Acurácia da escala de Borg para nadadores não-atletas
Resumo
A prática de natação melhora a aptidão cardiovascular desde que as variáveis agudas do exercício, como a intensidade, estão sob controle. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a frequência cardíaca (FC) e a percepção subjetiva de esforço (PSE) em nadadores não-atletas e testar diferenças significativas entre os sexos. Participaram 13 homens e 11 mulheres (30,04 ± 3,95) que realizaram 5x50 metros livres progressivamente, a 70%, 77%, 84%, 93% e 100% da sua velocidade máxima. Foram coletados a velocidade (V), FC e PSE no fim de cada série. Para análise dos dados foi utilizada a correlação de Pearson entre: FC e PSE, V e FC e V e PSE e teste t de Student para comparar as médias de V, FC e PSE entre os sexos (α < 0,05). Foram obtidas correlações significativas entre FC e PSE (r=0,67) e V e PSE (r=0,61). A correlação entre as variáveis V e FC foi baixa (r=0,42). Houve diferença significativa entre os sexos na V em todas as intensidades (70% p=0,0006; 77% p=0,0003; 84% p= 0,0002; 93% p=0,0005 e 100% p=0,0006 respectivamente) e na PSE a 70% e 84% (p=0,047 e p=0,040 respectivamente) (p<0,05). Os resultados indicaram que a EPE de Borg (6 -20) é um instrumento de medida acurado para o controle de intensidade do treinamento em nadadores não atletas.
Referências
-American College of Sports Medicine. Position Stand on the recommended quantity and quality of exercising for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotora fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 43. Num. 7. 2011. p. 1334-1359.
-Alberton, C. L.; Antunes, A. H; Pinto, S. S; Tartaruga, M. P; Silva, E. M.; Cadore, E. L.; Kruel, L. F. M. Correlation between rating of perceived exertion and physiological variables during the execution of stationary running in water at different cadences. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 25. Num. 1. 2011. p. 155-162.
-Alberton, C. L.; Kruel, L. F. M. Influência da imersão nas respostas cardiorrespiratórias em repouso. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 15. Num. 3. 2009. p. 228-232.
-Borg, G. V. Borg’s perceived exertion and pain scales.Champaign. IL: Human Kinetics,. 1998.
-Borg, G. Escalas de Borg para a dor e o esforço percebido. São Paulo. Manole. 2000.
-Caputo, F.; Oliveira, M. F. M.; Denadai, B. S.; Greco, C. C. Fatores intrínsecos do custo energético da locomoção durante a natação. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Núm. 6. 2006. p. 399-404.
-Graef, I. F; Kruel, L.F. M. Frequência cardíaca e percepção subjetiva do esforço no meio aquático: diferenças em relação ao meio terrestre e aplicações na prescrição do exercício: uma revisão. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Num. 4. 2006. p. 221-228.
-Koltin, K. F.; O’connor, P. J.; Morgan, W. P. Perception of effort in female and male competitive swimmers. International Journal Sports Medicine. Vol. 12. Num. 4. 1991. p. 427-429.
-Kurokawa, T.; Ueda, T. Validity of ratings of perceived exertion as an index of exercise intensity in swimming training. The Annals Physiolgical Anthropology. Vol. 11. Num. 3. 1992. p. 277-288.
-Lima, M. C. S.; Junior, P. B.; Gobatto, C. A.; Junior, J. R. G.; Ribeiro, L. F. P. Proposta de teste incremental baseado na percepção subjetiva de esforço para determinação de limiares metabólicos e parâmetros mecânicos do nado livre. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Num. 5. 2006. p. 268-274.
-Linnarsson, D. Dynamics of pulmonar gas Exchange and heart rate changes atstart and end of exercise. Acta Physiology Scandinavian. Vol. 415. Suplemmentum. 1974. p. 1-68.
-Maglisho, E. W. Nadando o mais rápido possível. São Paulo: Ed. Manole, 2010.
-Moraes, E.Z.C.; Kruel, L.F.M.; Sampedro, R.M.F.; Lopes, L.F.D. Metodologia de medida de esforço para exercícios de hidroginástica em diferentes profundidades de água. Revista Kinesis. Num. 27. 2002. p. 43-64.
-Müller, F. G.; Santos, E.; Tartaruga, L. P.; Lima, W. C.; Kruel,L. F. M. Comportamento da frequência cardíaca em indivíduos imersos em diferentes temperaturas de água. Revista Mineira de Educação Física. Vol. 9. Núm. 1. p. 7-23. 2001.
-Nakamura, F. Y.; Gancedo, M. R.; Silva, L. A.; Lima, J. R. P.; Kokubun, E. Utilização do esforço percebido na determinação da velocidade crítica em corrida aquática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 11. Num. 1. 2005. p. 1-5.
-Psycharakis, S. G. A longitudinal analysis on the validity and reliability of ratingsof perceived exertion for elite swimmers. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 25. Num. 2. 2011. p. 420-426.
-Shephard, R. J. PAR-Q, Canadian home fitness test and exercise screening alternatives. Sports Medicine. Vol. 5. Num 3. 1988. p. 185-195.
-Ueda, T.; Kurokawa, T. Relationships between perceived exertion and physiological variables during swimming. International Journal Sports Medicine. Vol. 16. Num. 6. 1995. p. 385-389.
-Wallace, L. K.; Slaterry, K. M.; Coutts, A. J. The ecological validity and application of the session-RPE method for quantifying training loads in swimming. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 23. Num. 1. 2009. p. 33-38.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).