Análise comparativa do consumo máximo de oxigênio e de prescrição de intensidade de treinamento aeróbio: ergoespirometria versus teste ergométrico convencional

  • Francisco Carlos Costa Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição de Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Cardiomex (Clinica de Cardiologia e Medicina do Exercí­cio)
  • Marco Paulo Chagas Garcia Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição de Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Cardiomex (Clinica de Cardiologia e Medicina do Exercí­cio)
  • Diogo Daniel de Almeida Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição de Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
  • Eduardo Caldas Costa Cardiomex (Clinica de Cardiologia e Medicina do Exercí­cio). Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Exercí­cio Fí­sico Aplicado à Reabilitação Cardí­aca e Grupos Especiais
  • Newton Nunes Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição de Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Exercí­cio Fí­sico Aplicado à Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais, Instituto do Coração - HC-FMUSP - InCor-SP
  • Francisco Navarro Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio: Prescrição de Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Ergoespirometria, Teste ergométrico convencional, Prescrição de exercício

Resumo

O estudo tem o objetivo de comparar o consu-mo máximo de oxigênio estimado (VO2máxE) pela fórmula do ACSM (2000) a partir de um teste ergométrico convencional, com o consu-mo máximo de oxigênio medido na ergoespiro-metria, bem como, os limites inferiores e superiores de prescrição de intensidade de treinamento aeróbio determinado pelo teste ergométrico convencional (50% e 85% VO2máxE) com a prescrição de intensidade de treinamento aeróbio obtida pelo teste ergoespirométrico: limiar anaeróbio e ponto de compensação respiratória, em adultos jovens sedentários. Realizaram o teste 11 indivíduos com 24 anos e foi medido o VO2máx, VO2 no limiar anaeróbio e VO2 no ponto de compensação respiratória, além de coletada a velocidade e inclinação encontradas ao final de cada teste para determinar a intensidade de prescrição de 50% do VO2máxE e 85% do VO2máxE. O VO2máxE obtido no teste ergométrico convencional foi de 52,31 ml/Kg/min e o VO2máx medido na ergoespirometria foi de 43,18 ml/Kg/min. O limite superior de intensidade de exercício (85% do VO2máxE= 44,46 ml/Kg/min) proposto pelo ACSM (2000), quando comparado ao da ergoespirometria (VO2PCR= 34,31 ml/Kg/min) apresentou diferença significante. O VO2máxE superestimou o medido na ergoespirometria. O limite inferior de VO2 através da prescrição indireta de treinamento aeróbio se assemelha com o limiar anaeróbio, enquanto o limite superior superestima o ponto de compensação respiratória (p-<0,05).

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Publicado
2011-12-10
Como Citar
Costa, F. C., Garcia, M. P. C., de Almeida, D. D., Costa, E. C., Nunes, N., & Navarro, F. (2011). Análise comparativa do consumo máximo de oxigênio e de prescrição de intensidade de treinamento aeróbio: ergoespirometria versus teste ergométrico convencional. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 1(4). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/35
Seção
Artigos Científicos - Original