Em escolares o Índice de Massa Corporal anula a diferença na capacidade fí­sica velocidade, independentemente da idade ou gênero

  • Elias de França -Laboratory of Human Movement, Department of Physical Education, São Judas Tadeu University, São Paulo, SP, Brazil - Laboratory of Exercise and Movement Sciences, Mackenzie Presbiterian University, São Paulo, SP, Brazil - Master Degree student in School Physical Education at Coimbra University-Master Degree student in Physical Education at São Judas Tadeu University
  • Érico Chagas Caperuto Laboratory of Human Movement, Department of Physical Education, São Judas Tadeu University, São Paulo, SP, Brazil. Laboratory of Exercise and Movement Sciences, Mackenzie Presbiterian University, 546, Taquari St, Moóca, 03166-000, São Paulo, SP, Brazil
  • Vinicius Barroso Hirota Universidade Presbiteriana Mackenzie
Palavras-chave: Índice de massa corporal, Teste de velocidade, Obesidade, Crianças

Resumo

O objetivo da pesquisa foi verificara influência do IMC em teste de velocidade em escolares. Por meio de uma Pesquisa Descritiva foram avaliadas quatro turmas (T1, T2, T3, T4), num total de 116 crianças, 62 do sexo masculino (M) e 54 do sexo feminino (F) com idade entre 7 e 9 anos,estudantes do terceiro ano do ensino fundamental de uma escola publica do Município de São Caetano do Sul-SP. Separadamente por turmas, não encontramos nenhuma diferença significativa (p <0,05) na idade, IMC, altura, peso e velocidade entre as turmas, comexceção entre as turmas T3 e T2, para a variável velocidade. Ao considerar o gênero, os meninos foram mais velozes que as meninas, porém este não foi o fator que acarretou o T3 ser mais veloz que o T2, sendo que a divisão entre meninos e meninas estava equivalente, ao considerar as turmas. No entanto, ao observar sobre a ótica do percentil de índice de massa corporal observamos que os alunos que estavam dentro da estratificação de sobrepeso e obesidade obtiveram o menor desempenho no teste de velocidade, independentemente do gênero ou idade. Isso parece ter sido determinante no melhor desempenho da T3, haja vista que esta não possuía nenhum escolar dentro da estratificação de sobrepeso. Estes dados inferem forte relação entre a composição corporal, determinada pelo IMC e a capacidade física velocidade em crianças do ensino básico.

Biografia do Autor

Elias de França, -Laboratory of Human Movement, Department of Physical Education, São Judas Tadeu University, São Paulo, SP, Brazil - Laboratory of Exercise and Movement Sciences, Mackenzie Presbiterian University, São Paulo, SP, Brazil - Master Degree student in School Physical Education at Coimbra University-Master Degree student in Physical Education at São Judas Tadeu University

É formado em Educação Fí­sica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM); mestrando em Atividade Fí­sica e Saúde Pública pela Universidade de Coimbra (UC); mestrando em Educação Fí­sica pela Universidade São Judas Tadeu; e atuante como pesquisador no Grupo de Estudo em Biodinâmica Experimental e Aplicada (GEBEA) e Treinamento Desportivo Estudo e Pesquisa (TEDEPE) da UPM. Atualmente envolvido com projetos de pesquisas relacionado à suplementação esportiva (creatina; cafeí­na; Beta-Alanina; e Bicarbonato de Sódio) e efeito sinergista, na saúde, de suplementos (Beta-Alanina; BCAAs) e atividade fí­sica.

Érico Chagas Caperuto, Laboratory of Human Movement, Department of Physical Education, São Judas Tadeu University, São Paulo, SP, Brazil. Laboratory of Exercise and Movement Sciences, Mackenzie Presbiterian University, 546, Taquari St, Moóca, 03166-000, São Paulo, SP, Brazil

Possui graduação em Bacharelado em Educação Fí­sica pela USP , mestrado em Ciências (Fisiologia Humana) pela USP e doutorado em Biologia Celular e Molecular pela USP. Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos cursos de Educação Fí­sica e Fisioterapia, Professor da Universidade São Judas Tadeu nos cursos de Pós Graduação e Graduação em Educação Fí­sica e no curso de Pós Graduação em Ciências do Envelhecimento. Diretor técnico do Instituto de Ciência em Nutrição e Performance. Consultor na área de Suplementos Alimentares.

Vinicius Barroso Hirota, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Possui graduação em Educação Fí­sica (Licenciatura Plena) pela Faculdade de Educação Fí­sica de Santo André (2000), graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (2001), especialização em educação motora e psicopedagogia e mestrado em Educação Fí­sica pela Universidade Metodista de Piracicaba (2006). Atualmente é doutorando em Disturbios do Desenvolvimento e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie - Curso de Educação Fí­sica e Faculdade Nossa Cidade - Curso de Educação Fí­sica, e Membro Pesquisador da Academia Paralí­mpica Brasileira. Tem experiência na área de Educação Fí­sica, com ênfase em desenvolvimento humano, desenvolvimento motor; psicologia do esporte e Futebol. 

Referências

-Almeida, S. D. S.; Nascimento, P. C. B.; Quaioti, T. C. B. Quantidade e qualidade de produtos alimentícios anunciados na televisão brasileira. Revista de Saúde Pública. Vol. 36. Núm. 3. p. 353-355. 2002.

-Betti, M.; Zuliani, L. R. Educação Física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Vol. 1. Núm. 1. 2009.

-Calvete, S. A. A relação entre alteração postural e lesões esportivas em crianças e adolescentes obesos. Motriz. Vol. 10. Núm. 2. p. 67-72. 2004.

-Corrêa, S. C.; Dos Santos Freire, E. Biomecânica e educação física escolar: possibilidades de aproximação. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Vol. 3. Núm. 3. 2009.

-DeFrança, E.; Caperuto, É.C.; Hirota, V. B. Testes indiretos de VO2máximo devem ser escolhidos de acordo com o gênero, variáveis antropométricas e capacidade aeróbica presumida. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 8. Núm. 49. p. 712-721. 2014.

-Edmunds, J.; Ntoumanis, N.; Duda, J. L. Helping your clients and patients take ownership over their exercise: Fostering exercise adoption, adherence, and associated well-being. ACSM's Health & Fitness Journal. Vol. 13. Núm. 3. p. 20-25. 2009.

-Estatística, I. B. D. G. E.; Estatística, I. B. D. G. E. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: Um panorama da saúde no Brasil. Acesso e utilização de serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro. 2010.

-Faloppa, F.; Belloti, J. C. Tratamento clínico da osteoartrose: evidências atuais. Rev. bras. ortop. Vol. 41. Núm. 3. p. 47-53. 2006.

-Farrell, S. W.; e colaboradores. The Relation of Body Mass Index, Cardiorespiratory Fitness, and All‐Cause Mortality in Women. Obesity Research. Vol. 10. Núm. 6. p. 417-423. 2002.

-Farrell, S. W.; Finley, C. E.; Grundy, S. M. Cardiorespiratory fitness, LDL cholesterol, and CHD mortality in men. Med Sci Sports Exerc. Vol. 44. Núm. 11. p. 2132-7. 2012.

-Giugliano, R.; Melo, A. L. Diagnóstico de sobrepeso e obesidade em escolares: utilização do índice de massa corporal segundo padrão internacional. J Pediatr. Vol. 80. Núm. 2. p. 129-34. 2004.

-Guedes, D. P.; Barbanti, V. J. Desempenho motor em crianças e adolescentes. Rev Paul Educ Fis. Vol. 9. Núm. 1. 1995.

-Levy-Costa, R. B.; e colaboradores. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e evolução (1974-2003). Rev Saúde Pública. Vol. 39. Núm. 4. p. 530-40. 2005.

-Massa, M. Seleção de Talentos: Efeito da Idade Relativa. Palestras, U. P. M. X. C. A. D. 2014.

-Massa, M.; e colaboradores. The relative age effect in soccer: a case study of the São Paulo Football Club. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Vol. 16. Núm. 4. p. 399-405. 2014.

-Mondini, L.; Monteiro, C. A. Relevância epidemiológica da desnutrição e da obesidade em distintas classes sociais: métodos de estudo e aplicação à população brasileira. Rev Bras Epidemiol. Vol. 1. Núm. 1. p. 28-39. 1998.

-Onis, M. D.; e colaboradores. Development of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bulletin of the World health Organization. Vol. 85. Núm. 9. p. 660-667. 2007.

-Pacharoni, R.; e colaboradores. Efeito da idade relativa no Tênis. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 22. Núm. 3. p. 111-117. 2014.

-POF-2008/2009, P. D. O. F. Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. SAÚDE, M. D. Rio de Janeiro. 2010.

-Salvy, S.-J.; colaboradores. Influence of peers and friends on overweight/obese youths’ physicalactivity. Exercise and sport sciences reviews. Vol. 40. Núm. 3. p. 127-132. 2012.

-Silva, M. N.; Themudo Barata, J. L.; Teixiera, P. J. Exercício físico na diabetes: missão impossível ou uma questão de motivação? Revista Portuguesa de Cardiologia. Vol. 32. p. 35-43. 2013.

-Thomas, J. R.; Nelson, J. K.; Silverman, S. J. Métodos de pesquisa em atividade física. Artmed. 2012.

-Trost, S.G.; e colaboradores. Correlates of adults' participation in physical activity: review and update. Medicine& Science in Sports & Exercise. 2002.

-Van Gaal, L. F.; Mertens, I. L.; Christophe, E. Mechanisms linking obesity with cardiovascular disease. Nature. Vol. 444. Núm. 7121. p. 875-880. 2006.

-Verardi, C. E. L.; e colaboradores. Análise da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor em crianças e adolescentes da cidade de Carneirinho-MG. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Vol. 6. Núm. 3. 2009.

Publicado
2016-03-29
Como Citar
de França, E., Caperuto, Érico C., & Hirota, V. B. (2016). Em escolares o Índice de Massa Corporal anula a diferença na capacidade fí­sica velocidade, independentemente da idade ou gênero. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 9(55), 506-514. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/868
Seção
Artigos Científicos - Original