Efeitos de diferentes protocolos de aquecimento sobre o desempenho de repetições máximas e percepção subjetiva de esforço
Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos de diferentes protocolos de aquecimento sobre o número de repetições máximas e percepção subjetiva de esforço (PSE) de membros superiores em indivíduos adultos saudáveis. Foram realizados teste e re-teste de 10 repetições máximas (10RM) no Supino reto com barra (SRB). Nas quatro sessões subsequentes foram aplicados os protocolos experimentais. Os protocolos consistiram de cinco séries de SRB com 100% de 10RM até a falha concêntrica. Os seguintes protocolos foram realizados de forma randomizada: controle (CON) sem aquecimento prévio; Aquecimento específico (AQE) duas séries com 15 repetições; Aquecimento geral (AQG) 15 minutos na esteira ergométrica; Aquecimento geral + específico (AQGE) aquecimento geral e específico com intervalo de 2 minutos entre eles. Houve diferença significativa no número de repetições máximas do protocolo específico quando comparado ao protocolo controle (p = 0.05). A PSE se evidenciou significativamente menor nas duas primeiras séries do protocolo controle em comparação com os demais protocolos (AQG, AQE e AQGE), os maiores valores de PSE foram notados no protocolo de aquecimento combinado. Em conclusão, o AQE pode causar uma diminuição no desempenho de repetiçães máximas em séries múltiplas no exercício SRB, quando comparado ao CON porém sem diferenças significativas para os demais aquecimentos. Em relação à PSE, no presente estudo a mesma se mostrou significantemente menor nas séries iniciais do protocolo sem aquecimento, e mais elevada no grupo AQGE porém deve-se analisar a relação da economia de tempo durante uma sessão de treinamento ao utilizar tais aquecimentos.
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