Efeito crônico da corrida na resposta hemodinâmica em mulheres normotensas

  • José Américo Santos Azevedo Laboratório de Biodinâmica do Movimento Humano, Escola de Educação Fí­sica, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil
  • Demilto Yamaguchida Pureza Laboratório de Biodinâmica do Movimento Humano, Escola de Educação Fí­sica, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil
  • Wollner Materko Laboratório de Biodinâmica do Movimento Humano, Escola de Educação Fí­sica, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil
Palavras-chave: Pressão arterial, Frequência cardíaca, Exercício físico, Efeito crônico, Corrida

Resumo

A proposta do presente estudo foi de investigar os efeitos crônicos da prática regular da corrida na resposta hemodinâmica em mulheres normotensas frequentadores de academia de ginástica. Trinta e três mulheres, frequentadoras de academia de ginástica, realizaram um protocolo de corrida de 30 min entre 70% a 80% da frequência cardí­aca de reserva. Realizaram-se medidas hemodinâmicas, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) e frequência cardí­aca (FC) que foram comparados antes e ao final de três meses de treinamento aeróbio através do teste t de Student para as variáveis dependentes, e foram admitidos como significativos para α = 0,05. Encontraram-se diferenças significativas para todas as medidas hemodinâmicas, PAS (114,7 ± 12,4 mmHg Vs 109,0 ± 11,3 mmHg, p < 0,01), PAD (74,7 ± 9,7 mmHg Vs 68,2 ± 9,1 mmHg, p = 0,01) e FC (81,8 ± 13,4 bpm Vs 74,1 ± 9,4 bpm, p < 0,01) quando comparado ao efeito crônico de três meses do treinamento de corrida. Em conclusão, o resultado do presente estudo evidenciou os benefí­cios do efeito do treinamento da corrida como melhoria na saúde cardiovascular.

Referências

-American College of Sports Medicine. ACSM's Guidelines for Exercise Testing and Prescription (8th Edition). (Editors: Thompson WR, et al.), Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. 2010.

-Bahrainy, S.; Levy, W.C.; Busey, J.M.; Caldwell, J.H.; Stratton, J.R. Exercise training bradycardia is largely explained by reduced intrinsic heart rate International Journal of Cardiology. Vol. 222. 2016. p. 213-216.

-Boyett, M.R; d'souza, A.; Zhang, H.; Morris, G.M.; Dobrzynski, H.; Monfredi, O. Is the resting bradycardia in athletes the result of remodeling of the sinoatrial node rather than high vagal tone?. Journal of Applied Physiology. Vol. 114. Num. 9. 2013. p. 1351-1355.

-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel. Brasil 2015: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde. 2016.

-Brum, P.C.; Da Silva, G.J.; Moreira, E.D. Exercise training increases baroreceptor gain sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension. Vol. 36. Num. 6. 2000. p. 1018-1022.

-Buchheit, M.; Chivot, A.; Parouty, J.; Mercier, D.; Al Haddad, H.; Laursen, P.B.; Ahmaidi, S. Monitoring endurance running performance using cardiac parasympathetic function. European Journal of Applied Physiology. Vol. 108. Num. 6. 2010. p. 1153-1167.

-Carter, J.B.; Banister, E.W.; Blaber, A.P. Effect of endurance exercise on autonomic control of heart rate. Sports Medicine. Vol. 33. Num. 1. 2003. p. 33-46.

-Chen, C.Y.; Bonham, A.C. Postexercise hypotension: central mechanisms. Exercise and Sport Sciences Reviews. Vol. 38. Num. 3. 2010. p. 122.

-Cornelissen, V.A.; Smart, N.A. Exercise training for blood pressure: a systematic review and meta-analysis. Journal of the American Heart Association. Vol. 2. Num. 1. 2013. p. e004473.

-Forjaz, C.L.M.; Santanella, D.F.; Rezende, L.O.; Barretto, A.C.P.; Negrão, C.E. A duração do exercício determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 70. Num. 2. 1998. p. 99-104.

-Goto, C.; Higashi, Y.; Kimura, M.; Noma, K.; Hara, K.; Nakagawa, M.; Chayama, K.; Yoshizumi M.; Nara, I. Effect of different intensities of exercise on endothelium-dependent vasodilation in humans. Circulation. Vol. 108. Num. 5. 2003. p. 530-535.

-Hecksteden, A.; Grütters, T.; Meyer, T. Association between postexercise hypotension and long-term training-induced blood pressure reduction: a pilot study. Clinical Journal of Sport Medicine. Vol. 23. Num. 1. 2013. p. 58-63.

-Inbar, O.; Oren, A.; Scheinowitz, M.; Rotstein, A.;Dlin, R.;Casaburi, R. Normal cardiopulmonary responses during incremental exercise in 20-to 70-yr-old men. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 26. 1994. p. 538-538.

-Jackson, A.S.; Pollock, M.L.; Ward, A. Generalized equations for predicting body density of women. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 12. 1980. p. 175-182.

-Jones, A.M.; Burnley, M. Oxygen uptake kinetics: an underappreciated determinant of exercise performance. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 4. Num. 4. 2009. p. 524-532.

-Jungersten, L.; Ambring, A.; Wall, B.; Wennmalm, A. Both physical fitnessand acute exercise regulate nitric oxide formation in healthy humans. Journal of applied physiology. Vol. 82. Num. 3. 1997. p. 760-764.

-Karvonen, M.J.; Kentala, E.; Mustala, O. The effects of training on heart rate: a longitudinal study. In: Annales Medicinae Experimentalis Et Biologiae Fenniae. 1957. p. 307.

-Maiorana, A.; O’Driscoll, G.; Taylor, R.; Green, D. Exercise and the nitric oxide vasodilator system. Sports Medicine. Vol. 33. Num. 14. 2003. p. 1013-1035.

-Malachias, M.V.B.; Souza, W.K.S.B.; Plavnik, F.L.; Rodrigues, C.I.S.; Brandão, A.A.; Neves, M. F. T. Sétima diretriz brasileira de hipertensão arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 107. Num. 3. 2016. p. 1-103.

-Martinelli, F.S.; Chacon-Mikahil, M.P.T.; Martins, L.E.B. Heart rate variability in athletes and nonathletes at rest and during head-up tilt. Brazilian Journal of Medical and Biological Research. Vol. 38. Num. 4. 2005. p. 639-647.

-Matelot, D.; Schnell, F.; Kervio, G.; Du Boullay, N.T.; Carré, F. Athlete`s bradycardia may be a multifactorial mechanism. Journal of Applied Physiology. Vol. 114. Num. 12. 2013. p. 1755-1756.

-Materko, W. Stratification fitness aerobic based on heart rate variability during rest by principal component analysis and k-means clustering. JEPonline. Vol. 21. Num. 1. 2018a. p. 91-101.

-Materko, W. Stratification fitness aerobic based on heart rate variability parameters in adult males at rest. Motricidade. Vol. 14. Num 1. 2018b; p. 51-57.

-Materko, W. Comparação do resultado da gordura corporal relativa utilizando as equações de Jackson & Pollock entre três e sete dobras cutâneas em mulheres frequentadoras de academia de ginástica. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 11. Num. 71. 2017. p. 1006-1012. Disponível em: <>

-Monahan, K.D.; Tanaka, H.; Dinenno, F.A.; Seals, D.R. Central arterial compliance is associated with age-and habitual exercise-related differences in cardiovagal baroreflex sensitivity. Circulation. Vol. 104. Num. 14. 2001. p. 1627-1632.

-Parati, G.; Stergiou,G.; O’Brien,E.; Asmar, R.; Beilin, L.; Bilo, G.; Clement, D.; de la Sierra,A.; de Leeuw, P.; Dolan, E.; Fagard, R.; Graves, J.; Head, G.A.; Imai, Y.; Kario, K.; Lurbe, E.; Mallion, J.M.; Mancia, G.; Mengden, T.; Myers, M.; Ogedegbe, G.; Ohkubo, T.; Omboni, S.; Palatini, P.; Redon, J.; Ruilope, L.M.; Shennan, A.; Staessen, J.A.; vanMontfrans, G.; Verdecchia, P.; Waeber, B.; Wang, J.; Zanchetti, A.; Zhang, Y. European Society of Hypertension practice guidelines for ambulatory blood pressure monitoring. Journal of hypertension. Vol. 32. Num. 7. 2014. p. 1359-1366.

-Plews, D.J.; Laursen, P.B.; Stanley, J.; Kilding, A.E.; Buchheit, M. Training adaptation and heart rate variability in elite endurance athletes: opening the door to effective monitoring. Sports Medicine. Vol. 43. Num. 9. 2013. p. 773-781.

-Prior, B.M.; Lloyd, P.G.; Yang, H.T.; Terjung, R.L. Exercise-induced vascular remodeling. Exercise Sport Sciences Reviews. Vol. 31; Num. 1. 2003. p. 26-33.

-Quinn, T.J. Twenty-four hour, ambulatory blood pressure responses followingacute exercise: impact of exercise intensity. Journal of Human Hypertension. Vol. 14. Num. 9. 2000. p. 547-553.

-Ruivo, J.A.; Alcântara, P. Hipertensão arterial e exercício físico. Revista Portuguesa de Cardiologia. Vol. 31. Num. 2. 2012. p. 151-158.

-Siri, W.E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods apud: Brozek, J and Henschel. Techniques for measuring body composition. Washington National Academic of Science. 1961.

-Spirduso, W.W.; Cronin, D.L. Exercise dose–response effects on quality of life and independent living in older adults. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 33. Num. 6. Suppl. 2001. p. S598-608.

-Weber, M.A.; Schiffrin, E.L.; White, W.B.; Mann, S.; Lindholm, L.H.; Kenerson, J.G.; Flack, J.M.; Carter, B.L.; Materson, B.J.; Townsend, R.R.; Chalmers, J; Ramirez, A.J.; Bakris, G.L.; Wang, J.; Schutte, A.E.; Bisognano, J.D.; Touyz, R.M.; Sica, D.; Harrap, S.B. Clinical practice guidelines for the management of hypertension in the community. Journal Clin Hypertens. Vol. 16. 2014. p. 14-26.

Publicado
2019-05-06
Como Citar
Azevedo, J. A. S., Pureza, D. Y., & Materko, W. (2019). Efeito crônico da corrida na resposta hemodinâmica em mulheres normotensas. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(81), 36-42. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1617
Secção
Artigos Científicos - Original