Testes indiretos de VO2 máximo devem ser escolhidos de acordo com o gênero, variáveis antropométricas e capacidade aeróbica presumida
Resumo
Nosso objetivo foi comparar ecorrelacionar o VO2máximo estimado, em teste de campo, de indivíduos com baixa e muito baixa aptidão cardiorrespiratória-CR, considerando as variáveis gênero e de medidas antropométricas (IMC, altura e peso). Aplicamos dois testes de campo (Cooper e Multistage shuttle run test-MSRT) em 26 sujeitos entre 17 e 28 anos de idade. Os resultados foram analisados pelo teste tde Student e correlação de Pearson, considerando p<0,05 como valor significativo. Para o grupo, os valores de VO2máx. se mostraram diferentes (p=0,0005) na comparação dos testes, com uma fraca correlação não significante entre eles, além desses valores não se correlacionarem significativamente com os valores das variáveis antropométricas. Ao considerar o gênero, os homens apresentaram um VO2máx. superior para o Teste de Cooper em relação ao MSRT (p=0,005), sem correlação significante entre eles, e sem correlações com as variáveis antropométricas. Já nas mulheres, apesar de apresentado uma moderada e significativa correlação positiva (r=0,682) entre os testes de VO2máx., foi observado que os valores superiores para Cooper, entretanto não diferente estatisticamente (Cooper vs. MSRT, p=0,110), pode ter sido influenciado pelas variáveis antropométricas, pois foram encontradas correlações moderadas e significativas do teste de Cooper com as variáveis de IMC e estatura (r=-0,674, r=0,514, respectivamente). Para esse tipo de amostra, os dados sugerem que o teste de Cooper é mais indicado para os homens. Já para as mulheres os valores de IMC e estatura parecem influenciar no teste de Cooper.
Referências
-Allen, D. G.; Lamb, G. D.; Westerblad, H. Skeletal muscle fatigue: cellular mechanisms. Physiological reviews. Vol. 1. Núm. 88. p. 287-332. 2008.
-ACSM. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 8ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara-Koogan. 2011.
-Baena, C. P.; Chowdhury, R.; Schio, N. A.; Sabbag, A. E.; Guarita-Souza, L. C.; Olandoski, M.; Faria-Neto, J. R. Ischaemic heart disease deaths in Brazil: current trends, regional disparities and future projections. Heart. Vol. 99. Núm. 18. p.1359-1364. 2013.
-Barros Neto, T.L.; Tebexreni, A.S.; Tambeiro, V.L. Aplicações práticas da ergoespirometria no atleta. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. Vol. 11. p. 695-705. 2001.
-Conte, M.; Domingues, S.P.T.; Godoi, V.J.; Más, E.F.; Vazatta, R.; Teixiera, L.F.M. Interação entre VO2 máx, índice de massa corporal e flexibilidade. Rev Mackenzie Edu Fis Esp. Vol. 2. Núm. 2. p. 23-30. 2003.
-Costa, E. C.; Guerra, L. M. M.; Guerra, F. E. F.; Nunes, N.; Pontes, F. L. J. Validade da medida do consumo máximo de oxigênio e prescrição de intensidade de treinamento aeróbico preditos pelo teste de cooper de 12 minutos em jovens sedentários. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1 Núm. 4. p. 32-39. 2007.
-Cyrino, E. S.; Papst, R. R.; Altimari,L. M.; Okano,A H.; Caldeira, L. F. S.; Gobbo, L. A.; Romanzini, M.; Júnior, H. S. Comparação entre a potência aeróbia estimada por dois testes de campo. Revista da Educação Física. Vol. 16. Núm. 2. p. 171-177. 2005.
-Duarte, M. F.S.; Duarte, C.R. Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Vol. 9. Núm. 3. p. 07-14, 2001.
-Gomes, L.P.R.; Portela, B.P.B.S.; Garcia, D.; Neto, E.A.T.; Ribeiro, E. A. J.; Da Silva, L. N.R.; Santos, P.H.S.; Pelegrinotti, I.L. Comparação do VO2 max de homens fisicamente ativos mensurado de forma indireta e direta. Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal. Vol. 10. Núm. 14. p. 336-343. 2009.
-Grant, S.; Corbett, K.; Amjad, A.M.; Wilson, J.; Aitchison, T. A comparison of methods of predicting maximum oxygen uptake. British Journal of Sports Medicine. Vol. 29. Núm. 3. 1995.
-Leger, L. A.; Lambert, J.A maximal multistage 20m shuttle run de teste para predizer VO2 máximo. European Journal of Applied Physiology. Vol. 49. p. 1-5. 1982.
-Leger, L.A.; Mercier, D.; Gadoury, C.; Lambert, J. The multistage 20 metre shuttle run test for aerobic fitness. J Sports Sci. Vol. 6. p. 93-101. 1988.
-Lima, A. M. J.; Gomes Silva. D. V.; SouzaA. O. S.; Correlação entre medidas direta e indireta do VO2max em atletas de futsal. Rev. Bras. Med. Esporte. Vol. 11. Núm. 3. 2005.
-Matsudo, V. K. R. Testes em ciência do esporte. São Caetano do sul. CELAFISCS. 1983.
-Maughan, R.J.; Gleesin, M. As Bases Bioquímicas do Desempenho nos Esportes. Guanabara Koogan. 2006.
-Pereira, F. L.; Medeiros, G. S.; Oliveira, V. E. R.; Maldonado, L.; Santos, L. Análise comparativa entre teste direto e indireto para predição de VO2máx em jogadores de futsal universitário. EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires. Ano 15. Núm. 148. 2010.
-Redkva,P. E.; LourdesJ. P.; Kalva Filho, C. A.; Franco, V, H.; Kaminagakura, E. I. Correlação entre as medidas direta e indireta do VO2max em corredores do exército brasileiro. EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires. Ano 16. Núm. 161. 2011.
-Venturi, D. G.; Santos, M. A. A. Comparação entre as medidas direta e indireta do VO2Pico em corredores de longa distância. EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires. Ano 15. Núm. 151. 2010.
-Viebig, R. F.; Pastor-Valero, M.; Yamada, A. T.; Araújo, F.; Mansur, A. J. Atividade física de adultos de São Paulo: divergências entre resultados do questionário IPAQ-8 e os testes de esforço. EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires. Ano 13. Núm. 121. 2008.
-Weiler, A. A.; Alvar, B. A. Cardiovascular Disease: Societal Trends and the Role of the Exercise Professional. Strength & Conditioning Journal. Vol. 35. Núm. 4. p. 2-10. 2013.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).