Relação da prática esportiva e aspectos cognitivos em jovens escolares: um estudo transversal

  • Mateus Freitas de Medeiros Department of Physical Education, Federal University of Rio Grande do Norte, DEF-UFRN, Natal, 59078-970, RN, Brazil.
  • Paulo Francisco Almeida-Neto Department of Physical Education, Federal University of Rio Grande do Norte, DEF-UFRN, Natal, 59078-970, RN, Brazil; Health Sciences Center, Federal University of Rio Grande do Norte, CCS-UFRN, Natal, 59012-570, RN, Brazil.
  • Breno Guilherme de Araújo Tinôco Cabral Department of Physical Education, Federal University of Rio Grande do Norte, DEF-UFRN, Natal, 59078-970, RN, Brazil. 2 - Health Sciences Center, Federal University of Rio Grande do Norte, CCS-UFRN, Natal, 59012-570, RN, Brazil.
Palavras-chave: Esporte, Jovens escolares, Controle inibitório, Desenvolvimento

Resumo

Introdução: Crianças e adolescentes tem sido alvos da inatividade física devido ao comodismo proporcionado pelo avanço da tecnologia, levando assim a déficits não somente físicos como também cognitivos; Assim, a prática do esporte tem sido uma estratégia para reverter o quadro e formar um cidadão saudável integralmente, pois tem apresentado benefícios em aspectos físicos, sociais e nas funções executivas. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo comparar o desempenho cognitivo entre indivíduos praticantes e não praticantes de esportes para verificar possíveis diferenças. Materiais e Métodos: Estudo transversal que contou com uma amostra de setenta e cinco (75) jovens de ambos os sexos com a faixa etária de 10 a 14 anos divididos em dois grupos: Grupo I (Não-Esporte) composto por escolares que realizavam apenas a Educação Física na escola e Grupo II (Esporte) formado por indivíduos que além da Educação Física eram praticantes de iniciação esportiva. Utilizou-se da idade esquelética para estimar o estágio maturacional dos sujeitos, e o teste cognitivo “Go/No-Go” para verificar o Controle Inibitório dos participantes da pesquisa. Resultados:  O Grupo II apresentou melhor desempenho cognitivo ao obter resultados superiores no teste Go/No-Go, entretanto não houve correlação entre idade esquelética e os aspectos cognitivos. Conclusão: Jovens praticantes de esporte apresentam melhor resultado em teste cognitivo que os não praticantes, independente do estágio maturacional. Sugere-se assim que a prática do esporte é benéfica para a concentração, capacidade de atenção e inibição de estímulos de juvenis. 

Referências

-Azevedo, S. S.; Cruz, R. S. Fatores socioantropológicos que influenciam no comportamento sedentário. Revista Ciências e Saberes. Vol. 3. Num. 4. 2018. p. 671-675.

-Bacil, E. D. A.; e colaboradores. Biological maturation and sedentary behavior in children and adolescents: a systematic review. Journal of Physical Education. Vol. 27. 2016.

-Browne, R. A. V.; e colaboradores. Acute effect of vigorous aerobic exercise on the inhibitory control in adolescents. Revista Paulista de Pediatria. Vol. 34. 2016. p. 154-161.

-Cabral, S. A. T.; e colaboradores. Relação da idade óssea com antropometria e aptidão física em jovens praticantes de voleibol. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 38. Num. 1. 2016. p. 69-75.

-Carver, A.C.; Livesey, D.J.; Charles, M. Age related changes in inhibitory control as measured by stop signal task performance. International Journal of Neuroscience. Vol. 107. Num. 1-2. 2001. p. 43-61.

-Chevalier, N.; e colaboradores. Myelination is associated with processing speed in early childhood: preliminary insights. PloS one. Vol. 10. Num. 10. 2015. p. e0139897.

-Contreras-Osorio, F.; e colaboradores. Effects of sport-based interventions on children’s executive function: A systematic review and meta-analysis. Brain sciences. Vol. 11. Num. 6. 2021. p. 755. 2021.

-Ding, Q.; e colaboradores. Sports augmented cognitive benefits: an fMRI study of executive function with Go/NoGo task. Neural Plasticity. Vol. 2021.

-Falck, R. S.; Davis, J. C.; Liu-Ambrose, T. What is the association between sedentary behaviour and cognitive function? A systematic review. British journal of sports medicine. Vol. 51. Num. 10. 2017. p. 800-811.

-Flashner, B. M.; e colaboradores. Obesity, sedentary lifestyle, and exhaled nitric oxide in an early adolescent cohort. Pediatric pulmonology. Vol. 55. Num. 2. 2020. p. 503-509.

-Giordano, G.; Gómez-López, M.; Alesi, M. Sports, executive functions and academic performance: A comparison between martial arts, team sports, and sedentary children. International Journal of Environmental Research and Public Health. Vol. 18. Num. 22. 2021. p. 11745.

-Gonçalves, H. A.; e colaboradores. Funções executivas predizem o processamento de habilidades básicas de leitura, escrita e matemática?. Neuropsicologia Latinoamericana. Vol. 9. Num. 3. 2017.

-Gunnell, K. E.; e colaboradores. Physical activity and brain structure, brain function, and cognition in children and youth: A systematic review of randomized controlled trials. Mental health and physical activity. Vol. 16. 2019. p. 105-127.

-Hopkins, W. G. Measures of reliability in sports medicine and science. Sports medicine. Vol. 30. Num. 1. 2000. p. 1-15.

-Horacio, P. R.; Avelar, N. C. P.; Danielewicz, A. L. Comportamento sedentário e declínio cognitivo em idosos comunitários. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Vol. 26. 2021. p. 1-8.

-Katzmarzyk, P. T.; e colaboradores. Results from the United States of America’s 2016 report card on physical activity for children and youth. Journal of physical activity and health. Vol. 13. Num. s2. 2016. p. S307-S313.

-Koble, K.; e colaboradores. A better cardiopulmonary fitness is associated with improved concentration level and health-related quality of life in primary school children. Journal of clinical medicine. Vol. 11. Num. 5. 2022. p. 1326.

-Liu, S.; e colaboradores. Effects of acute and chronic exercises on executive function in children and adolescents: a systemic review and meta-analysis. Frontiers in Psychology. Vol. 11. 2020. p. 554915.

-Malina, R.M.; Bouchard, C. Physical activity of the young athlete: from growth to maturation. São Paulo. 2002.

-Merege, C. A. A.; e colaboradores. Influência do exercício físico na cognição: uma atualização sobre mecanismos fisiológicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 20. 2014. p. 237-241.

-Paiano, R.; e colaboradores. Futebol e funções executivas: um estudo de revisão. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. Vol. 19. Num. 1. 2019.

-Schmidt, M.; e colaboradores. Cognitively engaging chronic physical activity, but not aerobic exercise, affects executive functions in primary school children: a group-randomized controlled trial. Journal of Sport and Exercise Psychology. Vol. 37. Num. 6. 2015. p. 575-591.

-Silva, R. M.; e colaboradores. Effect of soccer practice on the executive functions of children and adolescents. A systematic review study. 2021.

-Wu, X. Y.; e colaboradores. The influence of physical activity, sedentary behavior on health-related quality of life among the general population of children and adolescents: A systematic review. PloS one. Vol. 12. Num. 11. 2017. p. e0187668.

-Zavala-Crichton, J. P.; e colaboradores. Association of sedentary behavior with brain structure and intelligence in children with overweight or obesity: the ActiveBrains project. Journal of clinical medicine. Vol. 9. Num. 4. 2020. p. 1101.

Publicado
2024-10-01
Como Citar
Medeiros, M. F. de, Almeida-Neto, P. F., & Cabral, B. G. de A. T. (2024). Relação da prática esportiva e aspectos cognitivos em jovens escolares: um estudo transversal. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 18(116), 407-413. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2907
Seção
Artigos Científicos - Original