Análise longitudinal do dimorfismo sexual no crescimento somático de crianças e jovens escolares

  • Daniel Carlos Garlipp Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio (LAPEX). Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR)
  • Thiago Lorenzi Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio (LAPEX). Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR)
  • Gabriel Bergmann Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio (LAPEX). Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR)
  • Eraldo Pinheiro Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio (LAPEX). Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR)
  • Rafael Abeche Generosi Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio (LAPEX). Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR)
  • Adroaldo Gaya Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio (LAPEX). Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR)
Palavras-chave: Crescimento, Dimorfismo sexual, Puberdade

Resumo

O estudo do desenvolvimento do crescimento somático ao longo da ontogênese dos indivíduos é importante porque oferece aos profissionais da área da saúde, instrumentos através dos quais possam fundamentar as suas ações. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar o dimorfismo sexual no crescimento somático, nos dois gêneros, em diferentes coortes de idades. A amostra constou de 212 sujeitos, sendo 98 do gênero masculino e 114 do gênero feminino, divididos em 4 coortes: Coorte 1 - sete a onze anos, Coorte 2 - oito a doze anos, Coorte 3 - nove a treze anos, Coorte 4 - dez a quatorze anos de idade. Os dados foram coletados na cidade de Parobé, Rio Grande do Sul, Brasil nos anos de 1999, 2001 e 2003. Na análise descritiva foram utilizados a média e o desvio-padrão. Na análise inferencial foram utilizados os seguintes modelos: (a) Análise de Variância Univariada (ANOVA) e (b) Análise de Medidas Repetidas para três médias. O nível de significância adotado foi de 5%. Para tanto se utilizou o software SPSS for windows. Como nos principais resultados, quanto ao dimorfismo sexual, não foi possível traçar um padrão de diferenciação entre os gêneros em nenhuma das variáveis analisadas, tendo em vista a enorme complexidade com que se apresentaram as diferenças ao longo das quatro coortes. O tempo exerce influência significativa na mudança das médias, ao longo das idades, nas quatro coortes.

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Publicado
2011-12-28
Como Citar
Garlipp, D. C., Lorenzi, T., Bergmann, G., Pinheiro, E., Generosi, R. A., & Gaya, A. (2011). Análise longitudinal do dimorfismo sexual no crescimento somático de crianças e jovens escolares. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 3(16). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/178
Seção
Artigos Científicos - Original