Efeitos agudos de diferentes estratégias de aquecimento no volume total de treino, em homens treinados

  • Fabio Henrique de Freitas Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico-LADTEF, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Raíssa Antunes Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico-LADTEF, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Humberto Lameira Miranda Pós-graduação Lato Sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico-LADTEF, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, Brasil.
Palavras-chave: Força muscular, Treinamento de força, Aquecimento.

Resumo

Introdução: de fato, os exercícios de mobilidade articular (MA) e aquecimento específico (AE) têm sido habitualmente usados, como parte integrante de uma sessão de treinamento de força (TF), com o objetivo de incrementar a amplitude de movimento articular; atenuar os sintomas da dor muscular tardia; e melhorar o desempenho da força muscular. No entanto, algumas evidências científicas mostram que o AE pode não influenciar, quer seja positivamente ou negativamente, no desempenho da força muscular. Objetivo: investigar os efeitos agudos de diferentes estratégias de aquecimento no volume total de treino (VTT), em uma sessão de TF de membros inferiores, em homens treinados. Materiais e métodos: a amostra foi constituída por seis homens (24,5 ± 3,59 anos de idade; 1,76 ± 0,06 cm de estatura; 81,95 ± 11,92 kg de massa corporal; 26,07 ± 2,20 kg/m2 de índice de massa corporal) treinados e selecionados por conveniência. Foram realizadas seis visitas com intervalos de 48 horas entre elas. Nas duas primeiras visitas, foram realizados os seguintes procedimentos: a) preenchimento do TCLE e do par - Q; b) medidas antropométricas; c) teste e reteste de 10 RM. Nas demais visitas, foram realizados os protocolos experimentais. A entrada nos protocolos experimentais foi aleatória e realizada em três dias distintos; 1) protocolo tradicional (GTRAD) - sem intervenção prévia e execução da sessão de TF; 2) protocolo MA (GMOB) e posterior execução da sessão de TF; 3) protocolo AE (GESP) e posterior execução da sessão de TF. Resultados: como resultado, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos experimentais, no VTT.  Conclusão: os exercícios de AE e MA não interferem, nem de forma positiva nem negativa, no VTT, em homens treinados.

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Publicado
2024-12-12
Como Citar
Freitas, F. H. de, Antunes, R., & Miranda, H. L. (2024). Efeitos agudos de diferentes estratégias de aquecimento no volume total de treino, em homens treinados. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 18(117), 496-503. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2964
Seção
Artigos Científicos - Original