Força de preensão palmar em trabalhadores rurais, perfil socioeconômico, atividades diárias e níveis musculares

  • Kauã Felipe Kunz Acadêmico do Curso de Fisioterapia na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Maiara Helena Rusch Fisioterapeuta, Mestranda no Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Nicolas de Almeida Ziemann Acadêmico do Curso de Fisioterapia na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Elias Augusto Schaefer Acadêmico do Curso de Fisioterapia na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Patrik Nepomuceno Fisioterapeuta, Mestre em Promoção da Saúde. Docente no departamento de Ciências da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Miriam Beatrís Reckziegel Profissional de Educação Física, Doutora em Saúde da Criança e Adolescente. Docente no departamento de Ciências da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Hildegard Hedwig Pohl Profissional de Educação Física, Doutora em Desenvolvimento Regional, Docente no departamento de Ciências da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
Palavras-chave: Força de preensão da mão, Agricultor, Composição corporal, Jornada de trabalho

Resumo

A força utilizada pelos trabalhadores rurais para realizar suas tarefas requerem um grande esforço físico, entretanto homens e mulheres podem apresentar diferença em suas atividades laborais. Assim, objetiva-se comparar e descrever as características sociodemográficas, laborais e atividade física, bem como, a força de preensão palmar, massa magra dos membros, tronco, massa muscular esquelética e massa de gordura em trabalhadores rurais a partir do sexo. Estudo de caráter transversal, analítico e descritivo. As coletas foram realizadas entre 2022 e 2023, com trabalhadores do interior do Rio Grande do Sul. Informações do perfil sociodemográfico, laboral e prática de atividade física no lazer foram obtidas por questionário. Para avaliar a força de preensão palmar, utilizou-se dinamômetro manual, sendo realizada três medidas intervaladas em cada membro superior, posteriormente calculada a média. A análise da massa muscular esquelética, massa de gordura e massa magra dos segmentos foram obtidas por bioimpedanciometria. Foi observado que os homens avaliados realizam um maior esforço físico nas atividades laborais e sofreram mais acidentes de trabalho em relação as mulheres. Além disso, os homens apresentaram maiores níveis de força de preensão palmar, massa muscular esquelética e de massa muscular dos segmentos. Já as mulheres apresentaram maior massa de gordura. Portanto, conclui-se que os homens realizam mais esforço físico no trabalho e possuem maior força de preensão palmar e maiores níveis de massa muscular esquelética e massa magra dos segmentos, enquanto as mulheres apresentaram maior massa de gordura e efetuam menor esforço no trabalho.

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Publicado
2025-01-29
Como Citar
Kunz, K. F., Rusch, M. H., Ziemann, N. de A., Schaefer, E. A., Nepomuceno, P., Reckziegel, M. B., & Pohl, H. H. (2025). Força de preensão palmar em trabalhadores rurais, perfil socioeconômico, atividades diárias e níveis musculares. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 18(118), 516-522. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2923
Seção
Artigos Científicos - Original

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