Benefícios da atividade física sobre o sistema cardiorrespiratório, como também, na qualidade de vida de portadores de lesão medular: uma revisão
Resumo
A lesão medular provoca alterações motoras e sensoriais no indivíduo, levando a conseqüências sociais e econômicas. Além disso, essa injúria, dependendo do nível e grau da lesão, compromete as funções sistemáticas do organismo, principalmente o cardiorrespiratório, limitando as respostas fisiológicas à atividade motora, conduzindo à rápida instalação da fadiga, reduzindo a qualidade de vida e sua expectativa. Contudo, observou-se a necessidade de realizar um estudo dos efeitos e benefícios da atividade física, associada ou não a estimulação elétrica, sobre o sistema cardiorrespiratório nesses indivíduos, como também na qualidade de vida, sendo realizado um levantamento bibliográfico. De acordo com os estudos realizados com paraplégicos e tetraplégicos, verificou-se que a prática de atividade física influencia na melhora dos parâmetros cardiorrespiratórios, sendo essa melhora maior para indivíduos paraplégicos do que tetraplégicos. Assim, a prática de atividade física para o lesado medular traz inúmeros benefícios no desempenho das atividades de vida diária e na promoção do bem-estar físico e social, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida.
Referências
Ares, M.; Casalis, M. Avaliação da incapacidade e níveis funcionais. In: Grave, J.; Casalis, M.; Barros, T. Diagnóstico e tratamento da lesão da medula espinal. 1° ed. São Paulo: Rocas, 2001.
Cardoso, J.; Erichsen, O.; Nampo, F.; Tookuni, K.; Dourado, V. Condicionamento aeróbico em indivíduos portadores de lesão medular. Revista Fisioterapia em Movimento, v.16, n° 1, Curitiba, Jan/Mar. 2003.
Carvalho, D.; Cliquet, A. Investigação das alterações osteo-metabólicas e cardio-respiratórias ocorridas após o treinamento de marcha sob estimulação elétrica neuromuscular em pacientes tetraplégicos. Acta Ortopédica Brasileira, v. 14, n° 3, São Paulo, 2006.
Colucci, C. Tiros lideram causa de lesão medular em São Paulo. 2003. Disponível em: . Acesso em: 07 de fevereiro de 2007.
Dela, F.; Mohr, T.; Jensen, C. M. R; Haahr H. L; Secher, N. H; Biering-Sorensen, F.; Kjaer, M. Cardiovascular Control During Exercise: Insights from spinal cord-injuted humans. Circulation.
Faria, C.D.V.; Moreira, M.C.S.; Catarino, M.C. Utilização do suporte de peso corporal em solo no treino de marcha do lesado medular. Acta Fisiatr; V. 12 nº 1. p. 21-25. 2005.
Greve, J.; Castro, A. Avaliação clínica e funcional da lesão medular – índices motores e sensitivos e funcionais utilizados. In: In: Greve, J.; Casalis, M.; Barros, T. Diagnóstico e tratamento da lesão da medula espinal. 1° ed. São Paulo: Rocas, 2001.
Jacobs, P.; Mahoney, E.; Nash, M.; Green, B. Circuit resistance training in persons with complete paraplegia. Journal of Rehabilitation Research and Development, V. 39, n° 1, Jan/Feb. 2002.
Janssen, T.; Dallmeijer, A.; Veeger, D.; Woude, L. Normative values and determinants of physical capacity in individuals with spinal cord injury. Journal of Rehabilitation Research and Development, V. 39, n° 1, Jan/Feb. 2002.
Marotta, J. Lesões Medulares. In Rowland, L. Merrit. Tratado de neurologia. 10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Mudo, M. Luis. Traumatismo raquimedular. In Prado, F. Cintra; Ramos, J.; Valle, J. Ribeiro. Atualização terapêutica. 21° ed. São Paulo: Artes Médicas, 2003.
Paolillo, F. R.; Paolillo, A. R.; Cliquet, A. Respostas cardio-respiratórias em pacientes com traumatismo raquimedular. Acta Ortopédica Brasileira, v. 13, n° 03, São Paulo, 2005.
Rowley, S.; Forde, H.; Glickman, S.; Middleton, F. Lesão de medula espinhal. In: STOLKES, M. Neurologia para fisioterapeutas. São paulo: Editorial Premier, 2000.
Salvador, L.A.; Tarnhovi, E.G.. Estudo comparativo da qualidade de vida em indivíduos com trauma raquimedular praticantes e não praticantes de atividades físicas, utilizando o questionário genérico SF-36. 2004. Disponível em: . Acesso em: 15 de dezembro de 2006.
Sampaio, I.; Palma, H.; Nascimento, R.; Saito, E.; Lourenço, C.; Battistella, L. Atividade esportiva na reabilitação. In: Greve, J.; Casalis, M.; Barros, T. Diagnóstico e tratamento da lesão da medula espinal. 1° ed. São Paulo: Rocas, 2001.
Sartori, N.R.; Melo, M.R.A.C. Necessidades no cuidado hospitalar do lesado medular. Medicina, v. 35, Ribeirão Preto, 2002.
Silva, M.C.R.; Oliveira, R.J.; Conceição, M.I.G. Efeitos da Natação Sobre a independência Funcional de pacientes com lesão Medular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 11, n° 4, Niterói Jul/Ago 2005.
Staas, W.E. Jr. e colaboradores. Lesões medulares e tratamento médico nas lesões medulares. In: DELISA, Joel A. et al. Tratado de medicina de reabilitação: princípios e prática. 3 ed. São Paulo: Manole. 2002.
Steinberg, L. Esporte paraolímpico. In: Cohen, M.; Abdala, R. Lesões nos esportes – diagnóstico, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: ed. Revinter, 2003.
Tsutsumi, O.; Cruz, V.; Chiarello, B.; Belasco, D.; Alouche, S. Os benefícios da natação adaptada em indivíduos com lesões neurológicas. Revista Neurociências. V. 12, n° 2, 2004.
Vall, J.; Braga, V.A.B.; Almeida, P.C. Estudo da qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática. Arq. Neuro-Psiquiatr. V. 64 nº2b. São Paulo. 2006.
Vecchia, R.; Ruiz, T; Bocchi, S.; Corrente, J. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Revista.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).