sendo sete backs e oito forwards, em três momentos da pré-temporada de treinamento. A análise estatística foi realizada por meio da Anova de medidas repetidas (p<0,05) e do cálculo do effect size (ES). Não houve interação entre as variáveis independentes analisadas no estudo para PV (p=0,42) e DP (p=0,29). De forma geral, observou-se um pequeno efeito de ganho para o PV e para DP entre AV1 e AV2 (ESPV: 0,45; ESDP: 0,30), um efeito moderado entre AV2 e AV3 (ESPV: 0,60; ESDP: 0,56) e entre AV1 e AV3, houve um efeito grande do treinamento em ambas as variáveis (ESPV: 1,09; ESDP: 0,83). Portanto, a pré-temporada de treinamento induziu a um aumento do PV e da DP obtidos no YYIRT por jogadores de rugby XV, independentemente do seu posicionamento tático. Entretanto, os jogadores backs alcançaram valores de PV mais elevados do que os forwards nas três avaliações realizadas neste período, o que indica um melhor nível de capacidade aeróbia destes jogadores em relação aos forwards.
Referências
-American College of Sports Medicine, ed. Guidelines for exercise testing and prescription. Williams & Wilkins. Chicago. Ed. 8. 2009.
-Atkins, S.J. Performance of the Yo-yo Intermitent Recovery Test by elite professional and semiprofessional rugby league players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 20. Num. 1. 2006. p. 222-225.
-Austin, D.J.; Gabbett, T.J.; Jenkins, D.G. Reliability and Sensitivity of a Repeated High-Intensity Exercise Performance Test for Rugby League and Rugby Union. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 27. Num. 4. 2013. p. 1128-1135.
-Bangsbo, J; Iaia, F.M., Krustrup, P. The Yo-Yo intermittent recovery test: a useful tool for evaluation of physical performance in intermittent sports. Sports Medicine. Vol. 38. Num. 1. 2008. p. 37-52.
-Currell, K.; Jeukendrup, A.E. Validity, reliability and sensitivity of measures of sporting performance. Sports Medicine. Vol. 38. Num. 4. 2008. p. 297-316.
-Dantas, E.H.M.; Godoy, E.S.; Sposito-Araujo, C. A., Oliveira, A.L.B.; Azevedo, R. C.; Tubino, M.J.G. Gomes, A.C. Adequabilidade dos principais modelos de periodização do treinamento esportivo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 33. Num. 2. 2011. p. 483-494.
-Dubois, R.; Paillard, T.; Lyons, M.; McGrath, D.; Maurelli, O.; Prioux, J. Running and Metabolic Demands of Elite Rugby Union Assessed Using Traditional, Metabolic Power, and Heart Rate Monitoring Methods. Journal of Sports Science & Medicine. Vol. 16. Num. 1. 2017. p. 84-92.
-Duthie, G.; Pyne, D.; Hooper. S.; Applied Physiology and Game Analysis of Rugby Union. 2003. Sports Medicine. Vol. 33. Num. 13. 2003. p. 973-991.
-Espírito-Santo, H; Daniel F. Calculating and reporting effect sizes on scientific papers: p < 0.05 limitations in the analysis of mean differences of two groups. Portuguese Journal of Behavior and Social Research. Vol. 1. Num. 1. 2015. p. 3-16.
-Fernandes, J.S.; Dittrich, N.; Guglielmo, L.G.A. Avaliação aeróbia no futebol. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 13. Num. 5. 2011. p. 384-391.
-Gabbett, T.J.; Seibold, A.J. Relationship between tests of physical, qualities team selection, and physical match performance in semiprofessional rugby league players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 27. Num. 12. 2013. p. 3259-3265.
-Krustrup, P.; Mohr, M.; Amstrup, T.; Rysgaard, T.; Johansen, J.; Steensberg, A., Pedersen, P. K; Bangsbo, J. The Yo-Yo Intermittent Recovery Test: Physiological Response, Reliability, and Validity. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 35. Num. 4. 2003. p. 697-705.
-La Monica M.B.; Fukuda, D.H.; Miramonti, A.A.; Beyer; K.S.; Hoffman, M.W.; Boone, C.H.; Tanigawa, S.; Wang, R.; Church, D.D.; Stout, J.R.; Hoffman, J.R.; Physical Differences between forwardsand backsin American Rugby Players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 30. Num. 9. 2016. p. 22382-2391.
-Nakamura, F.Y.; Pereira, L.A.; Moraes, J.E.; Kobal, R.; Kitamura, K.; Cal Abad, C.C.; Teixeira Vaz, L.M; Loturco, I. Physical and physiological differences of backsand forwardsfrom the Brazilian National rugby union team. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Vol. 57. Num. 12. 2016. p. 1549-1556.
-Pinheiro, E.S.; Migliano, M.; Bergmann, G.G.; Gaya, A. Desenvolvimento do Rugby Brasileiro: panorama de 2009 a 2012. Revista Mineira de Educação Física. Viçosa. Ed. especial. Num. 9. 2013. p. 990-995.
-Schuster, J.; Howells, D.; Robineau, J.; Couderc, A.; Natera, A.; Lumley, N.; Gabbett T.J.; Winkelman, N. Physical Preparation Recommendations for Elite Rugby Sevens Performance. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 0. Num. 0. 2017. p. 3: 1-42.
-Tomlin, D.L.; Wenger, H.A. The Relationship Between Aerobic Fitness and Recovery from High Intensity Intermittent Exercise. Sports Medicine. Vol. 31. Num. 1. 2001. p. 1-11.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).