Comportamento da pressão arterial e da frequência cardí­aca em uma aula utilizando o método pilates

  • Fabiana Magalhães Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
  • Ana Paula Albuquerque Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
  • Carla Pyrrho Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
  • Francisco Navarro Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Pilates, Frequência cardíaca, Pressão arterial, Exercício de força

Resumo

A prática de exercícios de força vem sendo recomendada como forma de melhorar a saúde, sendo a monitorização da pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD) e da freqüência cardíaca (FC) importante ao se prescrever esse tipo de exercício. O método Pilates propõe condicionamento físico para ganho de força, flexibilidade e consciência corporal. Participaram do estudo 12 voluntárias, normotensas, não-tabagistas, sedentárias e sem comprometimentos que interferissem na execução dos exercícios. Todas realizaram 1 hora de aula de Pilates. A PA foi aferida através do método auscultatório e a FC foi medida através de frequencímetro. Os dados foram aferidos no repouso, durante a aula e 30 minutos após o seu término. A PAS apresentou elevação durante a aula para até 140 mmHg. Após a aula, houve comportamentos variados. A PAD também apresentou valores variados, tendo em alguns casos ocorrido elevação para 90 mmHg. A FC não ultrapassou 95 bpm. Durante os exercícios, a FC não deveria ultrapassar 133 bpm (70% da FC máx) o que, de fato, ocorreu. As respostas diferentes de PAS podem ter explicação nas posturas diferentes das voluntárias durante o circuito. A PAS, após 30 minutos do término da aula, apresentou valores que corroboram com os estudos anteriores, onde há controvérsias sobre os resultados. O comportamento da PAD pode ter explicação na utilização de musculatura acessória por parte das voluntárias. Concluímos que os resultados mostram valores dentro dos padrões normais, porém, outros estudos devem ser realizados para que os resultados tenham caráter mais abrangente.

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Publicado
2011-12-28
Como Citar
Magalhães, F., Albuquerque, A. P., Pyrrho, C., & Navarro, F. (2011). Comportamento da pressão arterial e da frequência cardí­aca em uma aula utilizando o método pilates. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 3(15). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/164
Seção
Artigos Científicos - Original