Desempenho motor de atletas de badminton adolescentes

  • Rodrigo Alberto Vieira Browne Universidade Católica de Brasí­lia (UCB), Taguatinga - DF.
  • Marcelo Magalhães Sales Universidade Católica de Brasí­lia (UCB), Taguatinga - DF.
  • Sérvulo Fernando Costa Lima Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.
  • Luiz Carlos Soares Santos Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.
  • João Bosco da Rocha Filho Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.
  • Tamyack Alves de Macêdo Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.
  • Rafael Reis Olher Universidade Católica de Brasília (UCB), Taguatinga - DF.
Palavras-chave: Desempenho Atlético, Habilidades Motoras, Aptidão física, Esporte, Saúde

Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar e classificar a aptidão física neuromuscular para o desempenho e a saúde ósteo-muscular de atletas adolescentes de badminton do estado do Piauí. Para tanto, 50 atletas de badminton adolescentes do Instituto Federal do Piauí, sendo 25 meninos [16,0 (15,6-17,01) anos de idade; IMC= 21,6±2,3 kg.m-2] e 25 meninas [15,0 (14,9-15,4) anos de idade; IMC= 20,9±2,6 kg.m-2] foram submetidos aos testes de aptidão física neuromuscular para o desempenho e testes de aptidão física de saúde ósteo-muscular e, posteriormente classificados conforme sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR), no qual, foram avaliadas a força explosiva de membros superiores (FEMS), força explosiva de membros inferiores (FEMI) velocidade (VEL), agilidade (AGIL), flexibilidade (FLEX) e resistência muscular localizada –abdominal (RML). Meninos apresentaram valores significativamente maiores (p<0,05) aos das meninas de FEMS (514,3±59,3 vs. 354,4±44,5 cm; p=0,0001), FEMI [211,0 (192,2-220,7) vs. 154,0 (49,8-165,8) cm; p=0,0001], RML (41±11 vs. 31±7 repetições; p=0,0001), VEL [3,44 (3,38-3,68) vs. 4,16 (4,01-4,31) s; p=0,0001] e AGIL [5,78 (5,64-6,11) vs. 6,76 (6,52-7,03) s; p=0,001]. Contudo, não foi observada diferença significativa (p<0,05) entre os sexos para a FLEX. Por outro lado, quando comparado a frequência de sujeitos nos estratos de classificação (Fraco, Razoável, Bom, Muito Bom e Excelente) para as variáveis FEMS, FEMI, VEL e AGIL, não foram observadas diferenças significativas nas frequências de estratos entre os sexos. No entanto, quanto à FLEX, meninas apresentam maior prevalência de sujeitos na zona de risco à saúde (p=0,012). Em conclusão, atletas de badminton adolescentes do sexo masculino demonstram serem mais fortes, ágeis, velozes e resistentes do que seus pares do sexo feminino. Além disso, meninas apresentaram maior frequência de sujeitos nos estrato de zona de risco à saúde para a variável FLEX.

Biografia do Autor

Rodrigo Alberto Vieira Browne, Universidade Católica de Brasí­lia (UCB), Taguatinga - DF.

Estudante de iniciação cientí­fica (PIBIC/CNPq) do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Fí­sica da Universidade Católica de Brasília

Marcelo Magalhães Sales, Universidade Católica de Brasí­lia (UCB), Taguatinga - DF.

Doutorando em Educação Fí­sica pela Universidade Católica de Brasí­lia.

Sérvulo Fernando Costa Lima, Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.

Professor Mestre do Instituto Federal do Piauí­.

Luiz Carlos Soares Santos, Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.

Professor Mestre do Instituto Federal do Piauí­.

João Bosco da Rocha Filho, Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.

Especialista em Desporto Escolar pelo Instituto Federal do Piauí­.

Tamyack Alves de Macêdo, Instituto Federal do Piauí­ (IFPI), Teresina - PI.

Especialista em Desporto Escolar pelo Instituto Federal do Piauí­.

Rafael Reis Olher, Universidade Católica de Brasília (UCB), Taguatinga - DF.

Mestrando em Educação Fí­sica pela Universidade Católica de Brasí­lia.

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Publicado
2013-06-09
Como Citar
Browne, R. A. V., Sales, M. M., Lima, S. F. C., Santos, L. C. S., Rocha Filho, J. B. da, Macêdo, T. A. de, & Olher, R. R. (2013). Desempenho motor de atletas de badminton adolescentes. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 7(38). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/476
Seção
Artigos Científicos - Original