Relação entre número de passes e assistências na liga nacional de basquetebol: chave para o sucesso?
Resumo
Recursos como análise de vídeos, estatísticas e scout têm se mostrado necessários para que técnicos e jogadores entendam melhor a modalidade do basquetebol. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre o número de passes executados com a produção de assistências no jogo, e se ambos exercem influência direta nos resultados dos jogos. Foram comparadas 56 partidas de duas equipes com diferenças significativas na média de assistências por jogo ao final da temporada regular do Novo Basquete Brasil (NBB). Uma análise estatística da área tática foi realizada por meio de comparação entre as médias (t-Student), coeficiente de correlação (Pearson) e comparação de proporções (X²), com significância estabelecida em p < 0,05. O número de passes efetuados por jogo (Equipe A = 259 ± 23,1; vs Equipe B = 240,3 ± 28,9; p = 0,01) influenciou positivamente nas assistências produzidas (r = 0,52, p < 0,001). A assistência é um fator importante na obtenção das vitórias nos jogos analisados (Vitórias = 16,8 ± 4,7; Derrotas = 12,3 ± 3,8; p < 0,001), sem ampliar o número de erros cometidos (Vitórias = 13,1 ± 4,0; Derrotas = 12,7 ± 3,9; p = 0,76). Porém, um maior número de passes trocados na partida apresentou tendência a aumentar o número de erros cometidos pela equipe que produziu menos assistências (r = 0,35, p = 0,06). O número de passes trocados aumenta a produção de assistências e pode contribuir para a vitória no jogo, porém o benefício pode ter dependência no estilo de jogo.
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