O perfil epidemiológico, a prevalência de lesões e funções musculoesqueléticas intervenientes em praticantes de beach tennis

  • Adriely de Freitas Grijó Graduação em Fisioterapia, Universidade Vila Velha-UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil.
  • Monike Ferreira da Silva Graduação em Fisioterapia, Universidade Vila Velha-UVV, Vila Velha, Espírito Santo, Brasil.
Palavras-chave: Beach Tennis, Potência, Flexibilidade, Força muscular

Resumo

Introdução: O Beach Tennis (BT) é um esporte que vem crescendo no Brasil e acumulando praticantes. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico, a prevalência de lesões e funções musculoesqueléticas intervenientes em praticantes de Beach Tennis. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal com 31 praticantes de BT, homens e mulheres, com idade entre 18 e 50 anos. Todos foram submetidos a avaliação antropométrica, flexibilidade toracolombar e ombro, teste de sentar e alcançar (SRT), força muscular de preensão manual através de um dinamômetro. Resultados: A maioria dos voluntários era eutrófico, solteiro, etilista, praticava BT três vezes por semana, realizava aquecimento prévio, praticava outro esporte e era destro. Em média, iniciaram a prática há 19,84±19,20 meses, por lazer e saúde. Os esportes citados como realizados concomitantemente a prática do BT foram musculação e futebol. Dos participantes, a maioria relatou dor em alguma articulação durante o esporte (n= 18, 58%) sofreram lesões (n=23, 74,1%) e uma minoria teve mais de uma lesão (n= 4, 12,9%). As lesões comumente ocorreram no ombro, seguidas pelo cotovelo e joelho, mais prevalentes entre 31 a 50 anos. Relataram, em média, leve dor diariamente e durante a prática esportiva. A maioria dos testes realizados mostraram-se normativos quando comparados aos valores de referência, exceto o SRT, classificado como baixa flexibilidade, e extensão de ombro, acima do valor. Conclusão: Houve alta prevalência de lesões em praticante de BT, mais frequentemente acometendo o ombro, cotovelo e joelho. As funções musculoesqueléticas intervenientes, se afetadas, podem desencadear aumento na frequência de lesões.

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Publicado
2025-03-13
Como Citar
Grijó, A. de F., & Silva, M. F. da. (2025). O perfil epidemiológico, a prevalência de lesões e funções musculoesqueléticas intervenientes em praticantes de beach tennis. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 19(119), 39-47. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2965
Seção
Artigos Científicos - Original