Perfil morfofisiológico de atletas de esgrima após 12 semanas de treinamento
Resumo
O presente estudo teve por objetivo determinar o perfil morfofisiológico de mulheres esgrimistas, após 12 semanas de treinamento periodizado. A amostra foi constituída por quatro atletas de Esgrima do sexo feminino com idade média de 25,4 anos, com treinos cinco vezes por semana com duração de três horas por dia. As atletas passaram por duas avaliações antropométricas, uma pré e outra pós-treinamento de 12 semanas. Tais avaliações constaram das seguintes mensurações: massa corporal total, estatura, envergadura, percentual de gordura, testes biomotores de resistência muscular localizada, flexão de braço e abdominal em um minuto. Os dados foram tabulados e avaliados estatisticamente por meio da mediana, primeiro e terceiro quartil, amplitude (mínimo e máximo) desvio interquartilílico e coeficiente de variação (CV). A diferença estatística foi estabelecida pelo teste não paramétrico Mann - Whitney (p<0,05), calculada no software BioStat 5.0, ano 2007. A massa corporal total apresentou um aumento de 3,7% da primeira para a segunda avaliação, devido ao aumento da massa magra 7,3%, diminuição da massa gorda 4,9% e do percentual de gordura 9,5%. As dobras cutâneas que mais tiveram alterações em sua espessura foram as dobras peitoral 42,9% e axilar média 20,5%. Os testes biomotores, de flexão de braço e de abdominal em um minuto, apresentaram um acréscimo na força muscular esquelética de 29,9% e 13,4% respectivamente. Sendo assim, os dados encontrados, sugerem uma melhora da performance das atletas após doze semanas de treinamento periodizado.
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