Impacto da farmacoterapia para incontinência urinária no aumento da temperatura corporal em paratletas: relato de caso
Resumo
A pesquisa objetivou o relato de caso do impacto da farmacoterapia para incontinência urinária no aumento da temperatura corporal em paratleta. Foi realizada entrevista com o paciente e registro das medidas de temperatura corporal (axilar), batimentos cardíacos (pulso carotídeo) e pressão arterialsistêmica antes, durante e imediatamente após a prática da atividade física, a saber, musculação. O estudo está em conformidade com a Resolução n° 499/12 do CNS/MS. Os resultados demonstram a elevação da temperatura corporal durante prática esportiva. Ao final do treino se observou aumento de mais de 3ºC; aumento dos batimentos cardíacos e pressão arterial. Destaca-se manutenção inicial da pressão arterial diastólica seguida de redução. É possível supor que decorram da redução da sudorese desencadeada pelouso da medicação e/ou suplementação utilizada. Vale destacar que oxibutinina evita a transpiração, fazendo com que a temperatura corporal permaneça alterada após a prática esportiva por mais tempo do que o normal. O manejo da bexiga neurogênica deve incluir a avaliação na performance do atleta. Ademais, a preocupação não deve ser focada somente no controle da incontinência, mas como as medidas farmacológicas e não farmacológicas podem interferir no estilo de vida e desempenho do atleta, de modo interdisciplinar.
Referências
-Abrams, P.; Anderson, K.E.; Birder, L.; Brubaker, L.; Cardozo, L.; Chapple, C. e colaboradores. Fourth International Consultation on Incontinence Recommendations of The International Scientific Committee: Evaluation and treatment of Urinary Incontinence, Pelvic Organ Prolapse, and fecal Incontinence. Neurourol Urodynamics. Vol. 29. p. 213-240. 2010.
-Araújo, A. P. S.; Menóia, E. Atividade Lipolítica Durante a Prática de Atividade Física: Enfoque sobre o consumo de oxigênio, produção de ATP e o estímulo neuro-humoral. Revista Saúde e Pesquisa. Vol. 1. Núm. 2. p. 177-184. 2008.
-Becker, H.D.; Stenzel, A.; Wallwiener, D.; Zittel, T.T. Urinary and Fecal Incontinence. Springer. Berlin. 2005. 498 p.
-Caromano, F. A.; Themudo Filho, M. R. F.; Candeloro, J. M. Efeitos fisiológicos da imersão e do exercício na água. Rev. Fisioterapia Brasil. Vol. 4. Núm. 1. p. 60-63. 2003.
-Francis, K. Physiology and Management of Bladder and Bowel Continence following Spinal CordInjury. Ostomy Wound Management. Vol. 53. Núm. 12. p. 18-27. 2007.
-Guirro, E.; Guirro, R.; Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologia. 3ªedição. Manole. 2006.
-Kirshblum, S.C.; Burns, S.P.; Biering-Sorensen, F.; Donovan, W.; Graves De, J.H.A.A.; e colaboradores. International Standards for Neurological classification of spinal cord injury (revised 2010). The Journal of Spinal Cord Medicine. Vol. 34. Núm. 6. p. 535-46. 2011.
-Leite, P. F. Fisiologia do Exercício: Ergometria e condicionamento físico, cardiologia desportiva. 4ª edição. Robe Editorial. 2000.
-Lyra, R. M.; e colaboradores. Diretrizes para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hiperidrose compensatória. J. bras. pneumol. Vol. 34. Núm. 11. p. 967-977. 2008.
-Mcardle, W. D.; Katch, F. I.; Katch, V. L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano.4ª edição. Guanabara Koogan. 1998.
-Powers, S. K.; Howley, E. T. Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. 3ª edição. Manole. 2000.
-Rodrigues, S.F. A eficácia da fisioterapia no período pré-operatório de pacientes obesos mórbidos com indicação à cirurgia bariátrica através da pao2. TCC de graduação em fisioterapia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Cascavel. 2004.
-Sociedade Brasileira de Urologia. Projeto Diretrizes. Trauma raquimedular: Conduta urológica clínica e farmacológica. 2006.
-Wyndale J.J.; Bruschini H.; Madersbacher H.; Moore K.; Pontari M.; Wein A. Neurological patients need evidence-based urological care. Neurourol and Urodynamics. Vol. 29. p. 662-669. 2010.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).