Capacidade funcional, ní­vel de atividade fí­sica e risco de quedas de idosas participantes de um centro de convivência no interior da Paraíba

  • Polion da Costa Sobrinho Faculdades Integradas de Patos (FIP), Patos, Paraí­ba
  • Geovani Garcia de Souza Faculdades Integradas de Patos (FIP), Patos, Paraí­ba
  • José Onaldo Ribeiro de Macedo Faculdades Integradas de Patos (FIP), Patos, Paraí­ba
  • Rodrigo Ramalho Aniceto Faculdades Integradas de Patos (FIP), Patos, Paraí­ba
  • Leonardo dos Santos Oliveira Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR, Brasil.
Palavras-chave: Serviços de saúde para idosos, Equilíbrio postural, Atividade física, Geriatria

Resumo

Os centros de convivência têm promovido bem-estar e saúde, por meio do desenvolvimento de atividades fí­sicas, culturais, educacionais e recreativas, contudo, pouco se sabe sobre o potencial que estas atividades promovem nos domí­nios biopsicossociais dos usuários, especialmente na região nordeste. O objetivo foi analisar o ní­vel de atividade fí­sica (NAF), função cognitiva, capacidade funcional e risco de quedas de idosas participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Ví­nculos (SCFV) na cidade de Emas-PB. Em um estudo ex post facto, idosas [n=6; idade: 69 (7) anos; IMC: 29,8 (6,4) kg/m2] foram submetidas a uma anamnese e a medidas antropométricas (massa corporal e estatura), do NAF (IPAQ), da função cognitiva (Mini Exame do Estado Mental) e da capacidade funcional (Escala de Equilí­brio de Berg, Teste de Alcance Funcional e Timed Up & Go). Utilizou-se o coeficiente Rho de Spearman (ρ) para verificar o relacionamento entre as variáveis (P ≤ 0,05). Os resultados demonstraram baixo risco de quedas para a maioria das idosas, embora quatro idosas tenham reportado queda nos últimos 12 meses. Além disso, verificou-se que quanto maior o tempo gasto em atividades fí­sicas, menor o número de quedas (ρ = - 0,83; p = 0,04). A idade influenciou o equilí­brio estático e dinâmico (p < 0,05) e o estado mental apresentou elevado relacionamento com o alcance funcional (ρ = 0,93; p = 0,01). Uma vez que as idosas frequentaram regularmente as atividades no SCFV há um ano, a participação neste centro de convivência parece trazer benefí­cios à saúde geral.

Biografia do Autor

Leonardo dos Santos Oliveira, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR, Brasil.

Graduado em Educação Fí­sica (UFPB), mestre em Educação Fí­sica (UPE) e doutorando em Educação Fí­sica (UEL).

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Publicado
2017-09-01
Como Citar
Sobrinho, P. da C., de Souza, G. G., Macedo, J. O. R. de, Aniceto, R. R., & Oliveira, L. dos S. (2017). Capacidade funcional, ní­vel de atividade fí­sica e risco de quedas de idosas participantes de um centro de convivência no interior da Paraíba. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(68), 588-595. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1207
Seção
Artigos Científicos - Original