Efeito agudo da cafeína no desempenho físico e cognitivo de pessoas com doenças neurológicas
Resumo
Introdução: A cafeína é um importante neuroprotetor e estimulador cerebral, podendo contribuir na prevenção e no retardamento do avanço de doenças neurológicas. Objetivo: Analisar o desempenho físico e cognitivo de pessoas com doenças neurológicas com e sem a ingesta de cafeína. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo piloto do tipo cruzado (crossover), com modalidade de pesquisa experimental, seguindo uma abordagem quantitativa e utilizando o método mono-cego, sendo aplicado os seguintes testes: Timed Up and Go (TUG), Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA), Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6m), Prova de Romberg e teste de coordenação. Resultados: Observou-se que a ingestão aguda de cafeína não gera melhora no desempenho físico e cognitivo de pessoas com diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Doença de Parkinson (DP). Conclusão: Os dados apontam que a ingestão de cafeína pré-exercício não melhora o desempenho físico e cognitivo de pessoas com AVC e DP, considerando o MoCA, testes de equilíbrio e coordenação, TUG e TC6m.
Referências
-Almajid, R.; Tucker, C.; Wright, W.G.; Vasudevan, E.; Keshner, E. Visual dependence affects the motor behavior of older adults during the Timed Up and Go (TUG) test. Arquivos de Gerontologia e Geriatria. Vol. 87. 2020.
-Biswas, S.; Bagchi, A. Study of the Efects of Nicotine and Cafeine for the Treatment of Parkinson’s Disease. Bioquímica Aplicada e Biotecnologia. Vol. 195. 2023. p. 639 - 654.
-Britto, R.R.; Sousa, L.A.P. Teste de Caminhada de seis minutos uma normatização brasileira. Fisioterapia em Movimento. Vol. 19, Num. 4, 2006. p. 49-54.
-Calvo, J.L.; Fei, X.; Domínguez, R.; Pareja-Galeano, H. Caffeine and Cognitive Functions in Sports: A Systematic Review and Meta-Analysis. Nutrients. Vol. 13. Num. 3. 2021. p. 868.
-Chieng, D.; kistler, P.M. Coffee and tea on cardiovascular disease (CVD) prevention. Trends in Cardiovascular Medicine. Vol. 37. 2021. p. 399 - 405.
-Choo, P.L.; Tou, N.X.; Pang, B.W.J.; Lau, L.K.; Jabbar, K.A.; Seah, W.T.S.; Chen, K.K.; Ng, T.P.; Wee, S.L. Timed Up and Go (TUG) Reference Values and Predictive Cutoffs for Fall Risk and Disability in Singaporean Community-Dwelling Adults: Yishun Cross-Sectional Study and Singapore Longitudinal Aging Study. Vol. 22. Num. 8. 2021. p. 1640-1645.
-Conceição, R.N.S.; Pereira, A.B.C.N.G. Análise Epidemiológica das internações hospitalares de pacientes com doença de Parkinson nos últimos 5 anos nas regiões brasileiras. Revista de Saúde. Vol. 3. Num. 1. 2022. p. 61-66.
-Carneiro, J.G.; Bortolotti, H.; Camata, T.V.; Bigliassi, M.; Kanthack, T.F.D.; Altimari, L.R. Efeito da ingestão de cafeína sobre o desempenho físico e estado de humor de ciclistas. Revista da Educação Física. Vol. 24. 2013. p.279 - 286.
-Maranhão Filho, P.A.; Maranhão, E.T.; Silva, M.M.; Lima, M.A. Repensando o exame neurológico I: avaliação do equilíbrio estático. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Rio de Janeiro. Vol. 69. Num. 6. 2011. p. 954-958.
-Gabbert, C.; König, I.R.; Lüth, T.; Kasten, M.; Grunewald, A.; Klein, C.; Trinh, J. Fatores de estilo de vida e gravidade clínica da doença de Parkinson. Scientific Reports. Vol. 13. Num. 9537. 2023.
-Hodgson, A.B.; Randell, R.K.; Jeukendrup, A.E. The metabolic and performance effects of caffeine compared to coffee during endurance exercise. Plos One. Vol. 8. Num. 4. 2013.
-Kumar, P.M.; Paing, S.S.T.; Li, H.; Pavanni, R.; Yuen, Y.; Zhao, Y.; Tan, E.K. Differential effect of caffeine intake in subjects with genetic susceptibility to Parkinson's. Scientific Reports. Vol. 5. Num. 15492. 2015.
-Meira, E.Q.T.; Lima, P.J.; Meira, V.S.; Silva, I.T. Hábitos de vida de idosos com sequelas doenças neurológicas. Anais VI CIEH. Campina Grande. Realize Editora. 2019.
-Montalvo-Alonso, J.J.; Ferragut, C.; Val- Manzano, M.; Valadés, D.; Roberts, J.; Pérez-López, A. Sex Differences in the Ergogenic Response of Acute Caffeine Intake on Muscular Strength, Power and Endurance Performance in Resistance-Trained Individuals: A Randomized Controlled Trial. Nutrients. Vol. 16. Num. 1760. 2024.
-Otsu, A.E. Fisioterapia em Neurologia. Manole. 2012.
-Oliveira, G.G.; Waters, C. Perfil epidemiológico dos pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. São Paulo. Vol. 66. 2021.
-Walsh, C. How caffeine changed the world. The Harvard Gazette. 2020. Disponível em: https://news.harvard.edu/gazette/story/2020/08/author-michael-pollan-discusses-how-caffeine-changed-the-world/. Acesso em: 02/07/2024.
-Silva, E.S.; Borges, J.W.P.; Moreira, T.M.M.; Rodrigues, M.T.P.; Souza, A.C.C. Prevalência e fatores de risco associados ao acidente vascular cerebral em pessoas com hipertensão arterial: uma análise hierarquizada. Revista de Enfermagem Referência. Vol. 5. Num. 3. 2020.
-Silvestre, J.; Gianoni, R.; Pereira, P. Cafeína e desempenho físico: metabolismo e mecanismos de ação. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 17. Nume. 2. 2018. p. 130-137.
-Smid, J.; Nitrini, R. Propedêutica Neurológica. Medicina Net, 2008. Disponível em: <https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1189/propedeutica_neurologic a.htm>. Acesso em: /07/2023.
-Socala, K.; Szopa, A.; Serefko, A.; Poleszak, E.; Wlaz, P. Neuroprotective Effects of Coffee Bioactive Compounds: A Review. International Journal of Molecular Sciences. Polônia. Vol. 22. 2021.
-Surma, S.; Oparil, S. Café e Hipertensão Arterial. Current Hypertension Reports. Vol. 23. Num. 38. 2021.
-Voskoboinik, A.; Koh, Y.; Kistler, P. Cardiovascular effects of caffeinated beverages. Trends in Cardiovascular Medicine. Vol. 29. 2019. p. 345 - 350.
-Zmuda, G.G.O.; Soldera, C.L.C.; Jovanov, E.; Bós, A.J.G. Fases do teste Timed Up and Go como preditoras de quedas futuras em idosos da comunidade. Physical Therapy in Movement. Vol. 35. 2022.
Copyright (c) 2025 Natália Sachett, Patrik Nepomuceno

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).