Comparação de dois protocolos de avaliação de preensão manual em ciclistas da modalidade BMX

  • Robson da Silva Miranda Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Brasil.
  • Luciano Bernardes Leite Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
  • Larissa Quintão Guilherme Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
  • Rusdael Mauro Bandeira Cadrozo Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Brasil.
  • Sebastião Felipe Ferreira Costa Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
  • Leonardo Mateus Teixeira de Resende Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
  • Lucas Rogério dos Reis Caldas Faculdade Santa Rita-FASAR, Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, Brasil.
  • Guilherme de Azambuja Pussieldi Universidade Federal de Viçosa, Campus Florestal, Brasil.
Palavras-chave: Ciclismo, Força da mão, Protocolos, Desempenho esportivo

Resumo

Objetivo: Este estudo objetivou caracterizar os parâmetros da curva de força de preensão manual ao longo do tempo, utilizando dois protocolos de avaliação (contínuo e intervalar) em atletas de BMX. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 10 ciclistas da modalidade BMX do sexo masculino, com idade entre 21 e 27 anos e com mais de cinco anos de experiência em competições e filiados à federação esportiva da modalidade. No protocolo intervalar, realizou-se uma contração por segundo durante 30 segundos. Os dados foram coletados de forma randomizada entre os membros dominantes e não dominantes dos voluntários, sendo feita uma única coleta em cada membro por protocolo. Para verificar a normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Will. Para comparar a força máxima e do tempo para atingir a força máxima entre a mão direita vs. mão esquerda, e entre os protocolos contínuo vs. intervalar, utilizou-se o teste t de Student. A análise do comportamento da força de preensão manual ao longo do tempo foi realizada por meio da ANOVA two way de medidas repetidas, seguida do post hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A mão não-dominante foi capaz de atingir a força máxima em menor período em ambos os protocolos. Não houve diferença significativa entre os membros nas forças máxima e média geradas. Conclusão: Constatou-se que a força de preensão manual máxima foi similar nos dois protocolos utilizados em comparação a mão dominante e não-dominante.

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Publicado
2023-11-26
Como Citar
Miranda, R. da S., Leite, L. B., Guilherme, L. Q., Cadrozo, R. M. B., Costa, S. F. F., Resende, L. M. T. de, Caldas, L. R. dos R., & Pussieldi, G. de A. (2023). Comparação de dois protocolos de avaliação de preensão manual em ciclistas da modalidade BMX. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 17(110), 349-355. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2757
Seção
Artigos Científicos - Original

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