Influência da ordem de execução de exercícios de treinamento de força no dano muscular em homens treinados
Resumo
Objetivo: Analisar os efeitos da alteração na ordem habitual de execução de exercícios do treinamento de força sobre o dano muscular, número de repetições e dor muscular de início tardio (DMIT) em jovensadultos treinados. Métodos: Dez jovens adultos saudáveis com experiência mínima de 6 meses em treinamento de força para hipertrofia muscular foram divididos aleatoriamente em 2 grupos: Grupo Controle (GC, Peitoral→Tríceps) e Grupo Experimental (GE, Tríceps→Peitoral). Realizaram sessão de testes de força nos aparelhos selecionados (supino e tríceps máquina), sendo determinada a carga de contração voluntária máxima (CVM) nos exercícios. Na semana seguinte, os grupos realizaram 8 séries por exercício a 75% daCVM. O intervalo entre séries foi de 1 minuto e entre exercícios de 3 minutos. Foram considerados indicativos de dano muscular: aumento na concentração plasmática de creatina quinase (CK) e redução no número de repetições (RNR) entre séries subsequentes. A DMIT foi analisada por aplicação de escala de percepção subjetiva de dor. Foram coletadas 3 amostras de sangue: 30 minutos antes da sessão, imediatamente após e 24 horas da mesma sessão. Análise estatística foi feita por Test t de student e ANOVA one-way. Resultados: Os níveis de CK aumentaram apenas no GC 24 horas após a sessão (p < 0.05). O volume total de treinamento (VTT) do GC foi maior comparado ao GE. A RNR foi maior no GE em ambos os exercícios. Conclusão: Concluímos que a ordem de execução de exercícios do treinamento de força influencia: VTT e dano muscular, mas não a DMIT.
Referências
-Adams, G.R. Exercise Effects on Muscle Insulin Signaling Action Invited Review: Autocrine/paracrine IGF-I and skeletal muscle adaptation. Journal of Applied Physiology. Estados Unidos, Vol. 93. 2002. p. 1159-1167. Disponível em:<http://jap.physiology.org/content/93/3/1159.long>
-Apple, F.S.; Hellsten, Y.; Clarkson, P.M. Early detection of skeletal muscle injury by assay of creatine kinase MM isoforms in serum after acute exercise. Clinical Chemistry. Estados Unidos. Vol. 34. 1988. p. 1102-1104.Disponível em:<http://www.clinchem.org/content/34/6/1102.long>
-Armstrong, R.B. Mechanisms of exercise-induced delayed onset muscular soreness: a brief review. Medicine and Science in Sports and Exercise. Estados Unidos. Vol. 16. 1984. p. 529-538.
-Balnave, C.D.; Thompson, M.W. Effect of training on eccentric exercise-induced muscle damage. Journal of Applied Physiology. Estados Unidos. Vol. 75. 1993. p. 1545-1551. Disponível em:<http://jap.physiology.org/content/75/4/1545.long>
-Belezza, P.A.; Hall, E.E.; Miller, P.C.; Bixby, W.R. The influence of exercise order on blood lactate, perceptual, and affective responses. Journal of Strength and Conditioning Research. Estados Unidos. Vol. 23. Num. 1. 2009. p. 203-208.
-Bloomer, R.J. The role of nutritional supplements in the prevention and treatment of resistance exercise-induced skeletal muscle injury. Sports Medicine. Nova Zelândia. Vol. 37. 2007. p. 519-532. Disponível em:<http://adisonline.com/sportsmedicine/pages/articleviewer.aspx?year=2007&issue=37060&article=00005&type=abstract>
-Brown, S.J.; Child, R.B.; Day, S.H.; Donnelly, A.E. Indices of skeletal muscle damage and connective tissue breakdown following eccentric muscle contractions. European Journal of Applied Physiology and Occupacional Physiology. Alemanha. Vol. 75. Num. 4. 1997. p. 369-374.
-Bowers, E.J.; Morgan, D.L.; Proske, U. Damage to the human quadríceps muscle from eccentric exercise and the training effect. Journal of sports and science. Inglaterra. Vol. 22. 1994. p. 1005-1014.
-Carmeli, E.; Moas, M.; Reznick, A.Z.; Coleman, R. Matrix metalloproteinases and skeletal muscle: a brief review. Muscle & Nerve. Estados Unidos. Vol. 29. 2004. p. 191-197. Disponível em:<http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mus.10529/abstract;jsessionid=B1ED7276F2BEF0F5E3D3AC49435D9B9F.d03t03>
-Clarkson, P.M.; Hubal, M.J. Exercise-induce Muscle Damage in Humans. American Journal of Physical Medicine and Rehabilitation. Estados Unidos. Vol. 81. 2002. p. S52-S69.
-Close, G.L.; Kayan, A.; Vasilaki, A.; McArdle, A. Skeletal muscle damage with exercise and aging. Sports Medicine. Nova Zelândia. Vol. 35. Num. 5. 2005. p. 413-427. Disponível em:<http://adisonline.com/sportsmedicine/pages/articleviewer.aspx?year=2005&issue=35050&article=00004&type=abstract>
-Cooke, M.B.; Rybalka, E.; Williams, A.D; Cribb, P.J.; Hayes, A. Creatine supplementation enhances muscle force recovery after eccentrically-induced muscle damagein healthy individuals. Journal of the International Society of Sports Nutrition. Estados Unidos. Vol. 6. 2009. p. 1-11. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2697134/?tool=pubmed>
-Correia, M.I.T.D. Nutrição, esporte e saúde. Belo Horizonte. Health. 1996. p. 128.
-Cruzat, V.F.; Rogero, M.M.; Borges, M.C.; Tirapegui, J.O. Aspectos atuais sobre estresse oxidativo, exercícios físicos e suplementação. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 13. 2007. p. 336-342. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v13n5/11.pdf>
-Da Nobrega, A.C. The subacute effects of exercise: concept, characteristics, and clinical implications. Exercise and Sports Sciences Reviews. Estados Unidos. Vol. 33. 2005. p. 84-87.
-Dias I.; de Salles, B.F.; Novaes, J.; Costa, P.B.; Simão, R. Influence of exercise order on maximum strength in untrained young men. Journal of Science and Medicine in Sport. Australia. Vol. 13. Num. 1. 2010. p. 65-69. Disponível em:<http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1440-2440(08)00189-8>
-Fridén, J.; Lieber, R.L. Segmental muscle fiber lesions after repetitive eccentric contractions. Cell and Tissue Research. Alemanha. Vol. 293. 1998. p. 165-171. Disponível em:<http://link.springer.de/link/service/journals/00441/bibs/8293001/82930165.htm>
-Heyward, V.H.; Stolarczik, L.M. Avaliação da composição corporal aplicada. São Paulo. Manole. 2000. p. 243.
-Lang, H.; Wurzburg, U. Creatine kinase, an enzyme of many forms. Clinical Chemistry. Estados Unidos. Vol. 28. 1982. p. 1439-1447. Disponível em:<http://www.clinchem.org/content/28/7/1439.long>
-Lapointe, B.M.; Frémont, P.; Côté, C.H. Adaptation to lengthening contractions is independent of voluntary muscle recruitment but relies on inflammation. American Journal of Physiology, Regulatory, Integrative and Comparative Physiology. Estados Unidos. Vol. 282. 2002. p. R323-R329. Disponível em:<http://ajpregu.physiology.org/content/282/1/R323.long>
-McArdle, W.; Katch, F.I.; Katch, V.L.D. Fisiologia do exercício –energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003. p. 1111.
-MacIntyre, D.L.; Reid, W.D.; Mckenzie, D.C. Delayed muscle soreness. The inflammatory response to muscle injury and its clinical implications. Sports Medicine. Nova Zelândia. Vol. 20. 1995. p. 24-40. Disponível em:<http://adisonline.com/sportsmedicine/Abstract/1995/20010/Delayed_Muscle_Soreness__The_Inflammatory_Response.3.aspx>
-Mirzaei, B.; Nia, F.R.; Saberi, Y. Comparison of 3 different rest intervals on sustainability of squat repetitions with heavyvs. low loads. Brazilian Journal of Biomotricity. Brasil. Vol. 2. 2008. p. 220-229.
-Nosaka, K.; Newton, M. Repeated eccentric bouts do not exacerbate muscle damage and repair. Journal of Strength and conditioning Research. Estados Unidos. Vol. 16. Num. 1. 2002. p. 117-122.
-Newton, M.; Morgan, G.; Sacco, P.; Chapman, D.; Nosaka, K. Comparison of responses to strenous eccentric exercise of the elbow flexors between resistance-trained and untrained men. Journal of Strength and Conditioning Research. Estados Unidos. Vol. 22. Num. 2. 2008. p. 597-607.
-Palazzetti, S.; Richard, M.J.; Favier, A.; Margaritis, I. Overloaded training increases exercise-induced oxidative stress and damage. Canadian Journal of Applied Physiology. Estados Unidos. Vol. 28. Num. 4. 2003. p. 588-604.
-Paschalis, V.; Koutedakis, Y.; Jamurtas, A.Z.; Mougios, V.; Baltzopoulos, V. Equal volumes of high and low intensity of eccentric exercise in relation to muscle damage and performance. Journal of Strength and Conditioning Research. Estados Unidos. Vol. 19. Num. 1. 2005. p. 184-188.
-Powers, S.K.; Howeley, E.T. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. São Paulo. Manole. 2007. p. 668.
-Rantanen, J.; Hurme, T.; Lukka, R.; Heino, J.; Kalimo, H. Satellite cell proliferation and the expression of myogenin and desmin in regenerating skeletal muscle: evidence for two different populations of satellite cells. Laboratory Investigation. Estados Unidos. Vol. 72. 1995. p. 341-347.
-Silva, N.S.L.; Monteiro, W.D.; Farinatti, P.T.V. Influência da ordem dos exercícios sobre o número de repetições e percepção subjetiva do esforço em mulheres jovens e idosas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 15. Num. 3. 2009. p. 219-223. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922009000300011&script=sci_arttext>
-Simão, R.; Farinatti, P.deT.V.; Polito, M.D.; Maior, A.S.; Fleck, S.J. Influence of exercise order on the number of repetitions performed and perceived exertion during resistance exercises. Journal of Strength and Conditioning Research. Estados Unidos. Vol. 19. Num. 1. 2005. p. 152-156.
-Simão, R.;Farinatti, P.deT.V.; Polito, M.D.; Viveiros, L.; Fleck, S.J. Influence of exercise order on the number of repetitions performed and perceived exertion during resistance exercise in women.Journal of Strength and Conditioning Research. Estados Unidos. Vol. 21. Num. 1. 2007. p. 23-28.
-Simão, R.; Spineti, J.; Salles, B.F.; Oliveira, L.F.; Matta, T.; Miranda, F.; Miranda, H.; Costa, P.B. Influence of exercise order on maximum strength and muscle thickness in untrained men.Journal of Sports Science and Medicine. Turquia. Num. 9. 2010. p. 1-7.
-Spreuwenberg, L.P; Kraemer, W.J.; Spiering, B.A.; Volek, J.S.; Hatfield, D.L.; Silvestre, R.; Vingren, J.L.; Fragala, M.S.; Häkkinen, K.; Newton, R.U.; Maresh, C.M.; Fleck, S.J. Influence of exercise order in a resistance-training exercise session. Journal of strength and conditioning research. Estados Unidos. Vol. 20. Num. 1. 2006. p. 141-144.
-Starkey, D.B.; Pollock, M.L.; Ishida, Y.; Welsch, M.A.; Brechue, W.F.; Graves, J.E.; Feigenbaum, M.S. Effect of resistance training volume on strength and muscle thickness. Medicine Science in Sports and Exercise. Estados Unidos. Vol. 28. Num. 10. 1996. p. 1311-1320.
-Tee, J.C.; Bosch, A.N.; Lambert, M.I. Metabolic consequences of exercise-induced muscle damage. Sports Medicine. Nova Zelândia. Vol. 37. Num. 10. 2007. p. 827-836.Disponível em:<http://adisonline.com/sportsmedicine/pages/articleviewer.aspx?year=2007&issue=37100&article=00001&type=abstract>
-Tricoli, V. Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasil. Vol. 9. Num. 2. 2001. p. 39-44.
-Warren, G.L.; Ingalls, C.P.; Lowe, D.A.; Armstrong, R.B. Excitation contraction uncoupling: major role in contractions induced muscle injury. Exercise and Sports Science Reviews. Estados Unidos. Vol. 29. Num. 2. 2001. p. 82-87. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2269149/?tool=pubmed>
-White, J.P.; Wilson, J.M.; Austin, K.G; Greer, B.K.; St. John, N.; Panton, L.B. Effect of carbohydrate-protein supplement timing on acute exercise-induced muscle damage. Journal of International Society of Sports Nutrition. Estados Unidos. Vol. 5. Num. 5. 2008. p.1-7. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2288590/?tool=pubmed>
-Willoughby, D.S.; Vanenk, C.; Taylor, L. Effects of concentric and eccentric concentrations on exercise-induced muscle injury, inflammation, and serum IL-6. Journal of Exercise Physiology. Estados Unidos. Vol. 6. Num. 4. 2003. p. 1-7.
-Wilmore, J.K.; Costill, D.L. Fisiologia do esporte e do exercício. São Paulo. Manole. 2001. p. 710.
-Wilson, J.M.; Kim, J.S.; Lee, S.R.; Rathmacher, J.A.; Dalmau, A.B.; Kingsley, J.D.; Koch, H.; Manninen, A.H.; Saadat, R.; Panton, L.B. Acute and timing effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB) on indirect markers of skeletal muscle damage. Nutrition and Metabolism. Inglaterra. Vol. 6. Num. 6. 2009. p. 1-8. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2642830/?tool=pubmed>
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).