Efeito do treinamento de flexibilidade articular do quadril sobre o salto vertical em jovens atletas de voleibol feminino
Resumo
Objetivo: Investigar o efeito de diferentes protocolos de treinamento (com e sem treinamento de flexibilidade) na flexão e extensão do quadril e seu reflexo sobre o salto vertical. Materiais e Métodos: O estudo contou com 48 atletas de voleibol do sexo feminino, com idades entre 11 e 17 anos, distribuídas em quatro grupos: A “Infantil” (n=12); B “Infantil” (n=12); C “Infanto-juvenil” (n=12) e, D “Infanto-juvenil” (n=12). Foi avaliada a massa corporal, a estatura, e, posteriormente calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). Em seguida, calculou-se o percentual de gordura. A flexibilidade foi avaliada por meio do banco de Wells e flexímetro. O salto vertical contra movimento foi mensurado por meio de uma plataforma de pressão e analisado com o softwareJumpteste 2.0. Resultados: Após intervenção com treino de flexibilidade, houve melhora na altura (pré: 21,8±1,2 cm; pós: 24,0±1,4 cm; p=0,03) e potência do salto vertical no grupo A (pré: 296,0±17,2 w/kg; pós: 317,5±13,1 w/kg; p=0,03). Aumento da flexibilidade no grupo C (pré: 27,2±1,2 cm; pós: 29,5±1,4 cm; p=0,03). Melhora na altura (pré: 19,4±1,7 cm; pós: 21,5±1,5 cm; p=0,04) e potência do salto vertical no grupo B (pré: 213,8±11,6 w/kg; pós: 226,0±9,7 w/kg; p=0,04). Conclusão: Após a intervenção de 12 semanas com o método passivo de alongamento verificou-se aumento e/ou manutenção da flexibilidade, do salto vertical (cm) e potência (w/kg) em atletas do sexo feminino.
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