Uso do comando verbal na prescrição do exercício intervalado em mulheres ativas
Resumo
O exercício intervalado se popularizou nas últimas décadas tornando-se uma efetiva estratégia na melhora do condicionamento físico em pessoas destreinadas e não atletas. O objetivo do presente estudo foi verificar se existe diferença na percepção subjetiva de esforço (PSE) e velocidade de corrida do exercício intervalo prescrito por comandos verbais. 10 mulheres ativas participaram do estudo. Foram realizadas três sessões de exercícios a partir dos seguintes comandos verbais: intensidade leve, intensidade moderada, e intensidade alta. Cada sessão de exercício consistiu em 20 minutos de corrida intervalada (60 s: 60s) no formato de vai e vem. A PSE e velocidade (Km.h) foram mensuradas em cada sessão de exercício. Diferenças entre os comandos verbais foram observadas para a PSE χ2 (2) = 19,53 p<0.001 e velocidade de corrida χ2 (2) = 20,00, p<0.001. O comando verbal leve foi menor, quando comparado com o moderado e alto, e o comando verbal moderado foi menor quando comparado com o alto para ambos a PSE e velocidade de corrida p<0.01. Os resultados do presente estudo sugerem que diferentes comandos verbais podem ser usados na prescrição de exercícios intervalado em mulheres ativas, e que os comandos verbais de moderada e alta intensidade podem fornecer estímulos cardiorrespiratórios adequados para mudanças significativas no condicionamento físico.
Referências
-Astorino, T. A.; Clausen, R.; Marroquin, J.; Arthur, B.; Stiles, K. Similar perceptual responses to reduced exertion high intensity interval training (REHIT) in adults differing in cardiorespiratory fitness. Physiology & Behavior. Vol. 213. Num. 112687. 2020. p.1-5.
-Billat, L. V. Interval training for performance: a scientific and empirical practice. Special recommendations for middle- and long-distance running. Part II: anaerobic interval training. Sports Medicine. Vol. 31. Num. 2. 2001. p.75-90.
-Buchheit, M.; Laursen, P. B. High-intensity interval training, solutions to the programming puzzle: Part I: cardiopulmonary emphasis. Sports Medicine. Vol. 43. Num. 5. 2013. p.313-338.
-Ekkekakis, P. Let them roam free? Physiological and psychological evidence for the potential of self-selected exercise intensity in public health. Sports Medicine. Vol. 39. Num. 10. 2009. p.857-888.
-Farias-Junior, L. F.; Macedo, G. A. D.; Browne, R. A. V.; Freire, Y. A.; Oliveira-Dantas, F. F.; Schwade, D.; Mortatti, A. L.; Santos, T. M.; Costa, E. C. Physiological and Psychological Responses during Low-Volume High-Intensity Interval Training Sessions with Different Work-Recovery Durations. Journal of Sports Science and Medicine. Vol. 18. Num. 1. 2019. p.181-190.
-Fritz, C. O.; Morris, P. E.; Richler, J. J. Effect size estimates: current use, calculations, and interpretation. Journal of Experimental Psychology: General. Vol. 141. Num. 1. 2012. p.2-18.
-Garber, C. E.; Blissmer, B.; Deschenes, M. R.; Franklin, B. A.; Lamonte, M. J.; Lee, I. M.; Nieman, D. C.; Swain, D. P.; American College of Sports, M. American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 43. Num. 7. 2011. p.1334-1359.
-Ivarsson, A.; Andersen, M. B.; Johnson, U.; Lindwall, M. To adjust or not adjust: Nonparametric effect sizes, confidence intervals, and real-world meaning. Psychology of Sport and Exercise. Vol. 14. Num. 1. 2013. p.97-102.
-Krinski, K.; Elsangedy, H. M.; Nunes, R. F. H.; Almeida, F. A. M.; Santos, B. V.; Krause, M. P.; Timossi, L. d. S.; Silva, S. G. Comparação da percepção subjetiva do esforço no limiar ventilatório entre os gêneros. Revista de Educação Física/UEM. Vol. 23. Num. 1. 2012. p.79-85.
-Krinski, K.; Machado, D. G. S.; Lirani, L. S.; DaSilva, S. G.; Costa, E. C.; Hardcastle, S. J.; Elsangedy, H. M. Let's Walk Outdoors! Self-Paced Walking Outdoors Improves Future Intention to Exercise in Women With Obesity. Journal of Sport & Exercise Psychology. Vol. 39. Num. 2. 2017. p.145-157.
-Lind, E.; Joens-Matre, R. R.; Ekkekakis, P. What intensity of physical activity do previously sedentary middle-aged women select? Evidence of a coherent pattern from physiological, perceptual, and affective markers. Preventive Medicine. Vol. 40. Num. 5. 2005. p.407-419.
-Midgley, A. W.; McNaughton, L. R.; Wilkinson, M. Is there an optimal training intensity for enhancing the maximal oxygen uptake of distance runners?: empirical research findings, current opinions, physiological rationale and practical recommendations. Sports Medicine. Vol. 36. Num. 2. 2006. p.117-132.
-Peres, A. L. Respostas psicofisiológicas em diferentes comandos de esforço durante caminhada em idosas. Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba. 2019.
-Rose, E. A.; Parfitt, G. Exercise experience influences affective and motivational outcomes of prescribed and self-selected intensity exercise. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. Vol. 22. Num. 2. 2012. p.265-277.
-Utter, A. C.; Robertson, R. J.; Green, J. M.; Suminski, R. R.; McAnulty, S. R.; Nieman, D. C. Validation of the Adult OMNI Scale of perceived exertion for walking/running exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 36. Num. 10. 2004. p.1776-1780.
-Yang, Z.; Petrini, M. A. Self-Selected and Prescribed Intensity Exercise to Improve Physical Activity Among Inactive Retirees. Western Journal of Nursing Research. Vol. 40. Num. 9. 2018. p.1301-1318.
Copyright (c) 2022 Sandro dos Santos Ferreira
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).