Comportamento sedentário e estado nutricional em mulheres fisicamente ativas usuárias de academia pública
Resumo
Introdução: O comportamento sedentário correlaciona-se positivamente com o estado nutricional e ambos possuem relação direta com as doenças crônicas não transmissíveis. Bem como exercem um papel de influência para a repercussão da promoção e recuperação da saúde na população. Objetivo: Analisar diferentes níveis de sedentarismo e estado nutricional em mulheres fisicamente ativas usuárias de um polo do programa academia da cidade. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional do tipo corte transversal, constituído por uma população composta por 44 participantes mulheres frequentadoras de academia pública. Foram aplicados instrumentos para coleta do perfil socioeconômico, estado nutricional e comportamento sedentário. Para análise estatística foram aplicados testes de normalidade e homogeneidade, intervalo de confiança de 95% e teste t-Student para comparação de grupos, com nível de significância de 5%. Resultados: A amostra apresentou com idade média de 49,84 ± 16,47 anos, das quais apresentam um tempo médio sentado de 184,8 minutos/dia (m/d). A estratificação pelo índice de massa corporal (IMC) apresentou tempo médio sentado de 140 m/d para classificadas com peso ideal, 174 m/d para sobrepeso e 217 m/d para obesidade. Na comparação entre G1 e G2, obteve-se (p < 0,05) entre as variáveis tempo sentado e circunferência da cintura, quadril e peso. Por IMC e tempo sentando, (p < 0,05) comparando-se peso normal e obesidade. Conclusão: O tempo sentando e o estado nutricional possuem uma relação diretamente proporcional na população investigada, quanto o maior comportamento sedentário, pior o estado nutricional.
Referências
-Bauman, A.; Ainsworth, B.E.; Sallis, J.F.; Hagströmer, M.; Craig, C.L.; Bull, F.C.; Pratt, M.; Venugopal, K.; Chau, J.; Sjöström, M. The descriptive epidemiology of sitting: A 20-country comparison using the international physical activity questionnaire (IPAQ). Am J Prev Med. Vol. 41. Num. 2. 2011. p. 228-235.
-Cecchini, M.; Sassi, F.; Lauer, J.A.; Lee, Y.Y.; Guajardo-Barron, V.; Chisholm, D. Tackling of unhealthy diets, physical inactivity, and obesity: Health effects and cost-effectiveness. Lancet. Vol. 376. Num. 9754. 2010. p. 1775-1784.
-Chaput, J.P.; Carson, V.; Gray, C.E.; Tremblay, M.S. Importance of all movement behaviors in a 24 hour period for overall health. Int J Environ Res Public Health. Vol. 11. Num. 12. 2014. p. 12575-12581.
-Ekelund, U.; Brage, S.; Besson, H.; Sharp, S.; Wareham, N.J. Time spent being sedentary and weight gain in healthy adults: Reverse or bidirectional causality? Am J Clin Nutr. Vol. 88. Num. 3. 2008. p. 612-617.
-Ferreira, R.W.; Rombaldi, A.J.; Ricardo, L.I.C.; Hallal, P.C.; Azevedo, M.R. Prevalence of sedentary behavior and its correlates among primary and secondary school students. Rev Paul Pediatr. Vol. 34. Num. 1. 2016. p. 56-63.
-Gomes, G.A.O.; Kokubun, E.; Mieke, G.I.; Ramos, L.R.; Pratt, M.; Parra, D.C.; Simões, E.; Florindo, A.A.; Bracco, M.; Cruz, D.; Malta, D.; Lobelo, F.; Hallal, P.C. Characteristics of physical activity programs in the Brazilian primary health care system. Cad Saude Publica. Vol. 30. Num. 10. 2014. p. 2155-2168.
-Hallal, P.C.; Gomez, L.F.; Parra, D.C.; Lobelo, F.; Mosquera, J.; Florindo, A.A.; Reis, R.S.; Pratt, M.; Sarmiento, O.L. Lessons learned after 10 years of IPAQ use in Brazil and Colombia. J Phys Act Health. Vol. 7. Num. 2. 2010; p. S259-264.
-Healy, G.N.; Matthews,C.E.; Dunstan, D.W.; Winkler, E.A.H.; Owen, N. Sedentary time and cardio-metabolic biomarkers in US adults: NHANES 200306. Eur Heart J. Vol. 32. Num. 5. 2011. p. 590-597.
-Katzmarzyk, P.T.; Church, T.S.; Craig, C.L.; Bouchard, C. Sitting time and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer. Med Sci Sports Exerc. Vol. 41. Num. 5. 2009. p. 998-1005.
-Matsudo, S.; Araújo, T.; Matsudo, V.; Andrade, D.; Andrade, E.; Oliveira, L.C.; Braggion, G. Questionário Internacional de Atividade Física (Ipaq): Estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Atividade Física Saúde. Vol. 6. Num. 2. 2012. p. 5-18.
-Matthews, C.E.; Chen, K.Y.; Freedson, P.S.; Buchowski, M.S.; Beech, B.M.; Pate, R.R.; Troiano R.P. Amount of timespent in sedentary behaviors in the United States, 2003-2004. Am J Epidemiol. Vol. 167. Num. 7. 2008. p. 875-881.
-Meneguci, J.; Assis, D.; Santos, T.; Silva, RB.; Santos, R.G.; Sasaki, J.E.; Tribess, S.; Damião, R.; Virtuoso Júnior, J.S. Comportamentosedentário: conceito, implicações fisiológicas e os procedimentos de avaliação. Motricidade. Vol. 11. 2015. p. 160-174.
-Mielke, G.I.; Da Silva, I.C.M.; Owen, N.; Hallal, P.C. Brazilian adults’ sedentary behaviors by life domain: Population-based study. PLoS One. Vol. 9. Num. 3. 2014. p. 1-7.
-Mortensen, L.H.; Siegler, I.C.; Barefoot, J.C.; Gronbaek, M.; Sorensen, T.I. Prospective associations between sedentary lifestyle and BMI in midlife. Obes. Vol. 14. Num. 8. 2006. p.1462-1471.
-Mussi, F.C.; Pitanga, F.J.G.; Pires, C.G.S. Cumulative sitting time as discriminator of overweight, obesity, abdominal obesity and lipid disorders in nursing university. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. Vol. 19. Num. 1. 2017. p. 40-49.
-Owen, N.; Sugiyama, T.;Eakin, E.E.; Gardiner, P.A.; Tremblay, M.S.; Sallis, J.F. Adults’ Sedentary Behavior. Am J Prev Med. Vol. 41. Num. 2. 2011. p. 189-196.
-Pate, R.R.; O’Neill, J.R.; Lobelo, F. The evolving definition of “sedentary.” Exerc Sport Sci Ver. Vol. 36. Num. 4.2008. p. 173-178.
-Quadros, T.M.B.; Gordia, A.P.; Silva, L.R.; Silva, D.A.S.; Mota, J. Inquérito epidemiológico em escolares: determinantes e prevalência de fatores de risco cardiovascular. Cad Saude Publica. Vol. 32. Num. 2. p. e00181514. 2016.
-Rosenberg, D.E.; Bull, F.C.; Marshall, A.L.; Sallis, J.F.; Bauman, A.E. Assessment of sedentary behavior with the International Physical Activity Questionnaire. J Phys Act Health. Vol. 5. Suppl 1. 2008. p. S30-44.
-Sánchez, J.M.P.; Vizuete, A.A.; Mascaraque, M.C.; Ortega, R.M. Physical and sedentary activity as modulating factors of the nutritional status. Nutricion Hospitalaria. Vol. 32. Suppl 1. 2015. p. 20-22.
-Smouter, L.; Da Silva, K.V.; Tozetto, W.R.; Smolarek, A.D.C.; Mascarenhas, L.P.G. O tempo de atividade sedentária em adolescentes de diferentes faixas etárias. Arq Ciências da Saúde. Vol. 24. Num. 1. 2017. p. 65-69.
-Suzuki, C.S.; Moraes, S.A.; Freitas, I.C.M. Média diária de tempo sentado e fatores associados em adultos residentes no município de Ribeirão Preto-SP, 2006: projeto OBEDIARP. Rev Bras Epidemiol. Vol. 13. Num. 4. 2010. p. 699-712.
-Tremblay, M.S.; Warburton, D.E.R.; Janssen, I.; Paterson, D.H.; Latimer, A.E.; Rhodes, R.E.; Kho, M.E.; Hicks,A.; Leblanc, A.G.; Zehr, L.; Murumets, K.; Duggan, M. New Canadian Physical Activity Guidelines. Appl Physiol Nutr Metab Appl Nutr Metab. Vol. 36. 2011. p. 36-46.
-World Heal Organization/WHO. Global status report on noncommunicable diseases. 2014. Switzerland. 2014.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).