Aptidão aeróbia e anaeróbia de bombeiros militares e relações com a atividade de combate a incêndios simulada
Resumo
Este estudo teve por objetivo verificar os níveis de aptidão aeróbia e anaeróbia de bombeiros militares e relacioná-los com variáveis obtidas em atividade específica de combate a incêndio simulada. Dez Bombeiros Militares (idade 34,2 ± 5,8 anos; estatura 175,9 ± 6,9 cm; massa corporal 78,7 ± 6,8 Kg; gordura corporal 13,2 ± 3,3%) compuseram a amostra e passaram por três etapas avaliativas com intervalo mínimo de 24h: 1º) Avaliação antropométrica e teste de Lénger (TLéger) para estimar VO2 max, determinar do pico de velocidade (PV) e frequência cardíaca máxima (FCmax). 2º) Avaliação da aptidão anaeróbia por meio do teste de 300 metros (T300). Ao final do T300 foi coletada FCmax e após três minutos a concentração de lactato sanguíneo [Lac]. 3º) Teste específico simulando combate a incêndio (Tsim), onde foram obtidos valores de FCmax e após três minutos a [Lac]. Pode-se identificar uma correlação forte e significativa (r = 0,81) nas respostas de [Lac] obtidas nos testes T300 e Tsim. Com relação às variáveis de aptidão aeróbia e do teste específico, foram identificadas correlações fortes e negativas (r = -0,73; -0,72) entre as variáveis de VO2 max e PV com a [Lac], respectivamente. Com base nos valores de 175 ± 11 bpm de FCmax e 13,6 ± 2,6 mMol.L-1 de [Lac] verificados no final do Tsim, pode-se concluir que essa atividade específica de combate a incêndio possui alto grau de exigência fisiológica, o que sugere a necessidade da inclusão de programas de treinamento específicos nas rotinas de preparação física dos Bombeiros Militares.
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