A composição corporal influência o tempo e ritmo na corrida de 5km

  • Vitor Felipe Alves Iniciação cientifica PIBIC Universidade de Uberaba (UNIUBE), Uberaba, Minas Gerais, Brasil; Grupo de pesquisa Fisiologia do Exercício na Saúde e Desempenho Humano (FIESD), UNIUBE, Uberaba, Minas Gerais, Brasil.
  • Cássio Viana de Lima Júnior Iniciação cientifica PIBIC Universidade de Uberaba (UNIUBE), Uberaba, Minas Gerais, Brasil; Grupo de pesquisa Fisiologia do Exercício na Saúde e Desempenho Humano (FIESD), UNIUBE, Uberaba, Minas Gerais, Brasil.
  • Alessandro José da Rocha Docente do curso de Educação Física, UNIUBE, Minas Gerais, Brasil.
  • Marina de Paiva Lemos Grupo de pesquisa Fisiologia do Exercício na Saúde e Desempenho Humano (FIESD), UNIUBE, Uberaba, Minas Gerais, Brasil; Docente do curso de Educação Física, UNIUBE, Minas Gerais, Brasil.
  • Izabela A. Santos Grupo de pesquisa Fisiologia do Exercício na Saúde e Desempenho Humano (FIESD), UNIUBE, Uberaba, Minas Gerais, Brasil; Docente do curso de Educação Física, UNIUBE, Minas Gerais, Brasil; Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo-USP, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
Palavras-chave: Antropometria, Atletismo, Resistência

Resumo

Introdução: Estudos demostram que a composição corporal desempenha um importante papel no alcance do sucesso em diferentes modalidades esportivas com distintas demandas. Objetivo: Correlacionar a composição corporal com o desempenho em tempo e ritmo na corrida de 5km. Materiais e Métodos: Treze corredores (37,3 ±9,4 anos) passaram por avaliações de massa corporal, estatura e dobras cutâneas. Calculou-se o percentual de gordura (%G), soma das dobras (SD), massa gorda (MG), massa magra (MM) e massa livre de gordura (MLG). Anteriormente a corrida, foram reportadas a recuperação e dor, para então iniciar o aquecimento seguido da corrida de 5 quilômetros (km). Para monitorar o desempenho utilizou-se o sistema de GPS Garmin Forerunner®. As correlações foram testadas através do teste de Pearson. Resultados: Foram encontradas correlações entre o %G e desempenho nos 5km (r = 0,63, p=0,02), assim como a SD (r = 0,71, p = 0,006), e a MG (r = 0,64, p=0,01). Não houve correlações entre o índice de massa corporal (IMC) e o desempenho nos 5km (p=0,81), tal como, a MM (p=0,90) e MLG (p=0,83). No ritmo da corrida (PACE = min/km), foram detectadas correlações positivas com o %G (r = 0,59; p=0,03) e a massa gorda (r = 0,58; p=0,03). Entretanto, as demais variáveis não se correlacionaram com o PACE (IMC, SD, MM, MLG). Conclusão: A composição corporal afeta negativamente no desempenho (tempo) e ritmo (PACE) da corrida de 5km em corredores amadores.

Referências

-Arrese, A.L.; Ostáriz, E.S. Skinfold thicknesses associated with distance running performance in highly trained runners. Journal of Sports Sciences. Vol. 24. Num. 7. 2006. p. 69-76.

-Barbieri, D.; e colaboradores. Body composition and size in sprint athletes. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Vol. 57. Num. 5. 2017. p. 1142-1146.

-Bijur, P.E.; Silver, W.; Gallagher, E.J. Reliability of the visual analog scale for measurement of acute pain. Academic emergency medicine. Vol. 8. Num.12. 2001. p.1153-1157.

-Bramble, D.; Lieberman, D. Endurance running and the evolution of Homo. Nature. Vol. 432. Num. 7015. 2004. p. 345-352.

-Chiarlitti, N.A.; e colaboradores. Importance of Body Composition in the National Hockey League Combine Physiological Assessments. 6-The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 32. Num. 9. 2018. p. 3135-3142.

-Doherty, R.; e colaboradores. The sleep and recovery practices of athletes. Nutrients. Vol. 13. Num. 4. 2021. p. 1330.

-Halson, S.L. Monitoring training load to understand fatigue in athletes. Sports Medicine. Vol. 44. Num. 2. 2014. p. 139-147.

-Jackson, A.S.; Pollock, M.L. Prediction accuracy of body density, lean body weight, and total body volume equations. Medicine and Science in Sports. Vol. 9. Num. 4. 1977. p. 197-201.

-Kyriazis, T.; e colaboradores. Body composition and performance in shot put athletes at preseason and at competition. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 5. Num. 4. 2010. p. 417-421.

-Laurent, C.M.; e colaboradores. A practical approach to monitoring recovery: development of a perceived recovery status scale. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol .25. Num. 3. 2011. p. 620-628.

-Legaz, A.; Eston, R. Changes in performance, skinfold thicknesses, and fat patterning after three years of intense athletic conditioning in high level runners. British Journal of Sports Medicine. Vol. 39. Num. 11. 2005. p. 851-856.

-Mattsson, S.; Thomas, B.J. Development of methods for body composition studies. Physics in Medicine & Biology. Vol. 51. Num. 18. 2006. p. 249-270.

-Mazzoccoli, G. Body composition: Where and when. European Journal of Radiology. Vol. 85. Num. 8. 2016. p. 1456-1460.

-McLaughlin, J.E.; e colaboradores. Test of the classic model for predicting endurance running performance. Medicine Science Sports Exercise. Vol. 42. Num. 5. 2010. p. 991-997.

-Mooses, M.; Hackney, A.C. Anthropometrics and Body Composition in East African Runners: Potential Impact on Performance. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 12. Num. 2. 2017. p. 165-172.

-Norton, K.; Olds, T.; Olive, S.; Craig, N. Anthropometry and sports performance. in Anthropometric: A Textbook of Body Measurement for Sports and Health Courses (eds: Kevin Norton & Tim Olds). 1995. p. 287-364.

-Penichet-Tomas, A.; e colaboradores. Analysis of Anthropometric and Body Composition Profile in Male and Female Traditional Rowers. International Journal Environmental Research Public Health. Vol. 18. Num. 10. 2021. p. 7826.

-Pontzer, H. Economy and Endurance in Human Evolution. Current Biology. Vol. 27. Num. 17. 2017. p. R865-R867.

-Salgado, J.V.V.; Chacon-Mikahil, M.P.T. Corrida de rua: análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões. Vol. 4. Num. 7. 2006. p. 90-98.

-Santos, I.A.; e colaboradores. The Percentage of Total and Regional Fat Is Negatively Correlated with Performance in Judo. Sports. Vol. 11. Num. 9. 2023. p. 168.

-Tanaka, H.; e colaboradores. Age - predicted maximal heart rate revisited. Journal of the American College of Cardiology. New York. Vol. 37. Num. 1. 2001. p. 153-156.

-Tiggeman, C.L.; Pinto, R.S.; Kruel, L.F.M. Perceived Exertion in Strength Training. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 16. Num. 1. 2010. p. 52-56.

Publicado
2025-01-29
Como Citar
Alves, V. F., Lima Júnior, C. V. de, Rocha, A. J. da, Lemos, M. de P., & Santos, I. A. (2025). A composição corporal influência o tempo e ritmo na corrida de 5km. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 18(118), 591-598. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2942
Seção
Artigos Científicos - Original