A influência da frequência semanal do treinamento intervalado aeróbico, previsto no manual c20-20, sobre a potência aeróbica de militares recém incorporados ao exército brasileiro

  • Carlos Guimarães Moraes Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN Licenciatura Plena em Educação Fí­sica pela Escola de Educação Fí­sica do Exército
  • Laércio Camilo Rodrigues Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN Licenciatura Plena em Educação Fí­sica pela Escola de Educação Fí­sica do Exército
  • Márcio Baby Kroeff Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN Licenciatura Plena em Educação Fí­sica pela Escola de Educação Fí­sica do Exército
  • Francisco Navarro Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Corrida, Militar, Treinamento intervalado, Potência aeróbica

Resumo

O presente estudo teve por objetivo verificar o efeito da freqüência semanal do TIA sobre a potência aeróbica de militares recém incorporados ao exército brasileiro. Participaram do estudo oitenta militares, do 9º Regimento de Cavalaria Blindado, destreinados, voluntários, com idade de 18,13 anos, massa corporal de 67,39 kg, estatura 1,73 m, residentes na cidade de São Gabriel. Foi realizado o pré-teste, com todos os participantes, que consistiu no teste de 12 minutos. O grupo foi dividido aleatoriamente, em quatro grupos de estudo, dos quais três realizaram o TIA nas freqüências semanais de três, dois e um dias e o outro compôs o grupo controle, que não realizou a atividade. Os resultados iniciais foram: 2805 m; 2810 m; 2830 m; e 2805 m respectivamente. O TIA foi executado durante seis semanas, com duas sobrecargas de volume executado de duas em duas semanas. Ao final foi realizado o pós-teste em condições semelhantes ao pré-teste, cujo resultado foi: 3010 m; 3060 m; 3027,5 m; e 2815 m. Foi observado que não houve diferença de efeito entre as freqüências de treinamento dos grupos de treinamento (A, B e C) e diferenças entre estes e o grupo D. Identificou-se diferença significativa entre pré e pós treinamento, entre todos os grupos de treinamento e o grupo D (grupo controle). Concluiu-se que a eficiente execução deste treinamento, para implemento da potência aeróbica, consiste numa freqüência semanal de pelo menos uma vez, para o período em questão.

Referências

- American College Of Sports Medicine (ACSM). American College of Sports Medicine Position Stand. The recommended quantity and quality of exercice for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility en healthy adults. Med Sci Sports Exerc; v. 30, n. 6, p. 916-20, 1998.

- Billat, V.L.; Slawinski, J.J.; Bocquet, V.G.; Demarle A.P.; Lafitte, L.P.; Chassaing, P.; Koralsztein, J.P. Intermittent runs at the velocity associated with maximal oxygen uptake enables subjects to remain at maximal oxygen uptake for a longer time than intense but submaximal runs. European Journal of Applied Physiology; v. 81, n. 3, p. 188-96, 2000.

- BRASIL. Estado-Maior do Exército. C 20-20 Manual de Treinamento Físico Militar. Brasília: EGGCF, 2002.

- BRASIL. Portaria ministerial nº 739 – Diretriz para o treinamento físico militar e a sua avaliação. Estado-Maior do Exército. Brasília: DF, 1997.

- BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 196 de 10 de outubro de 1996.

- Burger, S.C.; Bertram S.R.; Stewart R.I. Assessment of 2.4 km run as a predictor of aerobic capacity. S Afr Med J, v. 78, n. 6, p. 327-9, 1990.

- Cooper, K.H. Correlation between field and treadmill testing as a means of assessing maximal oxygen intake. JAMA, n. 203, p. 135-8, 1968.

- Cooper, K.H. O Programa Aeróbico para o Bem-Estar Total: exercícios, dietas e equilíbrio emocional. 4. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1982.

- Cureton, K.J.; Sloninger, M.A.; O’bannon, J.P.; Black, D.M.; Mccormack, W.P. A generalized equation for prediction of VO2 peak from 1-mile run/ walk performance. Med Sci Sports Exerc, v. 27, n. 3, p. 445-51, 1995.

- Demarle, A.P.; Slawinski, J.J.; Lafitte, L.P.; Bocquet, V.G.; Kolalsztein, J.P.; Billat, V.L. Decrease of O(2) deficit is a potential factor in increased time to exhaustion after specific endurance training. J Appl Physiol, v. 90, n. 3, p. 947-53, 2001.

- Dubik, J.M.; Fullerton, T.D. Soldier overloading in Grenada. Military Review, n. 67, p. 38-47. 1987.

- Estados Unidos. Headquarters, departament of the US Army. Physical fitness training. FM 21-20, 1992.

- Foss, M.L.; Keteyian, S.J. Fox – Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

- Knapik, J. The Army physical test (APFT): a review of the literature. Mil Med, v. 154, n. 6, p. 326-9, 1989.

- Knapik, J.; Daniels, W.; Murphy, M.; Fitzgerald, P.; Drews, F.; Vogel, J. Physiological factors in infantry operation. Eur J Appl Physiol, v. 60, n. 3, p.233-8, 1990.

- Macnaughton, L.; Croft, R.; Pennicott, J.; Long, T. The 5 and 15 minute runs predictors of aerobic capacity in high school students. J Sports Med Phys Fitness, v. 30, n. 1, p. 24-8, 1999.

- Mcardle, W.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

- Mccaig, R.H.; Gooderson, C.Y. Ergonomic and physiological aspects of military operations in a cold wet climate. Ergonomics. n. 29, p. 849-57, 1986.

- O’connor, J.S.; Bahrke, M.S.; Tetu, R.G. 1988 Active Army Physical Fitness Survey. Mil Med, v. 155, n. 12, p. 579-85, 1990.

- Weineck, J. Manual de treinamento esportivo. São Paulo: Manole, 1989.

Publicado
2011-12-11
Como Citar
Moraes, C. G., Rodrigues, L. C., Kroeff, M. B., & Navarro, F. (2011). A influência da frequência semanal do treinamento intervalado aeróbico, previsto no manual c20-20, sobre a potência aeróbica de militares recém incorporados ao exército brasileiro. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 2(8). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/78
Seção
Artigos Científicos - Original

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##