A prática de atividade física e o desempenho na aptidão física e saúde de discentes do curso noturno de Educação Física de uma Instituição privada de uma cidade de Minas Gerais
Resumo
O presente estudo teve como objetivo verificar o nível de atividade física e seu reflexo na aptidão física relacionada à saúde dos discentes do curso noturno de Educação Física de uma instituição privada de uma cidade de Minas Gerais. A amostra foi composta por 54 discentes (19 homens e 35 mulheres), voluntários e regularmente matriculados na instituição, caracterizando-se por indivíduos comidade de 26,20 anos (DP=8,35), estatura de 167,46cm (DP=8,49) e peso de 63,45kg (DP=12,06). Para avaliação do nível de atividade física, foi utilizado o questionário internacional de atividades físicas (IPAQ). Como determinante da aptidão física relacionada à saúde, usou-se a média dos resultados individuais obtidos nos testes de percentual de gordura (7 dobras de Pollock), flexibilidade (banco de Wells), força muscular (dinamometria manual), resistência muscular localizada (teste de abdominal –1 minuto) e capacidade aeróbica (corrida de 12 minutos). A análise dos dados evidenciou os seguintes resultados: houve uma predominância de indivíduos categorizados como muito ativos e ativos (85,2%), em relação aos irregularmente ativos (14,8%). Já no tocante à aptidão física relacionada à saúde, ao analisar cada um dos componentes os resultados indicam que: 57,4% (n=31) dos acadêmicos apresentam um percentual de gordura adequado a saúde, cerca de 51,9% (n=28) apresentaram níveis de flexibilidade de tronco satisfatórios, 48,1%(n=26) apresentam bons níveis de força, 81,5% (n=44) possuem elevados níveis de resistência muscular localizada e 55,6% (n=30) se enquadram em uma faixa de aptidão cardiorrespiratória benéfica a saúde. Com isso, pode-se concluir que mais da metade dos discentes estão com níveis bons de atividade física, resultado também encontrado quanto à aptidão física relacionada à saúde, na qual a maioria dos acadêmicos se encontra com altos níveis, com exceção da força. Analisando percentualmente apesar de ambos os dados apresentarem em sua maioria altas porcentagens, quando analisados, através dos testes de correlação de Pearson, Kendall ́s e Spearman, constata-se que não há relação significativa entre o nível de atividade física e os componentes da aptidão física relacionada à saúde.
Referências
-Achour Júnior, A. Bases para exercícios de alongamento: relacionado com a saúde e no desempenho atlético. 2ª edição. Phorte. 1999.
-Añez, C.R.R. Sistema de avaliação para a promoção e gestão do estilo de vida saudável e da aptidão física relacionada à saúde de policiais militares. Tese de doutorado em Engenharia de Produção. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Cantarina. Florianópolis. 2003.
-Araújo, D.S.M.; Araújo, C.G.S. de. Autopercepção corporal de variáveis da aptidão física relacionada à saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 8. Núm. 2. p. 37-49. 2002.
-Amui, A.A.; Campos, R.S.; Bernardes, M. M.; Caetano F.G.; Carolino, V.S.; Magalhães, A.C.; Oliveira, G.G.O.; Silva, F.C.; Sousa, G.P.; Santos, O.R.R. Adesão dos universitários aos diversos níveis de atividade física. Estudos. Goiânia. Vol. 33. Núm. 7/8. p. 615-633. 2006.
-Cardoso, J.; Azevedo, N.C.T.; Cassano, C.S.; Kawano, M.M.; Âmbar, G. Confiabilidade intra e interobservador da análise cinemática angular do quadril durante o teste sentar e alcançar para mensurar o comprimento dos isquiotibiais em estudantes universitários. Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 11. Núm. 2. p. 133-138. 2007.
-Conte, M.; Gonçalves, A.; Chalita, L.V.A.; Ramalho, L.C.B. Nível de atividade física como estimador da aptidão física de estudantes universitários: explorando a adoção de questionário através de modelagem linear. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 14. Núm. 4. p. 332-336. 2008.
-Cooper, K.H. A menos of assessing maximal oxygen intake. JAMA. Núm. 203. 1968.
-Dwyer, G.B; Davis, S. Manual do ACSM (American College of Sports Medicine) para avaliação da aptidão física relacionada a saúde. Guanabara Koogan. 2006.
-Fontes, A.C.D.; Vianna, R.P.T. Prevalência e fatores associados ao baixo nível de atividade física entre estudantes universitários de uma universidade pública da região Nordeste-Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 20. Núm. 1. p. 20-29. 2009.
-Glaner, M.F. Concordância de questionários de atividade física com a aptidão cardiorrespiratória. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 9. Núm. 1. p. 61-66. 2007.
-Glaner, M.F. Importância da aptidão física relacionada à saúde. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 5. Núm. 2. p. 75-85. 2003.
-Glaner, M.F. Nível de atividade física e aptidão física relacionada à saúde em rapazes rurais e urbanos. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo. Vol. 16. Núm.1. p. 76-85. 2002.
-Glaner, M.F.; Neto, C.S.P.; Zinn, J.L. Diagnóstico da aptidão física relacionada a saúde de universitários. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol. 3. Núm. 4. p. 35-41. 1998.
-Gomes, V.B.; Siqueira, K.S.; Sichieri, R. Atividade física em uma amostra probabilística da população do Município do Rio de Janeiro. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro. Vol. 17. Núm. 4.p. 969-976. 2001.
-Guedes, D. P.; Guedes J. E. R. P.; Barbosa, D. S.; Oliveira J. A. Níveis de prática de atividade física habitual em adolescentes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2001.
-Haskell, W.L.; e colaboradores. Physical Activity and Public Health: Updated Recommendation for Adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Medicine & Science In Sports & Exercise. Vol. 39. Núm. 8. p. 1423-1434. 2007.
-Matias, W.B. Nível de atividade física e composição corporal referenciadano IMC de universitários da UESB, Jequié-BA. Revista Digital -Buenos Aires. Ano13. Núm. 124. 2008.
-Jackson A.S.; Pollock ML.; Ward A. Generalized equations for predicting body density of women. Med Sci Sports Exerc. Vol. 12. p. 175-182. 1980.
-Matsudo, S.M.; Matsudo, V.R.; Araújo, T.; Andrade, D.; Andrade, E.; Oliveria, L.; Braggion, G. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira Ciência e Movimento. Brasília. Vol. 10. Núm. 4. p. 41-50. 2002.
-Matsuo T.; Saotome K.; Seino S.; Shimojo N.; Matsushida A.; Iemitsu M.; Ohshima H.; Tanaka K.; Mukai, C. Effects of a low-volume aerobic-type interval exercise on VO2max and cardiac mass. Med Sci Sports Exerc. Vol. 46. Núm. 1. p. 42-50. 2014.
-Ministério da Saúde. Programa nacional de promoção da atividade física “Agita Brasil”: atividade física e sua contribuição para a qualidade de vida. Revista de Saúde Pública. Vol. 36. Núm. 2. p. 254-256. 2002.
-Pollock, M.L.; Wilmore, J.H. Exercícios na Saúde e na Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. MEDSI. p. 233-362. 1993.
-Rocha, C.R.G.S.; Freitas, C. R.; Comerlato, M. Relação entre nível de atividade física e desempenho no teste de avaliação física de militares. Rev. de Educação Física. 2008.
-Wells,K. F.; Dillon, E. K. The sit and reach: a test of back and leg flexibility. Exercise and Sport Sciences Reviews. 1952.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).