Perfil antropométrico dos indiví­duos iniciantes na prática da musculação

  • Gustavo Alexandre Callegari Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio. Licenciatura e Bacharelado pela Faculdade da Serra Gaúcha - FSG
  • Rafaela Liberali Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio
  • Francisco Navarro Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio
Palavras-chave: Perfil antropométrico, Musculação, Gêneros, Relação cintura\quadril

Resumo

O presente artigo teve com objetivo conhecer o perfil antropométrico dos alunos iniciantes na prática da musculação, através da análise das variáveis, massa corporal, estatura, perímetros da cintura e do quadril, espessuras das dobras cutâneas. Foram selecionadas 80 avaliações sendo 40 do gênero masculino e 40 do gênero feminino. A média de idade de todos os avaliados foi de 28,2 ± 8,3 anos. Os valores médios dos gêneros masculinos e femininos foram respectivamente peso (Kg)77 ± 14 e 57,9 ± 8,9, estatura (cm) 175,8 ± 6,8 e 162,5 ± 7,1, IMC (Índice de Massa Corporal) 24,8 ± 3,8 e 21,9 ± 3,1, % gordura 16,8 ±8,1 e 26,2 ± 7,1 e RCQ (Relação Cintura/Quadril) 0,90 ± 0,07 e 0,83 ± 0,05. As idades entre 36 e 50 anos foram pouco expressivas, indicando uma baixa procura pela atividade física nesta faixa etária. A estatura e o peso obtiveram diferença significativa, verificando um perfil diferente entre os iniciantes. Os indivíduos na média de IMC estiveram dentro do aceitável como peso ideal, o RCQ o percentual de gordura foram considerados acima da média refletindo uma preocupação com o risco de doenças cardiovasculares aos avaliados. Verificamos que o IMC não pode ser a única variável a ser mensurada para verificação de possíveis patologias associadas ao excesso de peso. Verificamos a importância da avaliação física na prescrição do exercício devido ao fato das variáveis encontradas serem muito diferentes umas das outras, o que demonstra que a interpretação destes dados de forma correta e coerente auxilia os alunos para que seus resultados sejam realmente alcançados.

Referências

-Assis, C.R.; Mesa, A.J.R.; Nunes, V.G.S. Determinação da composição corporal de pessoas de 20 a 70 anos da comunidade Pelotense. Rev. Bras. Cinean. & Desempenho Humano. Vol. 1. Num. 1. 1999. p. 82-88.

-Bee, H.L.; Mitchel, S.K.A pessoa em desenvolvimento. São Paulo: Harbra.1984.

-Bouchard, C. Atividade física e obesidade. Ed. Manole. São Paulo. 2003.

-Bray, G.A.; Gray, D.S. “Obesity Part I –Pathogenesis”. West. J. Med. Num. 149. 1988. p. 429-441.

-Dantas, M.S.M. Perfil social e motivações dos usuários de academias de ginástica da cidade de Maceió. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, 124p: UGF, 1998.

-Glaner, M.F.; Rodriguez Añez, C.R. Validação de equações para estimar a densidade corporal e/ou percentual de gordura para militares masculinos. Treino Desportivo. Num. 4. 1999. p. 29-36.

-Guedes, D.P. Musculação: estética e saúde feminina. São Paulo: Phorte, 2003.

-Hans, T.S.; Van Leer, E.M.; Seidell, J.C.; Lean, M.E.J. Waist circumference action levels inthe identification of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. BMJ. Num. 311. 1995. p. 14015.

-Heyward, V.H.; Stolarczyk, L.M. Applied body composition assessment. Human Kinetics Books. Champaign, Illinois. 1996.

-Liberali, R. Metodologia Científica Prática: um saber-fazer competente da saúde à educação. Florianópolis: (s.n.), 2008.

-Kacth, F.I.; Mcardle, W.D. Nutrição, exercício e saúde. 4ª ed. Rio de Janeiro: Medsi. 1996.

-Mathias, C.V.; e colaboradores. Prevalência de obesidade em praticantes de musculação em academia. Revista Digital Vida & Saúde, Juiz de Fora. Vol. 1. Num. 3. 2002.

-Matsudo, S.M.M. Avaliação do idoso: física e funcional, ed. Midiograf, Paraná. 2002.

-Mcardle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desenvolvimento humano. 4ª ed, editora Guanabara Koogan, 1998.

-Monteiro, W.D. Personal Training: Manual para Avaliação e Prescrição de Condicionamento Físico. 4ª edição. Rio de Janeiro: Sprint. 2004.

-Nahas, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 3 ed. Revista. Londrina: Midiograf. 2003.

-OMS. Organização Mundial da Saúde. Informe técnico. 1997.

-OMS (Organização Mundial de Saúde). Necessidades de energia e de proteínas. Série de informes técnicos. Ginebra: Suiza, 724:1985.

-Papalia, D.E.; Olds, S.W. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre, Artes Médicas. 2000.

-Pollock, M.L.; Schmidt, D.H.; Jackson, A.S. Measurement of cardiorespiratory fitness and body composition in clinical setting. Compr. Ther. Vol. 6. Num. 9. 1980. p. 12-27.

-Prado Jr, M.V. Quem é o aluno de educação física escolar In: Projeto de Educação continuada, 1996-1998. Módulo 3: O conhecimento em cada área: significado, procedimentos e reorientação do cotidiano. Área de Educação Física. Ana Flora Zonta (coord.) Bauru: Unesp/SEE, Delegacia de Ensino, V.5. 1998.

-Ramos, A.T. Atividade física: diabéticos, gestantes, 3a idade, criança e obesos. Ed. Sprint. Rio de Janeiro. 1997.

-Ricardo, D.R.; Araújo, C.G.S. Índice de massa corporal: um questionamento baseado em evidências. Arq. Bras. Cardiol. Num. 79. 2002. p. 61-69.

-Saba, F.K.F. Determinantes da prática de exercício físico em academias de ginástica. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP, 690. 1999.

-Saba,F. Aderência: a prática do exercício físico em academias. São Paulo: Manole, 2001.

-Santarém, J.M. Treinamento de força e potencia. In: Ghorayeb, N.; Barros, T.L. de (Org.). O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, p. 35-50. 1999.

-Toscano, J.J.O. Academia de ginástica: um serviço de saúde latente. Rev. bras. ciênc. Mov. Vol. 9. Num. 1. jan. 2001. p. 40-42.

-Uchida, M.C.; Charro, M.A.; Bacurau, R.F.P.; Navarro, F.; Pontes Júnior, F.L. Manual de Musculação: Uma abordagem teórico-prática ao treinamento de força. São Paulo: Phorte, 2003.

-Wilmore, J.H.; Costill, D. Fisiologia do Esporte e do Exercício. Controle cardiovascular durante o exercício. 2a ed. São Paulo: Manole; 2001.

-Winett, R.A.; Carpinelli, E.D. Potential health-related benefits of resistance training. PreventiveMedicine.Vol. 33. 2001. p. 503-513.

Publicado
2012-01-01
Como Citar
Callegari, G. A., Liberali, R., & Navarro, F. (2012). Perfil antropométrico dos indiví­duos iniciantes na prática da musculação. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 4(24). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/293
Seção
Artigos Científicos - Original