Reprodutibilidade e responsividade do toque estimado dos extensores de joelho para diferentes valências de força com dinamômetro de tração

  • Joana Anair Eckert Laboratório de Reabilitação Fisioterapêutica com Ênfase em Biodinâmica Integrativa (ReFEBI), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel-PR, Brasil.
  • Fernanda Serighelli La Trobe University, La Trobe Sport and Exercise Medicine Research Centre, Melbourne, Victoria, Australia; Laboratório de Reabilitação Fisioterapêutica com Ênfase em Biodinâmica Integrativa (ReFEBI), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel-PR, Brasil.
  • Bruna Lehmkuhl Pocai Laboratório de Reabilitação Fisioterapêutica com Ênfase em Biodinâmica Integrativa (ReFEBI), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel-PR, Brasil.
  • Dennis Damian Vieira Laboratório de Reabilitação Fisioterapêutica com Ênfase em Biodinâmica Integrativa (ReFEBI), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel-PR, Brasil.
  • Giovana Aita Reginato Laboratório de Reabilitação Fisioterapêutica com Ênfase em Biodinâmica Integrativa (ReFEBI), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel-PR, Brasil.
  • Alberito Rodrigo Carvalho Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde e Laboratório de Reabilitação Fisioterapêutica com Ênfase em Biodinâmica Integrativa (ReFEBI), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel-PR, Brasil.

Resumen

Introdução: Embora medidas de força muscular façam parte da avaliação de pacientes e praticantes de exercício físico, há carência de informações de reprodutibilidade e responsividade dessas medidas obtidas pelo dinamômetro de tração E-lastic. Objetivo: Verificar a reprodutibilidade e responsividade de estimativas de torque extensor de joelho para as valências de força isométrica máxima e resistência de força pelo dinamômetro E-lastic. Métodos: Estudo observacional transversal com 64 voluntários fisicamente inativos, entre 18 e 35 anos, de ambos os sexos. Os voluntários foram avaliados pela abordagem teste-reteste, com intervalo de 72 a 120 h. A força isométrica máxima foi mensurada em oito ângulos de extensão do joelho (40°, 45°, 50°, 60°, 70°, 80°, 90° e 100°). A resistência de força foi quantificada por um protocolo de repetições de extensão/flexão de joelho contra uma resistência elástica. As forças registradas em ambos os testes foram convertidas para torque multiplicando-as pelo braço de alavanca medido previamente. Calculou-se as reprodutibilidades relativa e absoluta, respectivamente, pelo coeficiente de correlação intraclasse e pelo erro padrão de medida. A responsividade foi medida pela mínima mudança detectável. Resultados: Os torques tiveram coeficiente de correlação intraclasse variando entre moderada e boa; o erro padrão de medida grande variabilidade (17 e 30% em torno da média); e a mínima mudança detectável sugere que para haver mudanças reais nos torques, aumentos médios de 50 a 85% em relação às medidas basais são necessárias. Conclusões: As estimativas de torque pelo E-lastic apresentam reprodutibilidade relativa de moderada à boa, mas pobre reprodutibilidade absoluta e responsividade.

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Publicado
2024-12-12
Cómo citar
Eckert, J. A., Serighelli, F., Pocai, B. L., Vieira, D. D., Reginato, G. A., & Carvalho, A. R. (2024). Reprodutibilidade e responsividade do toque estimado dos extensores de joelho para diferentes valências de força com dinamômetro de tração. Revista Brasileña De Prescripción Y Fisiología Del Ejercicio, 18(117), 414-424. Recuperado a partir de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2910
Sección
Artículos Científicos - Originales