Efeito de um programa em circuito com pesos sobre parâmetros cardiovasculares e musculares no lupus eritematoso sistêmico - Um estudo de caso

  • Cristiane da Silva Gomes Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
  • Marcelo Gomes Jacintho dos Santos Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF
  • Reury Frank Pereira Bacurau Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. IBPEFEX - Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercí­cio
  • Francisco Navarro Programa de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. IBPEFEX - Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercí­cio
Palavras-chave: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Treinamento com pesos, Circuito, VO2 máximo

Resumo

As doenças inflamatórias crônicas debilitam os pacientes e dificultam a sua vida profissional e pessoal além de trazer um custo para o sistema de saúde, pois vai tornando o paciente incapaz. Objetivo: Determinar um protocolo de treinamento com pesos para portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Métodos: Foi realizado um estudo de caso com indivíduo feminino, 58 anos, com sintomas clássicos da doença, como Artrite Reumatóide, Fibromialgia e Hipertensão. Realizou-se um treinamento com pesos em forma de circuito no período de doze semanas sendo três vezes por semanas com intensidade moderada e com duração de 45 minutos. Resultados: Observamos uma melhora significativa na aluna com aumento no VO2 máximo em 62%, aumento de força de 333,33% no Supino Inclinado, 400% no Leg Press 45, 500% no Pulley, 300% na Flexora Unilateral e 150% no abdominal, em relação ao inicio do treino. Conclusão: O treinamento com pesos se mostrou eficiente, em aumentar a capacidade cardiovascular que estava debilitada, manter a massa muscular, contribuir para o aumento de força e diminuição a percepção de esforço.

Referências

- Acsm Position Stand. The Recommended quantity and Quality of Exercise for Developing and Maintaining Cardiorespiratory and Muscular Fitness and Flexibility in Healthy Adults. 1998.

- ACSM. Pesquisas do ACSM para a Fisiologia do Exercício Clínico – Afecções Musculoesqueléticas, Neuromusculares, Neoplasias, Imunológicas e Hematológicas. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2004.

- Balsamo, S.; Simão, R. Treinamento de Força para Osteoporose, Fibromialgia, Diabetes Tipo 2, Artrite Reumatóide e Envelhecimento. São Paulo. Phorte. 2005.

- Brady, T.J.; Kruger, J.; Helmick, C.G.; Callahan, L.F.; Boutaugh, M.L. Intervention Programs for Arthritis and Other Rheumatic Diseases. Health Educ. Behav. V. 30. n. 1. p. 44-63. Feb. 2003.

- Carvalho, M.R.P.; Salles, C.A.; Tebexreni, A.S.; Barros Neto, T.L.; Confessor, Y.Q.; Notour, J. Artrite Reumatóide: Treinamento Cardiovascular. Revista Brasileira de Reumatologia. V. 40. n. 2 Mar/Abr. 2000.

- Carvalho, M.R.P.; Tebexreni, A.S.; Barros Neto, T.L.; Sato, E.I. Consumo de Oxigênio e condicionamento Físico em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia. V. 43. n. 1 2003.

- Costa Rosa, L.F.P.B.; Vaisberg, M.W. Influências do Exercício na Resposta Imune. Revista brasileira de Medicina do Esporte. V. 8 n.4. Jul/Ago. 2002.

- Costallat, L.T.L.; Appenzelle, S.; Marini, R. Evolução e Fatores Prognóticos do Lúpus Eritematoso Sistêmico em Relação com Idade de Início. Rer. Bras.Reumato. V. 42 n. 2. 2002.

- Cotran, R.S.; Kumar, V.; Robbins, S.L. Pathologic Basis of Disease. 5ª edição. Philadelphia. Saunders Company. 1994.

- Forte, S.; Carlone, S.; Vaccaro, F.; Onorati, P.; Manfredi, F.; Serra, P,; Palange, P. Pulmonary Gaz Exchange and Exercise Capacity in Patients With Systemic Lupus Erythematosus. The Journal of Rheumatology. V. 26. p. 2591-2594. 1999.

- Garcia Júnior, J.R.; Pithon Curi, T.C.; Curi, R. Conseqüências do Exercício para o metabolismo da Glutamina e Função Imune. Revista Bras. Med. Esporte. V. 6. N. 3. 2000.

- Gleeson, M.; Nieman, D.C.; Pedersen, B.K. Exercise, Nutrition and Immune Function. J.of Sports Sciences, V.22. p. 115-125. 2004.

- Golding, D.N. Reumatologia em Medicina e Reabilitação. São Paulo. Atheneu. 1998.

- Guedes, D.P. Musculação: Estética e Saúde Feminina. São Paulo. Phorte. 2003.

- Kayser, C.; Andrade, L.E.C. Disfunção Tímica e suas Possíveis Implicações nas alterações Imunológicas do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Rer. Bras. Reuma. V. 43. n. 1. 2003.

- Lazzoli, J.K. Manual para Teste de Esforço e Prescrição de Exercício. 4ª edição. Rio de Janeiro. Revinter. 1996. 17- Marcinik,E.J.; Potts, J.; Schlaback, G.; Will, S.; Dawson, P.; Hurley, B.F. Effects of Strength Training on Lactate Threshold and endurance Performance. Journal of The American C. Sports Medicine. V. 23 n. 6. 1991.

- Martinez, A.C.; Alvarez-Mon, M. O sistema Imunológico I: Conceitos Gerais, Adaptação ao Exercício Físico e Implicações Clínicas. Rev. Bras. Méd. Esporte. V. 5. n. 3. maio/jun.1999.

- Martinez, A.C.; Alvarez-Mon, M.O sistema Imunológico II: Importância dos Imunomoduladores na recuperação do desportista. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. V. 5. n. 4. jul/ ago.1999.

- MacArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan.1998.

- Nery, F.G.; Borba, E.F.; Lotufo Neto, F. Influência do Estresse psicossocial no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Rer. Bras. Reumatologia. V. 44. n. 5. p. 355-361. 2004.

- Nieman, D.C. Exercício e Saúde: Como se Prevenir de Doenças Usando o Exercício Como Seu Medicamento. Manole. 1999.

- Rocha, M.C.B.T.; Teixeira, S.S.; Bueno, C.; Vendramini, M.B.G.; Martinelli, R.P.; Santiago, M.B. Perfil Demográfico, Clínico e laboratorial de 100 pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico no Estado da Bahia. Revista Bras. Reumatologia. V. 40. N. 5. 2000.

- Rogero, M.M.; Tirapegui, J. Aspectos Atuais sobre Glutamina, Atividade Física e Sistema Imune. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. V. 36. n 2. Jul/Dez. 2000.

- Sakauchi, M.; Matsumura, T.; Yamaoka, T.; Koami, T.; Shibata, M.; Nakamura, M.; e colaboradores. Reduced Muscle Uptake Of Oxygen During Exercise in Patients With Systemic Lupus Erythematosus. The journal of Rheumatology, V. 22. n. 8. 1995.

- Sato, E.I.; Bonfá, E.D.; Castallat, L.T. L.; Silva, N.A.; Brenol, J.C.T.; Santiago, M.B.; Szajubok, J.C.M.; Rachid Filho, A.; Barros, R.T.; Vasconcelos, M. Consenso brasileiro para Tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Revista Brasileira de Reumatologia. V. 42. n. 6. Nov/Dez. 2002.

- Simão, R. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para Grupos Especiais. São Paulo. Phorte. 2004.

- Tech, C.M.; Mccarthy, J.; Mccurdie, I.; White; D’cruz. Fatigue in Systemic Lupus Erythematosus: A Randomized Controlled Trial of Exercise. Rheumatology V.42. p. 1050-1054. 2003.

- Tedesco, J.; Amato Neto, V. Aspectos Imunológicos da Atividade Física. Revista Bras. Medicina do Esporte. V. 2. n. 3. 1996.

- Tench, C.M.; Mccudie, I.; White; D’ cruz. The Prevalence and Associations of Fadigue in Systemic Lupus Erythematosus. Rheumatology V. 39. p. 1249-1254. 2000.

- Van Santen, M.; Bolwijn, P.; Verstappen, F.; Bakker, C.; Hidding, A.; Houben, e colaboradores Randomized Clinical Trial Comparing Fitness and Biofeedback Training Versus Basic Treatment in Patients With Fibromyalgia. The journal of Rheumatology. V. 29:3. 2002.

- Wilmore, JH.; Costill, DL. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2ª edição. São Paulo. Manole. 2001.

- Yoshinari, NH.; Bonfá, ESD. Reumatologia para o Clínico. São Paulo. Roca. 2000.

Publicado
2007-02-04
Como Citar
Gomes, C. da S., Santos, M. G. J. dos, Bacurau, R. F. P., & Navarro, F. (2007). Efeito de um programa em circuito com pesos sobre parâmetros cardiovasculares e musculares no lupus eritematoso sistêmico - Um estudo de caso. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 1(1). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/8
Seção
Artigos Científicos - Original